Frases Anarquistas

Anarquistas

“Anarquistas imaginam uma sociedade na qual as relações mútuas seriam regidas não por leis ou por autoridades auto-impostas ou eleitas, mas por mútua concordância de todos os seus interesses e pela soma de usos e costumes sociais – não imobilizados por leis, pela rotina ou por superstições – mas em contínuo desenvolvimento, sofrendo constantes reajustes para que pudessem satisfazer as exigências sempre crescentes de uma vida livre, estimulada pelos progressos da ciência, por novos inventos e pela evolução ininterrupta de ideais cada vez mais elevados. Não haveria, portanto, autoridades para governá-la. Nenhum homem governaria outro homem; nem cristalização nem imobilidade, mas contínua evolução – tal como a que vemos na Natureza.”
Kropotkin – A ciência moderna e anarquismo

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É o próprio povo, são os famintos, são os desertos os que têm de abolir a miséria.
Ricardo Flores Magón

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Que estavam obrigados a viver e cuja sensibilidade caiu ferida diante da dor alheia, e ante a sua própria, e em que estes homens se convenceram de que grande parte da dor humana não se deve fatalmente a inexoráveis leis naturais ou sobrenaturais, senão que provém de fatos sociais que dependem da vontade humana — então se abriu o caminho que devia levar ao anarquismo.
– Errico Malatesta, Pensiero e Volontà, 01/09/1925

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“O anarquismo não pode continuar aprisionado nos limites de um pensamento marginal e reivindicado unicamente por uns poucos grupelhos, em suas ações isoladas. Sua influência natural sobre a mentalidade dos grupos humanos em luta é mais do que evidente. Para que esta influência seja assimilada de modo consciente, ele deve, doravante, se munir de novos meios e iniciar desde já o caminho das práticas sociais.”
– Nestor Makhno

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Nós nos inclinamos diante da ciência e não pediríamosnada melhor do que nos dirigirmos a ela, mas somente soba condição de que, descendo dos autores acadêmicos, privilegiados, doutrinários e pedantes, solte-se hoje, desejehumanizar-se e descer às regiões mais baixas, porém reais,da vida…. De todas as aristocracias, aquela da inteligênciaé a pior, a mais detestável e também a mais estúpida e amais estupidamente insolente. 
– Mikhail Aleksandrovich Bakunin, 1866

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“O anarquismo é a única filosofia que devolve ao homem a consciência de si mesmo, a qual mantém que Deus, o Estado e a sociedade não existem, que suas promessas são vazias e inválidas, já que podem ser efetivadas somente através da subordinação do homem. O Anarquismo, portanto, é o maestro da unidade da vida, não meramente na natureza, mas também no homem. Não há conflito entre os instintos sociais e individuais, não mais do que existem entre o coração e os pulmões: o primeiro é o receptáculo da essência pura e preciosa da vida, o outro é o armazém do elemento que mantém a essência pura da vida social. O individual é o coração da sociedade, conservando a essência da vida social; a sociedade é o pulmão que está distribuindo o elemento para manter a essência da vida – ou seja, o individuo – puro e forte.”
– Emma Goldman

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É  estando com os explorados, os assalariados, as vítimas do autoritarismo que as ideias anarquistas podem ser conhecidas e aplicadas. Os grupos de iniciados fechados sobre si mesmos matam as ideias que tencionam defender. São os militantes implicados em atividades sociais que são a fonte de um desenvolvimento rápido das ideias de Bakunin e Kropotkin.
Frank Mintz

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E nesta luta sem fim, quantas vezes o trabalhador,sucumbindo sob o peso dos obstáculos, não se
 perguntou em vão: “Onde estão, pois, esses  jovens, que estudaram a nossa custa? Esses jovens que alimentamos e vestimos enquanto eles estudavam? Para quem, com o dorso curvo sob o fardo, e o ventre vazio, construímos essas casas,essas academias, esses museus? Para que, com o rosto pálido, imprimimos esses belos livros que não podemos sequer ler? Onde estão esses professores, que dizem possuir a Ciência humanitária e para quem a Humanidade não vale uma espécie rara de lagartas? Esses homens, que falam de liberdade e nunca defendem a nossa, pisoteada todos os dias? Esses escritores, esses poetas, esses pintores, todo esse bando de hipócritas que, em uma palavra, com lágrimas nos olhos, falam do povo, e que nunca se encontraram ao nosso lado para nos ajudar em nossos trabalhos?
– Piotr Kropotkin
 
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“Acreditar no mundo é o que mais nos falta. Nós perdemos completamente o mundo, nos desapossaram dele. Acreditar no mundo significa principalmente suscitar novos acontecimentos, mesmo pequenos, que escapem ao controle, ou engendrar novos espaços-tempos, mesmo de superfície ou de volume reduzido. É o que você chama de  pietàs. É ao nível de cada tentativa que se avaliam a capacidade de resistência ou, ao contrário, a submissão a um controle. Necessita-se ao mesmo tempo de criação e povo.”
Gilles Deleuze

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“Leis, nós sabemos o que elas são, e o que elas valem! Teias de aranha para o rico e poderoso, cadeias de aço para o pobre e fraco, redes de pesca nas mãos do governo.”
– Pierre-Joseph Proudhon

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“Para um médico que entende de negócios, o devotamento só tem uma estação: adquirida a clientela, uma vez conquistada a reputação, reserva-se para os ricos que pagam e, salvo as ocasiões para aparecer, afasta os indiscretos. Onde iria acabar, se tivesse de curar os doentes a torto e direito? O talento, a reputação, são propriedades preciosas que deve explorar, não jogar fora.
O trecho que acabo de citar é dos mais benignos; quantos horrores, se fosse a fundo nessa matéria de medicina! Que não me digam que há exceções; eu excetuo todos, Faço a crítica da propriedade, não dos homens. A propriedade em Vicente de Paula como em Harpagon, é sempre atroz; e até que o serviço de medicina seja organizado, ocorrerá com o médico, como com o sábio, com o advogado, como o artista: será um ser degradado por seu próprio título, pelo título de proprietário.”
– Pierre Joseph Proudhon, Trecho do livro: “Filosofia da Miséria.”

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“A miséria de nossa educação até os nossos dias reside em grande parte no fato de que o saber não se sublimou para tornar-se vontade, realização de si, prática pura. Os realistas sentiram essa necessidade e preencheram-na, mediocremente por sinal, formando “homens práticos” sem ideias e sem liberdade. A maioria dos futuros mestres é o exemplo vivo dessa triste orientação. Cortaram-lhes magnificamente as asas: agora é sua vez de cortar as dos outros! Foram adestrados, é sua vez de adestrar!”
– Max Stirner “O Falso Princípio da nossa Educação”

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“O estranho fenômeno da oposição ao Anarquismo é o que trás à luz a relação entre a chamada inteligência e a ignorância. E isto não é tão estanho quando consideramos a relatividade de todas as coisas. A massa ignorante tem em seu favor a pretensão de não simular conhecimento ou tolerância. Atuando, como sempre faz, por puro impulso, suas razões são como as das crianças – “Por quê? Porque sim.” Ainda assim a oposição que o não educado faz ao Anarquismo merece a mesma consideração que a do homem inteligente.
Quais são, então, as objeções? Primeiro, o Anarquismo não é praticável, ainda que seja um ideal bonito. Segundo, o Anarquismo equivale a violência e destruição, por isso deve ser refutado, por ser vil e perigoso. Tanto o homem inteligente como a massa ignorante julgam, não a partir de um conhecimento profundo, mas de rumores e falsas interpretações.”
– Emma Goldman “Anarquismo: O que realmente significa?”

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“Só caminha para a emancipação que se coloca fora da lei, fora dos prejuízos, dos dogmas, dos preconceitos religiosos e sociais – para conhecer-se, para realizar-se.”
– Maria Lacerda de Moura

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“Todos os revolucionários, os oprimidos, os sofredores vítimas da atual organização da sociedade e cujos corações estão naturalmente cheios de vingança e de ódio devem lembrar-se de que os reis, os opressores de toda espécie são tão culpados quanto os criminosos saídos da massa popular: eles são malfeitores mas não culpados, pois são, como os criminosos comuns, produtos involuntários da atual organização da sociedade.”
– Mikhail Bakunin “A Igreja e o Estado

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“A lei não é o refúgio do oprimido, mas a arma do opressor.”
– Fráderic bastiat

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“Assim, os grandes dias anunciam-se. A evolução está feita, a revolução não pode tardar. Por sinal, ela não se realiza constantemente sob nossos olhos, por múltiplos abalos? Quanto mais os trabalhadores, que são a maioria, tiverem consciência de sua força, mais as revoluções serão fáceis e pacíficas. Enfim, toda oposição deve ceder, e até mesmo sem luta. Virá o dia em que a evolução e a revolução, sucedendo-se imediatamente, do desejo ao fato, da ideia à realização, confundir-se-ão em um único e mesmo fenômeno. É assim que funciona a vida em um organismo sadio, seja ele o de um homem ou de um mundo.”
– Élisée Réclus “Anarquia Pela Educação”

” Eu morrerei, como tenho vivido, um espírito livre, uma anarquista, não devendo lealdade aos governantes, celestes ou terrestres.”
Voltairine de Cleyre “Exquisite Rebel”

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Quem se defende porque lhe tiram o ar ao lhe apertar a garganta, para este há um parágrafo que diz: ele agiu em legítima defesa. Mas o mesmo parágrafo silencia quando vocês se defendem porque lhes tiram o pão. E no entanto morrem quem não come, e quem não come o suficiente Morre lentamente. Durante os anos todos em que morre Não lhe permitido se defender.
– Brecht

“O Estado, o governo, quaisquer que sejam sua forma, característica ou tendência, quer seja autoritária ou constitucional, monárquico ou republicano, fascista, nazista ou bolchevique, é, por sua própria natureza, conservador, estático, intolerante e oposto à mudança. Se às vezes evolui de maneira positiva é que, submetido a pressões fortes o suficiente, é obrigado a operar a mudança que se lhe impõe, pacificamente às vezes, brutalmente na maioria das vezes, quer dizer, pelos meios revolucionários. Além do mais, o conservantismo inerente à autoridade sob todas as suas formas torna-se inevitavelmente reacionário.”
– Emma Goldman ‘O Indivíduo, A Sociedade e o Estado’

“Três mil anos de experiência me ensinaram que qualquer um que fale de Deus deseja minha liberdade ou meu dinheiro”
“Aquele que botar as mão sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo.”
– Pierre-Joseph Proudhon

“O anarquismo não se fecha, não está enquadrado em nenhum esquema preestabelecido a servir de roteiro para a conduta humana. É a própria Vida! Vai até onde o sentido da liberdade o possa conduzir. A essência da ‘Anarquia’ é a liberdade plena e a responsabilidade.”
-Edgar Rodrigues

“Considere-se, por exemplo, a atitude do cão em presença do dono: não está nela, inteiramente, a do homem perante Deus?
Pretendeu-se, erroneamente, que o sentimento religioso só é próprio dos homens. Mas todos os elementos constituintes da religião se encontram no reino animal – sendo o principal desses elementos o medo. O “temor a Deus – dizem os teólogos – é o começo da sabedoria”. Esse temor encontra-se extremamente desenvolvido em todos os animais, que possuem um instintivo terror perante a omnipotência que os produz.
Tal como os animais, os seres humanos encontram-se ainda submetidos pela ignorância a esse medo do omnipotente. Medo que a Igreja, apoiada pelo Estado, consagra e oficializa. Ao defender-se, a sociedade dominante fá-lo também propagando a ficção religiosa. E de tal modo que esta ficção, exacerbada, se torna uma loucura normalizada. A religião dos crentes é assim um estado de loucura normalizado pelas leis materiais e ideológicas das classes dominantes. As maiores imbecilidades são consideradas oficialmente como as verdades mais profundas. Que exprime este estado de coisas senão que os humanos permanecem num estádio de rastejante escravidão intelectual e, por conseguinte, material?”
– Mikhail Bakunin em “Deus e o Estado”

‘Seria pueril crer e esperar que o Estado, salva-guarda das altas classes, consentisse, restituindo à coletividade a liberdade de seu ensino, em destruir, ele próprio, seu melhor instrumento de dominação. Enquanto restar no espírito dos homens a sombra de um preconceito, poder-se-ão fazer insurreições, modificar mais ou menos as inúteis engrenagens políticas, até mesmo derrubar os impérios: não terá soado a hora da revolução’.
– Fernand Pelloutier

“Se quer ser ave, voe. Se quer ser verme, arraste-se. Mas não grite quando te esmagarem.”
– Emiliano Zapata

Porque:

“A revolta é um instinto da vida; até mesmo o verme se revolta contra o pé que o esmaga, e pode-se dizer que, em geral, a energia vital e a dignidade comparativa de todo animal se compara à intensidade do instinto de revolta que ele traz em si. No mundo selvagem, bem como no mundo humano, não há faculdade ou hábito mais degradante, mais estúpido e mais covarde do que obedecer e resignar-se.”
– Mikhail Bakunin

“Desejamos abolir de forma radical a dominação e a exploração do homem pelo homem. Queremos que os homens, unidos fraternalmente por uma solidariedade consciente, cooperem de modo voluntário com o bem-estar de todos. Queremos que a sociedade seja constituída com o objetivo de fornecer a todos os meios de alcançar igual bem-estar possível, o maior desenvolvimento possível, moral e material. Desejamos para todos pão, liberdade, amor e saber.
Para isso, estimamos necessário que os meios de produção estejam a disposição de todos e que nenhum homem, ou grupo de homens, possa obrigar outras a obedecerem a sua vontade, nem exercer sua influência de outro senão pela argumentação e pelo exemplo.
Em consequência: expropriação dos detentores do solo e do capital em proveito de todos e abolição do governo.
Enquanto se espera: propaganda do ideal; organização das forças populares; combate contínuo, pacífico ou violento, segundo as circunstâncias, contra o governo e contra os proprietários, para conquistar o máximo possível de liberdade e bem-estar para todos.”
– Errico Malatesta “Programa Anarquista”

 
“As minhas armas são os meus sonhos, é a minha vida subjectiva, é a minha consciência, a minha liberdade ética, é essa harmonia que canta dentro de mim, e toda a minha lealdade para comigo mesma; e eu não maculo a minha riqueza de vida, o meu tesouro interior, envolvendo-o na mesquinhez e na perversidade das leis dos homens ou misturando-o com dinheiro, essa coisa horrível que corrompe as consciências mais convencidas de sua fortaleza inexpugnável, e as escraviza, acorrentando-as à gehenna do industrialismo, as chocar-se umas contra as outras na engrenagem sórdida da exploração do homem pelo homem.”
– Maria Lacerda de Moura
 
 
“Nós não estamos entre aqueles que se curvam aos ídolos; somos destruidores de ídolos. Nós gostamos de raciocinar, não acreditar cegamente. Lutamos por ideias de felicidade para todos, não para elevar ninguém às nossas costas. O homem morre, enquanto os ideais são eternos.”
– Librado Rivera Godinez
 
Guerra ao patriotismo. Abolição das fronteiras, fraternidade entre todos os povos.
– Errico Malatesta
 
 
“É certo, o ideal dos anarquistas não é suprimir a escola, ao contrário, fazê-la crescer, fazer da própria sociedade um imenso organismo de ensinamento mútuo, onde todos seriam simultaneamente alunos e professores, onde cada criança, depois de ter recebido “noções de tudo” nos primeiros estudos, aprenderia a desenvolver-se integralmente, segundo suas forças intelectuais, na existência por ela livremente escolhida.”
– Élisee Reclus
 
 
“O Estado procura travar toda a atividade livre, através da sua censura, da sua vigilância, da sua polícia, e toma isso como seu dever, que é na verdade um dever que lhe é ditado pelo seu instinto de conservação. O Estado quer fazer alguma coisa dos homens, e é por isso que nele só vivem homens fabricados; todo aquele que quiser ser ele próprio é seu inimigo, e não vale nada. Este ‘não vale nada’ significa que o Estado não encontra utilidade para ele, não lhe confia nenhuma posição, nenhum posto, nenhum negócio, etc.”
– Max Stirner “perspectiva anarquista”
 
 
 
“Enquanto o homem estiver armado, é um tirano e um covarde.
Enquanto não fizer a revolução interior para a realização profunda, ninguém tem o direito de encher a boca com as palavras “revolução social” – porque só pode semear a verdade quem já fez a sua colheita. Quanto ao mais, palavras lindas e lições aviltantes. Os homens e mulheres “de ideia”, deixam muito a desejar. O pensamento, em absoluta dissonância com as ações.
Só quando o homem realizar um ser superior, tendo abandonado a violência aos impotentes e aos degenerados, aos fracos e aos trogloditas, só então terá direito de exigir dos outros o respeito á sua dignidade de ser humano.
A violência é estéril. Nada cria. É força desordenada, destruidora.
Fere ao acaso e gera a violência. Estéril? – Não! É a mãe do Ódio. Quando o homem souber respeitar o outro homem, sem necessidade da policia ou das leis escritas; quando desaparecer a violência e a autoridade, por imprestáveis, – porque o homem não condenará mais a tirania com o objetivo do assalto ao poder, para se aboletar, gostosamente, no trono do tirano… já não será necessária a revolução social.
Mas, enquanto os “escultores de montanhas” teimarem em obrigar os homens todos a pensar segundo o seu pensamento, a crer no que eles creem, inutilizando, massacrando os sonhos ou o pensamento dos outros – para assegurar o predomínio das suas verdades – prendendo, exilando, fuzilando ou mutilando os corpos e as consciências dos que pensam de maneira diversa: – as guerras e as revoluções sociais, uma após outras, hão de ensanguentar a terra, inutilmente, perversamente, degenerando,
enlouquecendo a todo o gênero humano. Isso será até o suicídio coletivo da humanidade, através da técnica moderna da ciência – a serviço do canibalismo das verdades organizadas.”
– Maria Lacerda de Moura
 
 
“O homem, para atingir a mais rápida e perfeita satisfação das suas necessidades, procura a regra: nos começos esta regra é viva, visível e tangível; é o seu pai, o seu mestre, o seu rei. Quanto mais ignorante é o homem, mais absoluta é a obediência e confiança no seu guia. Mas o homem, cuja lei é a conformação com a regra, quer dizer descobri-la pela reflexão e pela razão, o homem raciocina acerca das ordens dos seus chefes: ora um tal juízo é um protesto contra a autoridade, um começo de desobediência. A partir do momento em que o homem procura os motivos da vontade soberana, a partir desse momento, o homem é um revoltado. Se já não obedece porque o rei ordena mas porque o rei prova, pode-se afirmar que a partir de então ele não reconhece nenhuma autoridade, e que se fez rei de si próprio. Infeliz daquele que ouse conduzi-lo e que só lhe ofereça, como sanção das suas leis, o respeito de uma maioria: pois, tarde ou cedo, a minoria passará a ser maioria, e este déspota imprudente será derrubado e todas as suas leis aniquiladas.”
Trecho do Diálogo com um Filisteu, excerto de “O Que é a Propriedade” (1840), de Pierre-Joseph Proudhon
 
 
“(…) A liberdade é essencialmente organizadora: para assegurar a igualdade entre os homens, o equilíbrio entre as nações, é preciso que a agricultura e a indústria, os centros de instrução, de comércio e de armazenamento sejam distribuídos segundo as condições geográficas e climáticas de cada país (…); o caráter e os talentos naturais dos habitantes, em proporções tão justas, tão sábias, tão bem
combinadas que lugar algum apresente nem excesso nem ausência de população, de consumo e de produto. (…) A política é a ciência da liberdade: o governo do homem pelo homem, sob qualquer nome que se disfarce, é opressão; a mais alta perfeição da sociedade se encontra na união da ordem e da anarquia.”
– Pierre-Joseph Proudhon
 
 
“O homem, animal feroz, partiu da noite profunda do instinto animal para chegar à luz do espírito, o que explica de uma maneira completamente natural todas as suas divagações passadas e nos consola em parte de seus erros presentes. Ele partiu da escravidão animal, e atravessando a escravidão divina, termo transitório entre sua animalidade e sua humanidade, caminha hoje rumo à conquista e à realização da liberdade humana. Resulta daí que a antiguidade de uma crença, de uma ideia, longe de provar alguma coisa em seu favor, deve, ao contrário, torná-la suspeita para nós. Isto porque atrás de nós está nossa animalidade, e diante de nós nossa humanidade; a luz humana, a única que pode nos aquecer e nos iluminar, a única que nos pode emancipar, tornar-nos dignos, livres, felizes, e realizar a fraternidade entre nós, jamais está no princípio, mas, relativamente, na época em que se vive, e sempre no fim da história. Não olhemos jamais para trás, olhemos sempre para a frente; à frente está nosso sol, nossa salvação; se nos é permitido, se é mesmo útil, necessário nos virarmos para o estudo de nosso passado, é apenas para constatar o que fomos e o que não devemos mais ser, o que acreditamos e pensamos, e o que não devemos mais acreditar nem pensar, o que fizemos e o que nunca mais deveremos fazer.”
– Mikhail Bakunin, “Deus e o Estado”
 
 
“Pretender que a revolução seja feita dentro da Lei, é uma loucura, é um contra-senso. A Lei é jugo, e o que quer livrar-se do jugo tem que erradicar isso.”
– Ricardo Flores Magón
 
Frases Anarquistas

 

“Olhos anárquicos que me desgovernam”
Anarquista.net

Poema do riso da morte!
Fluindo no riso não sei se rio ou se choro!
Hilaridade fatal, tanto a vida quanto a morte é um evento natural.
Meta de vida pra morte:
– Morrer de tanto rir, como Crisipo de Sólis!
– EuSouVcEmMimNós
Tathãgata = Sadhana = Samsara ! ॐ Parabrahman ! 

Por um poder imortal , todas as coisas , perto ou distante , ocultamente estão ligadas entre si. E tão ligadas estão , que não se pode tocar uma flor sem incomodar as estrelas.
– Francis Thompson

Roube um pouco e eles te jogam na cadeia, roube muito e eles te fazem rei.
– Bob Dylan

“Os homens esqueceram da própria realização interior – para cuidar de todas as necessidades perfeitamente desnecessárias criadas pela avidez do progresso material, do gozo, do luxo, da ociosidade, criadas pela cupidez do capitalismo absorvente e pela perversidade inominável do industrialismo de tudo, inclusive das consciências, – organização social de caftens e de vampiros do sentimento humano, mantida pela política, pelo capital, pelas religiões dominantes, que separam os humanos em vez de os unir, e pela força armada – escola de chacina para formar almas de canibais condecorados”
– Maria Lacerda de Moura “Amai e não vos multipliqueis

“De todas as pretensões ininteligentes e retrógradas, aquela que os comunistas mais acariciam é a ditadura. Ditadura da indústria, ditadura do comércio, ditadura do pensamento, ditadura na vida social e na vida privada, ditadura em toda parte … Assim, pelo simples desenvolvimento da idéia, se é levado invencivelmente a concluir que o ideal da comunidade é o absolutismo. Seria em vão alegar como escusa que esse absolutismo seria transitório, visto que, se uma coisa é necessária por um só momento, ela se torna para sempre, a transição é eterna. … O comunismo reproduz, portanto, mas num plano inverso, todas as contradições da economia política. Seu segredo consiste em substituir o indivíduo pelo homem coletivo em cada uma das funções sociais, produção, troca, consumo, educação, família. E como essa nova evolução não concilia e nunca resolve nada, termina fatalmente, bem como as precedentes, na iniqüidade e na miséria.”
– Pierre Joseph Proudhon, Trecho do livro: “A Filosofia da Miséria”, Cap. XII, 1847

“A parte do povo na revolução deve ser positiva, ao mesmo tempo que destrutiva, pois somente ele pode reorganizar a sociedade em bases de igualdade e liberdade para todos. Entregar essa tarefa a outros seria trair a própria causa da revolução.(…) Um povo que souber organizar, por si, o consumo das riquezas e sua reprodução no interesse de toda a sociedade, não poderá mais ser governado. “‘
– Piotr Kropotkin

“Procurar minha felicidade na felicidade do outro, minha dignidade pessoal na dignidade de todos aqueles que me cercavam, ser livre na liberdade dos outros, eis todo o meu credo, a aspiração de toda a minha vida. Eu considero como o mais sagrado dos deveres o de me revoltar contra toda a opressão, fosse o autor ou a vítima. Sempre houve em mim muito de Dom Quixote, não somente na política, mas também em minha vida privada; eu não podia ver, com olhar indiferente, a mínima injustiça, e, por esta razão ainda mais forte, uma gritante opressão.”
– Mikhail Bakunin, Carta ao Czar Nicolau I, Petersburgo, Fortaleza Pedro e Paulo, 1851

“Os fascistas do futuro não vão ter aquele estereótipo do Hitler ou Mussolini. Não vão ter aquele jeito de militar durão. Vão ser homens falando tudo aquilo que a maioria quer ouvir. Sobre bondade, família, bons costumes, religião e ética. Nessa hora vai surgir o novo demônio, e tão poucos vão perceber a história se repetindo.”
– José Saramago

“Abraçando toda a vida das crianças desde a mais baixa idade, durante toda a adolescência, até à maioridade, ela os conduzirá passo a passo, desde as mais simples noções até às ciências abstratas, especializando se à medida que avança e dividindo-se em escolas científicas, filológicas, artísticas, técnicas, industriais, agrícolas e militares, sempre unindo a prática à teoria, e a ginástica ao desenvolvimento do espírito e do coração.
O princípio de autoridade, que excluímos tanto com desprezo quanto com horror da sociedade dos homens viris, reconhecemos nele uma imensa utilidade e o aceitamos com respeito para a escola. Ali ele está perfeitamente em seu lugar, e deve reinar absolutamente. A criança e o adolescente, até a maioridade, são livres apenas virtualmente, e não na realidade – e a escola deve prepará-los sucessivamente à liberdade. Não podendo governar-se pela liberdade, que eles ainda não possuem em sua plenitude, devem ser conduzidos, dirigidos, protegidos, governados pela autoridade. Mas esta autoridade, não devendo ser nada além de uma iniciação sucessiva à liberdade – diferente, neste aspecto, da autoridade religiosa, a qual só produz escravidão – esta autoridade deve ser profundamente penetrada de respeito pela dignidade humana e pela santa liberdade até mesmo para as crianças, e mais: sendo a liberdade destas o objetivo da educação, deve ser também, na medida do possível, seu meio e seu ponto de partida; e quanto mais a educação avançar
com a idade das crianças, mais ela tenderá a substituir a autoridade pela liberdade. Todas as violências, todas as punições degradantes serão excluídas da educação.”
-Mikhail Bakunin, Trecho do livro: “De baixo para cima e da periferia para o centro”




 
 
“A subversão consiste em levar uma vida filosófica na qual as virtudes dominantes da nossa época mercantil (o dinheiro, o poder, a riqueza, a ostentação, as honras, a busca de celebridade, a futilidade, a mundanidade, a paixão pelas aparências…) sejam completamente ignoradas e substituídas sem alarde por valores reais: ser em contraste com o ter; o poder sobre si e não sobre os outros; a indiferença em relação ao dinheiro – quer o tenhamos ou não, nada se fará para o ter; a supremacia da vida interior contra o império do olhar do outro sobre si; a recusa das honras, de que se preferirá o sentido da honra; a indiferença relativamente à celebridade – tenha-se ou não, o importante é nada fazer para a ter; o desejo de se construir em profundidade longe da superficialidade mundana, ou seja, a escultura de si como ato para si e não como ficção para o outro.”
– Michel Onfray
 
 
“Eu sou um homem selvagem, um filho da natureza, é por isso que eu me ofendo com qualquer agressão contra a liberdade”
– Ricardo Flores Magón
 
 
“Tem quem diga que estou em cima do muro porque não voto. Visão superficial de quem só vê os dois lados. Eu me sinto no centro de um círculo e posso caminhar na direção que minha consciência decidir. Não me vejo em cima de muro porque não vejo só dois lados pra pular. Que pulem os que pensam assim, escolham seus lados. Na minha visão, é pura indução midiática, cultural, comportamental, da natureza de uma sociedade competitiva, superficial e estrategicamente enraizada no inconsciente coletivo, adaptadas às mentalidades antagônicas, criadas pra dar a ilusão de que se muda alguma coisa desse jeito. Os banqueiros, em suas fortalezas, dão risada.
Não é só não votar, é não ter patrão nem empregado, é detestar ostentação de luxos e consumos “de elite”, é não desejar mais do que se precisa, é ter vergonha de privilégios da riqueza, é respeitar o modo de ser dos outros, é olhar com igualdade mesmo pras diferenças. É querer pouco e reconhecer a própria pequeneza diante do todo e grandeza diante de si mesmo. É gostar do respeito alheio, mas não abrir mão do próprio. É ouvir a própria consciência acima da própria conveniência. Essas são algumas posições que aplico em minha vida. Sem querer posar de exemplo ou dar conselho a ninguém. Cada um com sua própria consciência. E sem cobranças.”
– Eduardo Marinho
 
 
 
A forma como você vê os outros diz muito sobre você. Enxergamos o mundo e as pessoas de acordo com aquilo que somos.
– EuSouVcEmMimNós
 
E se tudo estivesse ao contrário? A educação servindo como docilizador de crianças. As provas, os cursos e as universidades manipulando jovens e adultos. A medicina matando humanos e animais. Os homens louvando suas propriedades e suas conquistas banais. Comidas que nem existem, por lucro desenfreado e consumismo exacerbado. “Amor” com posse.
E se tudo estivesse esperando somente o equilíbrio? A educação servindo como instrumento da verdade, com finalidade a busca da liberdade. As provas, os cursos e as universidades já não mais seriam necessários. A medicina servindo à natureza, tanto humana quanto animal. Amor genuíno baseado somente em sua própria apreciação. Os homens sem propriedades, numa Terra onde tudo é um bem comum (pois nada é e jamais será absoluto). Sem lideres, muros ou leis.
Tudo para todos, e não tudo para alguns.
– EuSouVcEmMimNós
 
“Você pode pensar em descrever o anarquismo como uma teoria da organização que estou propondo um paradoxo deliberado: ‘anarquia’ você pode considerar ser, por definição, o oposto da organização. De fato, no entanto, “anarquia” significa ausência de governo, ausência de autoridade. Pode haver organização social sem autoridade, sem governo? Os anarquistas afirmam que pode haver, e eles também afirmam que é desejável que haja. Eles alegam que, na base de nossos problemas sociais, está o princípio do governo. Afinal, são os governos que se preparam para a guerra e para a guerra, mesmo que você seja obrigado a lutar neles e pagar por eles; as bombas que você está preocupado não são as bombas que os cartunistas atribuem aos anarquistas, mas as bombas que os governos aperfeiçoaram, às suas custas. Afinal de contas, são os governos que fazem e aplicam as leis que permitem aos “detentores” manter o controle sobre os ativos sociais, em vez de compartilhá-los com os “não-possuidores”. Afinal de contas, é o princípio da autoridade que assegura que as pessoas trabalhem para outra pessoa durante a maior parte de suas vidas, não porque elas gostem ou tenham algum controle sobre seu trabalho, mas porque a veem como seu único meio de agir. meios de subsistência. ”
Colin Ward
 
“A superstição política ainda domina os corações e as mentes das massas, mas os verdadeiros amantes da liberdade não têm nada a ver com isto. Ao contrário, eles crêem, como Stirner, que o homem tem tanta liberdade tanto quanto ele está disposto a tomar. O Anarquismo, portanto, defende a ação direta, o desafio aberto e a resistência frente a todas as leis e restrições econômicas, sociais e morais. Mas o desafio e a resistência são ilegais. Nisto descansa a salvação do homem. Tudo ilegal necessita de integridade, segurança própria e coragem. Busca por espíritos livres e independentes, por “homens que são homens e que tem osso em suas costas, o qual não pode se atravessar com as mãos.”
– Emma Goldman “Anarquismo: o que realmente significa?”
 
 
“O Estado só busca, ainda assim, inculcar aquelas qualidades necessárias no público, pelas quais suas demandas sejam obedecidas e seus cofres se encontrem cheios. Sua conquista máxima é a redução da humanidade a um relógio. Em sua atmosfera todas essas liberdades finas e muito delicadas, que requerem tratamento e uma expansão espaçosa, inevitavelmente se secam e morrem. O estado requer uma máquina de pagar impostos que não tenha empecilhos, um cofre que nunca tenha déficit; um público monótono, obediente, sem cor, sem espírito, movendo-se humildemente, como um rebanho de ovelhas junto em um caminho alto e reto entre duas paredes.”
– Maria Louise Ramé, Ouida, por Emma Goldman, ‘Anarquismo: o que realmente significa?’




“A educação dos militares, desde o soldado raso até às mais altas patentes, converte-os necessariamente em inimigos da sociedade civil e do povo. Mesmo seu uniforme, com todos aqueles enfeites ridículos que distinguem os regimentos e graus, tudo bobagem infantil ocupa muito de sua existência e torná-los olhar como palhaços se não fossem sempre ameaçador, tudo os separa da sociedade. Esse vestido e sias milhares de cerimônias pueris, incluindo a vida tem nenhum objetivo de treinar para a matança e destruição, seria humilhante para os homens que não perdem o sentido da dignidade humana. Os militares não morrem de vergonha porque, através de uma sistemática perversão das ideias, transformaram aquele objetivo em motivo de vaidade.
Obediência passiva é a sua maior virtude. Submetido a uma disciplina despótica, apenas sentindo horror de alguém se movendo livremente. Eles querem impor pela força brutal disciplina, ordem estúpida que eles próprios são vítimas.
Não se pode amar o serviço militar sem detestar o povo”
– Mikhail Bakunin
 
 
“A sociedade é exatamente como uma clareira na floresta. Ela não é real, é criada pelo homem. Todas as leis são criadas pelo homem; seja o que for que você chame de virtude, seja o que for que você chame de pecado, é simplesmente criado pelo homem. Você não sabe realmente o que é virtude. A origem latina da palavra ‘virtude’ é muito bela: a palavra latina significa “poderoso”; não quer dizer “bom”, quer dizer “viril”, quer dizer “poderoso”. Seja Poderoso, afirme-se erga-se por si mesmo. Não caia vítima da multidão. Comece a pensar, comece a ser você mesmo. E siga seu caminho solitário – não seja uma ovelha! …Seja corajoso! Mova-se além da clareira, vá para a selva – a vida existe lá – e somente então, você crescerá”
– Osho em a Semente de Mostarda
 
“A liberdade não é ausência de restrições. É opção, é a aceitação livre de obrigações sociais. Na organização, compromisso e responsabilidade se identificam. O não cumprimento da obrigação, do compromisso, pode denotar irresponsabilidade, imaturidade, fraqueza e outros aspectos que nos remetem para a ética.”
Jaime Cubero
 
“A paz ainda está longe, senhores capitalistas. A paz será feita sozinha, quando todo ser humano tiver pão, casa, roupas e educação assegurados. Enquanto o ser humano não tiver a segurança de comer amanhã, enquanto eles retêm em suas mãos, senhores burgueses, a terra, a maquinaria, as casas e tudo o que é necessário para fazer uma vida civilizada, a paz será apenas uma linda ilusão. As pessoas não querem presidentes, mas pão. É por isso que a revolução continua.”
– Ricardo Flores Magón, 1914
 
Nenhum animal tem mais liberdade que o gato, mas enterra a bagunça que faz. O gato é o melhor anarquista.
– Ernest Hemingway
 
“É como se você fosse um alcoólatra e paresse de beber, mas você vive o resto da vida num bar. Você está no bar, mas você realmente não se encaixa porque não está mais bebendo. (risos)
O despertar é um pouco assim, tornar-se sóbrio mas passar o resto da sua vida num bar onde todos estão bebendo e agindo de forma estranha, e você se perguntando por que não está participando. E pensando que você é um pouco estranho, entende?”
– Adyashanti
 

“Exercer o poder corrompe, submeter-se ao poder degrada.”
– Mikhail Aleksandrovitch Bakunin

Todo ser vivo é um motor sintonizado com a engrenagem do universo.”
– Nikola Tesla, (1856-1943)

“Prego a emancipação dos proletários, a associação aos trabalhadores. Incito à revolução por todos os meios: a palavra, a escrita, a imprensa, as ações e os exemplos.”
– Pierre-Joseph Proudhon

“Os ricos farão de tudo pelos pobres, menos descer de suas costas.”
– Leon Tolstoi

“A dúvida reina no espírito dos homens, pois nossa civilização treme em suas bases. As instituições atuais não mais inspiram confiança e os mais inteligentes compreendem que a industrialização capitalista vai contra os próprios objetivos que diz perseguir.
O mundo não sabe como sair disso. O parlamentarismo e a democracia periclitam e alguns creem encontrar salvação optando pelo fascismo ou outras formas de governos “fortes”.
Do combate ideológico mundial sairão soluções para os problemas sociais urgentes que se apresentam atualmente: crises econômicas, desemprego, guerra, desarmamento, relações internacionais etc. Ora, é dessas soluções que dependem o bem-estar do indivíduo e o destino da sociedade humana.
O Estado, o governo com suas funções e seus poderes, torna-se, assim, o centro de interesse do homem que raciocina. Os desenvolvimentos políticos que ocorreram em todas as nações civilizadas levam-nos a fazer essas perguntas: desejamos um governo forte? Devemos preferir a democracia e o parlamentarismo? O fascismo, sob uma ou outra forma, a ditadura, quer seja monárquica, burguesa ou do proletariado, oferecem soluções aos males ou às dificuldades que atormentam nossa sociedade?
Em outros termos, conseguiremos apagar as taras da democracia com a ajuda de um sistema ainda mais democrático, ou devemos, então, cortar o nó górdio do governo popular com a espada da ditadura?
Minha resposta é: nem um, nem outro. Sou contra a ditadura e o fascismo, oponho-me aos regimes parlamentares e às pretensas democracias populares.”
(Emma Goldman “O INDIVÍDUO, A SOCIEDADE E O ESTADO)

“Se organizaram em coletivos? Não esperem mais. Ocupem as terras! Organizem-se de forma que não haja chefes nem parasitas entre vocês. Se não o fizerem, é inútil que continuemos avançando. Precisamos criar um mundo novo, diferente do que estamos destruindo. Levamos um mundo novo em nossos corações: esse mundo está crescendo neste instante.”
— Buenaventura Durruti

“De maneira permanente, uma sociedade hierárquica só é possível na base da pobreza e da ignorância.”
— 1984, George Orwell

Transgressores do Novo Mundo

Viajando pela Terra
Observo a mudança de Era.
Dentro de meu próprio laboratório
Encontro-me num degrau probatório.
De insolúveis imediatismos
e alienação do capitalismo.
Adianta reconhecer os desequilíbrios já naturalizados pela sociedade e presumir que somos pequenos demais para transformar efetivamente o mundo circundante?
Tomar consciência do desdobramento sócio-histórico significa se apropriar da cultura(linguagem), produzir sentidos/soluções, agir livremente com autonomia responsável e além disso, perceber como a sociedade está programada para adequar o indivíduo.
A necessidade imanente envolve a construção da singularidade, da descoberta e elaboração de papéis inerentes, da atividade criativa e o mais importante, vir a superar o sistema que fragmenta o Ser, em busca da loucura que liberta a mente.
Somos Um, um corpo coletivo, um corpo celeste.
— EuSouVcEmMimNós

A chama canta, salta e corre,
O velho burgo tomba enfim…
Oh! Quanto abutre cai e morre!
Oh! Quanto abutre em seu festim!
De face a ardear, que a chama cresta!
Ó párias nus, vindes dançar,
Dançar em roda, correr, cantar
Que esta fogueira é vossa festa!
A chama a crepitar!
Em círculo formai!
Dançai!
Dançai!
De archote aceso, o mundo iluminai!
– Neno Vasco

 
“O Estado procura travar toda a atividade livre, através da sua censura, da sua vigilância, da sua polícia, e toma isso como seu dever, que é na verdade um dever que lhe é ditado pelo seu instinto de conservação. O Estado quer fazer alguma coisa dos homens, e é por isso que nele só vivem homens fabricados; todo aquele que quiser ser ele próprio é seu inimigo, e não vale nada. Este ‘não vale nada’ significa que o Estado não encontra utilidade para ele, não lhe confia nenhuma posição, nenhum posto, nenhum negócio, etc.”
– Max Stirner “Perspectiva Anarquista”
 
“A doença coletiva da humanidade é o fato de as pessoas estarem tão absorvidas pelo que acontece, tão hipnotizadas pelo mundo das formas em constante mutação, tão mergulhadas no conteúdo da sua vida, que se
esquecem da essência, daquilo que está além do conteúdo, da forma e do pensamento.
Elas se encontram de tal maneira consumidas pelo tempo que se esquecem da eternidade, que é sua origem, seu lar, seu destino. Eternidade é viver a realidade de quem nós somos.”
— E.Tolle
 
“Se a libertação não está em mim,
não está, para mim, em parte alguma”.
— Fernando Pessoa
 
“Quem eu devo combater, já que sou meu próprio inimigo? Quem salvará quem, já que sou meu próprio salvador? Sou a própria testemunha das minhas ações e inações. Serei livre quando domar a mim mesmo.”
— Dharmaraksit
 
“Você precisa entender que a maior parte das pessoas não está pronta para acordar. E muitos estão tão inertes, tão dependentes do sistema, que vão lutar para protegê-lo.”
— Morpheus – Matrix
 
 

“Permita que a razão governe o homem e ele não se atreverá a transgredir contra seus semelhantes, mas fará a eles o que quer que lhe tenham feito. Pois a razão lhe diz que, se o vizinho está hoje faminto e nu, é preciso alimentá-lo e vesti-lo, pois talvez isso aconteça contigo amanhã e então ele estará pronto a ajudar-te.”
– Liev Tolstói

♡ Gratidão, Presente! ♡

“Quando em conflito, inspiro e expiro se perco a Conta, piro!
Sou respiração de fogo, pra não pirar, Conto!
Conta por Conta em Hematita, desmonto o ego da mente fixa;
Em miração com as estrelas, em vibrações cósmicas, 108 Contas de diluição egóica;
Parabrahman!
Terceiro olho abre e sabe, sabe de onde venho, insaciável como a chama no lenho, me inflamo e me consumo, o eu agora é suprasumo!
No incensar da Massala o “Japa” energiza o “Mala”.
Nas mãos o cordão do rosário em meditação desabrocha a Lótus em meu coração;
ॐOMॐ!
Percepção latente, dilui-se a mente, ontem e amanhã são inexistentes;
Há apenas hoje, no agora os eus estão ausentes;
Medito, inspiro, expiro, com os comigos de mim mesmo eu no ontem e amanhã quase piro!
Tathāgata!
No Presente o ser ciente está para além da mente!
Não hà conflito em mente ausente, o Ser Amor se faz presente.
Contemplo, experimento, reflito e vigio a dualidade do livre-arbitrio;
Samsara! Emano mudras, entoo mantras Japamala em mãos;
Sadhana! Respiro agora inspirando amor, sempre no presente expirando gratidão.”
💙💚💛
– EuSouVcEmMimNós

 

“O homem é um cadáver adiado”.
– Fernando Pessoa

A cada prova passada, a cada etapa acolhida, maior potencial de energia penetra teu corpo, acelerando sua sutilização. E quando o caos estiver mais globalmente instalado na face da Terra, realidades sublimes serão percebidas com maior freqüência por ti e pelos grupos a serviço da Evolução.
— EuSouVcEmMimNós

“De maneira permanente, uma sociedade hierárquica só é possível na base da pobreza e da ignorância.”
— 1984, George Orwell

 

— O Deus Dourado —

O Deus Dourado, o Self, o Cisne Imortal.
Deixa o pequeno ninho do corpo, e vai aonde
quiser.
Ele passa pelo reino dos sonhos; assume formas incontáveis;
delicia-se no sexo; come, bebe, ri com seus amigos; assusta-se com cenas de terror paralisante.
Mas Ele não se apega a nada que vê, e após ter vagado nos reinos do sonho e da vigília, de ter provado prazeres e experimentado o bem e o mal, Ele retorna ao estado de graça onde começou.
Assim como um peixe nada em direção a uma margem do rio e depois à outra, o Self alterna-se entre o sonho e a vigília.
Assim como uma águia, cansado do longo vôo, dobra suas asas deslizando para seu ninho, O Self corre para o reino do sono sem sonhos, livre de desejos, medo, dor.
Como um homem, em união sexual com sua amada, que não percebe nada fora ou dentro.
Assim o homem em união com o Self, não sabe nada, não quer nada, encontrou a realização do seu coração e encontra-se livre da dor.
Pai desaparece, mãe desaparece, deuses e bíblias desaparecem,
o ladrão desaparece, o assassino desaparece, o bem e o mal desaparecem.
Ele passou para além da tristeza.”
— Isha Upanishad

“Se um homem nasceu para ser escravo, a liberdade, sendo contrária à sua índole será para ele uma tirania!”
– Fernando Pessoa

“Nenhuma grande ideia no seu início pode estar dentro da lei. Como pode ser dentro da lei? A Lei está estacionária. A Lei está fixa. A Lei é uma roda de carruagem que nos une a todos, independentemente das condições, do lugar ou do tempo.”
– Emma Goldman

“O mundo não é bom nem mau; cada homem constrói seu próprio mundo. Um cego pensa num mundo duro ou macio, frio ou quente. Somos uma mistura de felicidade e sofrimento, como já tivemos ocasião de comprovar centenas de vezes em nossa vida. Em geral os jovens são otimistas e os velhos, pessimistas. Os jovens têm a vida diante de si, os velhos queixam-se de que seu tempo já passou; centenas de desejos insatisfeitos debatem-se em seus corações. Contudo ambos são tolos. A vida é boa ou má de acordo com o estado de espírito com que a contemplamos. Em si mesma, não é nada. O fogo, em si mesmo, não é bom nem mau. Quando somos aquecidos por ele, dizemos: “Como é lindo o fogo!” Ao queimar-nos os dedos, nós o condenamos. De acordo com o uso que fazemos dele, ele nos causa uma sensação boa ou má. O mesmo se dá com o mundo.”
– Swami Vivekananda

A palavra convence, o exemplo arrasta.
– Confúcio

Perco tudo.
Pronto, perdi a poesia.
– EuSouVcEmMimNós

“O ser humano deve ser livre. Quem pretende ter um indivíduo que impõe regras, não pode ser chamado de humano, mas está sendo cabeça de gado, e ainda é menor do que uma vaca ou uma ovelha, porque mesmo esses pobres animais não impõem voluntariamente um pastor.”
-Ricardo Flores Magón, 1916

Neste mundo, há pouca escolha entre a solidão e a vulgaridade

Na solidão, onde todos se vêem limitados aos seus próprios recursos, o indivíduo enxerga o que tem “em si mesmo”. O tolo em trajes finos suspira sob o fardo de sua própria individualidade miserável, da qual não pode se livrar, enquanto o homem de grandes dotes povoa e anima com seus pensamentos a região mais deserta e desolada. Há, pois, muita verdade no que Sêneca diz: omnis stultitia laborat fastidio sui [toda estultice sofre o fastio de si mesma. (Epistulae, 9)], e também na sentença de Jesus de Sirach, “A vida de um tolo é pior que a morte”. Logo, em geral, constataremos que todos são sociáveis na medida em que são intelectualmente pobres e vulgares. Pois, neste mundo, temos pouca escolha entre a solidão e a vulgaridade.
– Arthur Schopenhauer

“Todos os partidos políticos, sem exceção alguma, enquanto aspiram ao poder público, não passam de formas particulares do absolutismo. Não haverá liberdade para os cidadãos; não haverá ordem na sociedade, nem unidade entre os trabalhadores, enquanto em nosso catecismo político não figure a renúncia absoluta à autoridade, arcabouço de toda tutela”.
– Pierre Joseph Proudhon

A anarquia não é a caos e desordem, mas sim a ordem que nasce, não do exercício do poder – da ameaça, força e violência – e sim do exercício da liberdade e fraternidade. – Kropotkin

“Egoísmo não é viver à nossa maneira, mas desejar que os outros vivam como nós queremos.”
– Oscar Wilde

Jesus não desceu ao mundo para destruir nossas casas, e – com suas pedras – construir conventos; ele veio insuflar uma alma nova e forte, que faz de cada coração um templo, de cada alma um altar, e de cada ser humano um sacerdote”.
– Khalil Gibran

Mas enquanto houver ricos e pobres, opressores e oprimidos; enquanto houver pessoas para fazer a lei e outras para suportá-la, enquanto um homem sentir pesar sobre si a vontade de um outro homem, a paz, podem acreditar, será algo irrealizável; e de real, nas sociedades, só haverá a guerra, a guerra com todos os seus desastres, a guerra com todas as suas horríveis consequências.
– Joseph Déjacque

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
_____ Luís de Camões

“Para livrar-se dos governos não é necessário lutar contra eles pelas formas exteriores, é preciso unicamente não participar em nada, basta não sustentá-los e então cairão aniquilados.”
– Liev Tolstoi

Quando os de baixo se movem, os de cima caem!
_ EuSouVcEmMimNós

“O diploma serve apenas para constituir uma espécie de valor mercantil do saber. Isto permite também que os não possuidores de diploma acreditem não ter direito de saber ou não são capazes de saber. Todas as pessoas que adquirem um diploma sabem que ele não lhes serve, não tem conteúdo, é vazio. Em contrapartida, os que não tem diploma dão-lhes um sentido pleno. Acho que o diploma foi feito precisamente para os que não tem.”
– Michael Foucalt

Pessoas mentalmente fortes fazem amizade com seus medos e os abraça.
– EuSouVcEmMimNós

“Anarquia, este sonho de justiça e de amor entre a humanidade”
_____ Errico Malatesta

Emancipar a mulher não é abrir-lhe as portas da universidade, dos tribunais e do parlamento. Pois é sempre sobre uma outra mulher que a mulher emancipada atira os trabalhos domésticos. Emancipar a mulher é livrá-la do trabalho embrutecedor da cozinha e da lavagem; é organizar-se de maneira que possa criar e educar os seus filhos, e assim lhe parecer, conservando sempre bastante tempo livre para tomar a sua parte na vida social. Isto se fará, já o dissemos, e começa já a fazer-se. Uma revolução que se decorasse com as mais belas palavras de liberdade, igualdade, solidariedade, mantendo ao mesmo tempo a escravidão do lar, não seria revolução. A metade da humanidade, submetida ainda à escravidão do lar e da cozinha, teria ainda que se revoltar contra a outra metade.”
— Piotr Kropotkin em “A Conquista do Pão” página 87)

 
 

Latim: “Une injustice, faite à un seul, est une menace pour tous les autres”
Português: “A injustiça que se faz a um é uma ameaça que se faz a todos.”
– Montesquieu

“A terra é insultada e oferece as flores como resposta.”
— Rabindranath Tagore

A atração.
No princípio, era o Nada, o Pai de tudo…
Um trepor sem consequências nem fricções,
O que vai ser provendo o seu conteúdo:
Vaivém de inalações e exalações.
Súbito… Ôm!… o Choque um no cosmos mudo…
O recomeço das fatais reações!
O Alento urdindo um raio-luz, agudo,
E enchendo a Essência, a Mãe, de turbilhões.
E o ressoo desse choque plasma normas
E as chispas vão moldando etéreas formas,
Prenúncios de metais, células e eu’s…
E, assim, meu eu, centelha alucinada,
Traz em si atrações para esse Nada
E esta lembrança de ter sido Deus!
– José Oiticica

“Será a fé crença vazia ou ela é uma força vital? Fides, em latim, é aquilo que leva acreditar em algo. Fala-se muito, nos tempos atuais, sobre o papel da fé. Até se diz as pessoas: “Acredite, tenha fé”. Vez ou outra, isso aparece de modo meio mágico, dando a entender que basta acreditar para que as coisas aconteçam. Claro que não. Sabemos da dificuldade que é ter uma crença sem um movimento, sem uma ação. Mas, de fato, ela é força vital em várias situações.
Pode alienar, em alguns casos, pode desviar em outros, mas a fé, quando colocada como possibilidade de realizar algo em que se acredita, tem um movimento que ultrapassa o mero campo da Religião.
Em um ensaio sobre a fé, o escritor espanhol Miguel de Unamuno diz algo que nos ajuda a pensar: “Fé não é crer no que não vimos, mas é criar o que não vemos”. Isto é, a capacidade de elaborar, de construir, de edificar aquilo que pareceria ausente ou até inexistente em nosso cotidiano.
Ir com fé, não aquela fé tola, da mera entrega, da crença sem nenhuma base, mas a fé que seja um movimento de inclinação em que alguém se debruça sobre uma ação, acredita na sua possibilidade e cria o que não se vê, em vez de apenas crer naquilo que não vê.”
— Mario Sergio Cortella

Em uma palavra, nós rejeitamos toda a autoridade e toda a influência privilegiada, licenciada, oficial e legal, mesmo vinda de sufrágio universal, convencidos de que ela só pode vir em vantagem para uma minoria de exploradores contra os interesses da imensa maioria dos sujeitos a ela. Este é o sentido em que realmente somos anarquistas.
– Mikhail Bakunin em ” O Estado e a #Anarquia ” denunciou na Primeira Internacional o autoritarismo marxista, foi expulso por isso!

No início você era o Bing Bang, agora é um ser humano complexo. E ao criamos nossas individualidades, esquecemos que ainda somos todos conectados à mesma energia de sempre, nunca deixaremos de ser.
– EuSouVcEmMimNós

“Todo aquele que tem autoridade nas mãos procede como um tirano; quantos maridos, pais, patrões, juizes portam-se como senhores, oprimindo os que estão sob seu poder, sem saber que essas esposas, filhos, servos e súditos são seus semelhantes e têm os mesmos direitos a repartir as bênçãos da liberdade.”
– Piotr Kropotkin

“Sou semeador da tempestade…Eu não vim trazer a paz entre vós,por que para trazê-la era mister que eu pregasse a guerra contra a hipocrisia.Eu combato a caserna,o alcouce e a taverna,simbolizando a autoridade,a mentira e o capital…
Trago a semente que produz amor,a solidariedade humana,a nobilitação do trabalho,a morte da prostituição,do servilismo e da miséria…Camaradas há dois caminhos que se abrem ante vós:um leva ao salariato ou a escravidão;o outro conduz ao comunismo libertário,que é a igualdade com liberdade!Qual dos dois quereis seguir?
_____Avelino Foscolo

“O direito da força e o direito da astúcia, celebrados pelos poetas populares nos poemas da Ilíada e da Odisseia, inspiram as repúblicas gregas e influenciaram com seu espírito as leis romanas, das quais passaram para nossos costumes e nossos códigos. O cristianismo nada mudou a respeito; uma vez estabelecido como religião, o cristianismo, hostil desde o inicio à filosofia e contendor da ciência, não podia deixar de acolher tudo o que fosse de essência religiosa. Foi assim que, após ter feito profissão de igualdade e de senso comum em são Mateus e em são Paulo, reuniu aos poucos em torno dele as superstições que antes havia proscrito: o politeísmo, o dualismo, o trinitarismo, a magia, a necromancia, a hierarquia, a monarquia, a propriedade, todas as religiões e abominações da terra.”
– Pierre-Joseph Proudhon

“Não acredito nas constituições nem nas leis, a mais perfeita constituição não conseguiria satisfazer-me. Necessitamos de algo diferente: inspiração, vida, um mundo sem leis, portanto, livre.”
– Mikhail Bakunin

“É buscando o impossível que a humanidade sempre realiza o possível. Todavia, aqueles que têm sabedoria limitada e apreciam o possível não avançarão um único passo.”
– Bakunin

 

“Se o voto mudasse alguma coisa, eles o tornariam ilegal.”
– Emma Goldman – Anarquista lituana (1869-1940).

“Que pretende o sistema? Manter, acima de tudo, a feudalidade capitalista no gozo dos seus direitos; assegurar e aumentar a preponderância do capital sobre o trabalho; reforçar, se possível, a classe parasita, proporcionando-lhe em toda a parte, com a ajuda dos cargos públicos, criaturas segundo as necessidades de recrutamento; reconstituir pouco a pouco e enobrecer a grande propriedade.”
– Pierre-Joseph Proudhon

“A História é uma grande bagunça. Talvez conspirações não funcionem. Mas temos de agir como se elas realmente funcionassem. Na realidade, o movimento não-autoritário não somente necessita de sua própria teoria da conspiração, ele necessita de suas próprias conspirações. Funcionem elas ou não. Ou respiramos juntos ou nos sufocamos todos por iniciativa própria. Eles estão conspirando, nunca duvide disso, esses palhaços sinistros. Não apenas deveríamos nos armar com a teoria da conspiração, deveríamos ter nossas próprias conspirações – nossas TAZ – nosso comando de mercenários da guerrilha ontológica – nossos Terroristas Poéticos – nossas maquinações do caos – nossas sociedades secretas. Proudhon assim o disse. Bakunin assim o disse. Malatesta assim o disse. É a tradição anarquista.” (trecho retirado do livro “O status ontológico da teoria da conspiração”, de Hakim Bey – a TAZ que ele se refere é uma zona autônoma temporária, da qual ele fala e explica no seu livro que leva este mesmo nome)

“Ser livre é ser sua própria criatura e sua própria criação.”
– Max Stirner, o testa grande

Quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem!
– Rosa Luxemburgo

“Toda decepção com o sistema representativo está na ilusão de que um governo e uma legislação surgidos de uma eleição popular deve e pode representar a verdadeira vontade do povo. Instintiva e inevitavelmente, o povo espera duas coisas: a maior prosperidade possível combinada com a maior liberdade de movimento e de ação. Isto significa a melhor organização dos interesses econômicos populares, e a completa ausência de qualquer organização política ou de poder, já que toda organização política se destina à negação da liberdade. Estes são os desejos básicos do povo. Os instintos dos governantes, sejam legisladores ou executores das leis, são diametralmente opostos por estarem numa posição excepcional.”
– Bakunin

A lei jamais tornou os homens mais justos, e, por meio de seu respeito por ela, mesmo os mais bem intencionados, transformam-se diariamente em agentes da injustiça.
– Henry David Thoreau

Policial não é emprego, violência não é trabalho!
– EuSouVcEmMimNós
 
Cavalheiros, o tempo da vida é muito curto. Se vivemos, vivemos para arrancar cabeças de reis.
– Willian Shakespeare
 
O desenvolvimento humano depende fundamentalmente da invenção. Ela é o produto mais importante de seu cérebro criativo. Seu objetivo final é o completo domínio da mente sobre o mundo material e o aproveitamento das forças da natureza em favor das necessidades humanas.
– Nikola Tesla
 
 
“O Capitalismo sabe corromper aqueles que desejam destruir!”
– Emma Goldman
 
“Se a monarquia é o martelo que esmaga o Povo, a democracia é o machado que o divide: uma e outra concluem igualmente pela morte da liberdade”
– Pierre-Joseph Proudhon
 
— Meu Reflexo —
Me olho no espelho e vejo um monstro
Limpo a cara e mascaro meu rosto
Olho de novo e não me reconheço
Afinal, sou aquilo que eu mereço
Da terceira vez, enxergo o que você vê em mim
As vezes eu choro
Desejando que eu fosse assim
Perfeito pra você
Perfeito pra mim
Mas sou um ser dual
Mesmo sendo multidimensional
Sou matéria, corpo denso
Sou energia, corpo etéreo
Um corpo feito de átomos, outro feito de mistérios
Não sou o corpo que possuo nem a face que me vês
Sou um espírito em evolução, assim como vocês
 
 

A bancocracia mudou seu caráter e suas ideias. Outrora viviam entre eles como patrões e assalariados, vassalos e suseranos; agora não se conhecem mais a não ser como tomadores de empréstimo e usurários, ganhadores e perdedores. O trabalho desapareceu ao sopro do crédito; o valor real se esvai diante do valor fictício, a produção diante da agiotagem. A terra, os capitais, o talento, o próprio trabalho, se em lugar algum ainda há trabalho, eles a esperam de um lançamento de dados. O crédito, dizia a teoria, tem necessidade de uma base fixa; e eis justamente que o crédito pôs tudo em movimento. Só se encosta, acrescentava ela, a hipotecas; e faz correr essas hipotecas. Ele procura garantias; e como, a despeito da teoria que só quer ver garantias nas realidades, a garantia do crédito é sempre o homem, porque é o homem que faz valer a penhora e porque sem o homem a garantia seria absolutamente ineficaz e nula, ocorre que o homem, não se agarrando mais às realidades, com a garantia do homem a penhora desaparece e o crédito permanece o que ele em vão se gabava de não ser, uma ficção.
O crédito, numa palavra, à força de desvincular o capital, terminou por desvincular o próprio homem da sociedade e da natureza. Nesse idealismo universal, o homem não se apega mais ao solo; é suspenso no ar por um poder invisível. A terra esta coberta de habitantes, uns nadando na opulência, outros hediondos de miséria, e ela não é possuída por ninguém. Ela só tem senhores que a desdenham e servos que a deixam, pois não a cultivam para eles, mas para um portador de cupons que ninguém conhece, que não verão nunca mais, que talvez passará de novo por essa terra sem olhá-la, sem desconfiar que é dele. O detentor da terra, isto é, o possuidor de inscrição de renda, se assemelha ao mercador de bricolagens; em sua carteira tem sítios, pastagens, ricas colheitas, excelentes parreirais; que lhe importa! Esta pronto a ceder tudo em troca de dez centavos de alta; à noite vai se desfazer de seus bens, da mesma forma que os havia recebido pela manhã, sem amor e sem pesar.
Assim, pela ficção da produtividade do capital, o crédito chegou à ficção da riqueza; a terra não é mais a fábrica do gênero humano, é um banco; e se fosse possível que esse banco não fizesse sem cessar novas vítimas, forçadas a pedir de novo ao trabalho a renda que perderam no jogo e, com isso, sustentar a realidade dos capitais; se fosse possível que a bancarrota não viesse interromper de tempos em tempos essa infernal orgia, o valor da garantia baixando sempre enquanto que a ficção multiplicava seus papéis, a riqueza real se tornaria nula e a riqueza subscrita cresceria ao infinito.”
– Pierre Joseph Proudhon

“Não somos a favor da democracia entre outras razões porque, cedo ou tarde, ela conduz à guerra e à ditadura; também não somos pela ditadura, entre outras razões porque nos faz desejar a democracia, provoca seu retorno e tende assim a perpetuar esta oscilação da sociedade humana entre a franca e brutal tirania e uma pretensa liberdade, falsa e mentirosa”
– Errico Malatesta

“Para a burguesia, nada melhor do que a luta partidária e eleitoralísta dos partidos operários. Ela sabe perfeitamente que, por esses meios, o proletariado se afasta cada vez mais da sua verdadeira luta, e adia, continuamente, o dia da renovação social que há tanto tempo vem sendo desejada.
A luta política, dentro dos quadros legais do capitalismo, é uma luta essencialmente burguesa”
– Jaime Cubero – Anarquista brasileiro (1926-1998).

Os anarquismos são formas alternativas de resistência. Os anarquistas não são doutrinadores e não rezam na cartilha do Estado seja ele qual for, mas são aqueles que querem romper com as lógicas de dominação através da recriação de si mesmos. “Anarquia é utopia, faça uma todo dia!” não é um ideal, é uma prática!
_____ EuSouVcEmMimNós

O Anarco-Capitalismo é uma falácia!
Não pode ser anarquismo porque responde a uma autoridade material, que é o dinheiro,e obedecem as leis da oferta e demanda!
– EuSouVcEmMimNós

“O ser humano sente-se atacado por mil males que o escravizam e o tornam miserável, o que impede seu desdobramento natural e livre; ele folheia a história e está convencido de que nenhum governo fez a felicidade do povo.
Reis, imperadores, presidentes, todos foram maus, todos pesaram sobre os ombros do povo como uma laje sepulcral; nenhum governante tem sido o abrigo dos fracos e do flagelo dos fortes; todos os governos têm sido uma mãe carinhosa e amorosa dos poderosos e uma madrasta cruel e arrogante dos humildes.
Nenhum homem pode fazer a felicidade do povo quando ele já está à frente do governo.”
– Ricardo Flores Magón, 1917

“O que são as pessoas de carne e osso? Para os mais notórios economistas, números. Para os mais poderosos banqueiros, devedores. Para os mais influentes tecnocratas, incômodos. E para os mais exitosos políticos, votos.”
―Eduardo Galeano

“Por luta de classes se entende a luta dos explorados a fim de abolir a exploração. Ela é um meio de elevação moral e material, e a principal força revolucionária com que hoje se pode contar. Mas propagandear o ódio não, porque do ódio não podem brotar o amor e a justiça. Do ódio nascem a vingança, o desejo de imperar sobre o inimigo, a necessidade de consolidar a própria superioridade. Com o ódio se obtém um triunfo, podem-se construir novos governos, mas não se pode fundar a anarquia. É por isso que entre os anarquistas não há verdadeiros odientos: há apenas retóricos do ódio. E mesmo estes indivíduos procedem como o poeta que, sendo pai de família exemplar e pacífico, canta o ódio e prega a destruição, apenas porque encontra nisso a emoção para fazer versos bons… Ou maus. Os anarquistas falam do ódio, é certo; mas o seu ódio é feito de amor.”
– Errico Malatesta

“A chuva que irriga os centros do poder imperialista afoga os vastos subúrbios do sistema. Do mesmo modo, e simetricamente, o bem-estar de nossas classes dominantes – dominantes para dentro, dominados para fora – é a maldição de nossas multidões, condenadas a uma vida de bestas de carga”
– Eduardo Galeano

“Não trate as pessoas tão ruim quanto elas são, trate-as tão bem quanto você é.”
– EuSouVcEmMimNós
 

“Por burguesia compreende-se a classe dos capitalistas modernos, proprietários dos meios de produção social, que empregam o trabalho assalariado. Por proletariado compreende-se a classe dos trabalhadores assalariados modernos que, privados de meios de produção próprios, se vêem obrigados a vender sua força de trabalho para poder existir.” (Nota de F. Engels à edição inglesa do Manifesto comunista de 1888)

“Os anarquistas estão certos […], na negação da ordem existente, […]. Erram somente em pensar que a anarquia possa ser instituída por uma revolução. Ela vai ser instituída somente quando houver mais e mais pessoas que não exigem a proteção do poder público […]. Só poderá haver uma revolução permanente se esta for uma revolução moral: a regeneração do homem interior.”
– Leon Tolstoi (Ensaio A Anarquia (1900))

“O nacionalismo, com seu patriotismo infeliz, é realmente uma forma glorificada, uma forma “enobrecida” do tribalismo cruel. Em uma pequena tribo, ou em uma tribo muito grande, existe o sentido de estar junto, ter uma mesma língua, as mesmas superstições, o mesmo tipo de sistema político, religioso. E assim, ele se sente seguro, protegido, feliz, confortado. E para que exista esta segurança, conforto, estamos dispostos a matar outras pessoas que tenham o mesmo tipo de desejo de ser seguro, de se sentir protegido, de pertencer a algo diferente. Esse desejo terrível de identificar-se com um grupo, com uma bandeira, com um ritual religioso, e assim por diante, nos dá a sensação de que temos raízes, que não somos nômades, andarilhos sem-terra.”
– Krishnamurti para ele mesmo, pp 59-60

Não busquei uma vida social, nem uma vida acomodada e nem tampouco uma vida tranquila, paa mim escolhi a luta. Viver acomodado não é viver, é apenas se mover como uma massa de carne e ossos. É necessário brindar a vida com a elevação da mente e dos braços. Enfrentei a sociedade com suas próprias armas, sem abaixar a cabeça, por isso me consideram, e sou, um homem perigoso.
Severino Di Giovani

Para todos aqueles, que acreditam que suas vidas há, um significado deslumbrante, desteto ter que lhes remover suas pobres ilusões, de que suas vidas finitas e mortais, simplesmente se consiste, em se chafurdar em divertimentos e entretenimentos lúdicos. Se consiste em se alicerçar em desprovidas aspirações sensuais, de escapar de sua tragicômica condição humana, há de que todos nós iremos agonizar dia após dia, nesta jornada de misérias e lamentações, cujo o derradeiro objetivo nos encaminha para decomposição de nosso corpo orgânico. Todas as tentações, que perseguem a humanidade a séculos, suas fanaticas crenças religiosas, em seres míticos e fantasiosos, suas cultuações esótericas em budismo, gnósticismo, kabbalah, religiões orientais, que no fundo pretende ludibriar e manobrar a pobre massa humana a crer em contos de fadas de que somos todos um, somo todos fragmentos divino de uma consiência infinita, quanta baboseira as pessoas são manipuladas por essa fraude da nova era de revolução cultural que vem se espalhando pelo mundo, é incrivel como estas influencias gnósticas vem se expandido como um cancer degenerando as pessoas com tantas útopias não notaram que as útopias foram as principais causas de levar a humanidade a sua degraças, mal percebe que é uma tentativa de impedir que percebam sua insignificante existência, há de que somos todos um defeito de fabricação, uma projeção que simplesmente existe, por existir, queira vocês aceite ou não, nossa existência não tem sentido. Oque nós move são nosso demasiado medo de fugir de nós mesmos, e de nossas vidas finitas, não passamos de uma multidão de cadaveres dançantes, que suplica por misericórdia todas as suas desgraças e lamentações. Vejam meu desgosto por tudo que existe, nem amor nem raiva, nem desejos, a única aspiração que deveria nos mover e simplesmente transcender nossa consciência ao vazio do nada.
– EuSouVcEmMimNós

Uma ideia anarquista
Pensar é um direito intransferível e inalienável do ser humano, e é baseado nessa premissa que certo filósofo preconizava viver numa sociedade de homens capazes de se auto-dirigirem, de se autogovernarem pela união das forças intelectuais, trabalhadores e criadores de uma nova ordem social com liberdade.
A sua doutrina, catecismo do “imaginário paraíso”, segundo a sua concepção, não aceitava o princípio do assalariado e da mais-valia. Tão pouco permitia a existência de trabalhadores e patrões, dirigentes e dirigidos, mandantes e mandados, senhores e escravos. Todos seriam auto-suficientes, produtores e consumidores, livres, iguais!Os princípios fundamentais, as idéias mestras do filósofo, sobre as quais construiria a nova sociedade, baseavam-se numa ordem generosa e positiva, com sentimentos e ações, de equilíbrio nos movimentos e atitudes, na harmonia que funde o homem e a natureza, que humaniza e forma personalidades retas, caracteres e cidadãos justos, capazes de produzir e participar, dar e receber.Era uma filosofia sem vínculos religiosos nem político, partia das premissas de renovação, libertárias e antidogmáticas. Para esse “sonhador”, as idéias tinham que ser provadas, e a vida era o exemplo de uma lição no seu mais amplo e puro sentido. Não aceitava conceitos aprioristicos, e descria da infalibilidade. Para ele tudo era relativo. Sua fundamental razão doutrinária apoiava-se na liberdade com responsabilidade, conceito humanista de vida, feito pacto consciente à margem da tutela de qualquer espécie, partindo do indivíduo, da associação voluntária, para atingir a sociedade de autogestão, livre de falsos intermediários. O filósofo aceitava a transformação bem acabada como fonte de sabedoria, manancial da bondade; a história pela importância de recolher e analisar as experiências vividas, e como guia admirável, a razão na busca da verdade.O individuo era a base fundamental da sua sociedade! A convivência social e fraterna processava-se pelo livre-acordo, e a proteção recíproca, pelo apoio e ajuda mútuos, veículo conservador e propulsor da espécie. A união das energias e o entendimento dos homens da comunidade, residiam no esforço que garantia a sobrevivência, e que defendia os direitos de cada individuo em participar, e da sociedade em geral. A ideia mestra da “Nova Sociedade”, partia da natureza, princípio e fim de todas as coisas, consubstanciadas pela liberdade, pelo livre-acordo, verdadeira razão da vida. Segundo sua filosofia, o homem é um atleta sempre em luta por melhores dias no sentido evolutivo, e jamais deixará de ser, daí o não admitir a regressão por desejar sempre mais além da liberdade, a liberdade! Entendia que o ser humano é um ser sociável e como tal propende a unir-se, a associar-se, porque só unido e associado, se sente seguro. O homem jamais desejou viver isolado, nem fora do seu mundo porque faz parte dele. E por ser um componente da sociedade, o individuo tende, fatalmente a ser um associado da comunidade humana. Sem deixar de ser um mundo de idéias “novas” humanitaristas, uma corrente científica, intelectual e ética, perfeitamente definidas doutrinariamente, a sociedade ou organização, isto é, a “Nova Sociedade” do filósofo, prevê uma nova concepção econômico-social que estabelece a livre associação dos organismos naturais do trabalho. Suas tarefas quotidianas processar-se-iam por meio da cooperação voluntária, da responsabilidade individual e coletiva, isso é, por meio de uma coordenação e administração do esforço manual e intelectual objetivando produzir com o máximo da perfeição e da beleza. Propõe-se o nosso filósofo restabelecer a felicidade dos povos, instaurando uma Federação de Comunidades Livres, unidas por interesses sociais, econômicos, artísticos e culturais, sempre resolvidos mediante acordos mútuos, sem imposições nem intenções dominantes. O livre contrato, a tolerância recíproca e o desejo de auto-gestão, seriam princípios e finalidades convertidas em táticas de luta pela conquista das riquezas naturais e da produção que o trabalho livre proporcionaria. E as riquezas resultantes desse esforço conjunto, coletivo, de produtores, seriam postas a disposição da nova sociedade, isso é, dos seus mutuários que distribuiriam a cada um dos seus membros e segundo as suas necessidades. Em cada fase da nova comunidade, para o futuro progressivo resultante dos periódicos acordos mútuos, o filósofo apunha que “tudo dependia da capacidade e da visão dos seus componentes unidos num ideal universalista!” Sem riquezas nem patrimônios individuais, a comunidade não permitiria que em nome do maior saber ou da esperteza, nem mesmo de organismos de trabalho livre e federado, pudesse um dos membros explorar outro. A sociedade cuidaria desses problemas como da saúde dos mutualistas, para garantir o princípio racional da igualdade de direitos e de idênticos propósitos de deveres de todos e de cada um. Em síntese: não cria um sistema perfeito, já que por princípio rechaçava todos os esquemas e conceitos de caráter absoluto, mas seria a doutrina constante do aperfeiçoamento. Não teria uma meta definitiva, porque percebia a variedade da natureza, a necessidade do progresso, do aprimoramento de todos os campos do conhecimento humano e da busca de novas formas de vida. Mas era uma permanente perspectiva aberta de dia-a-dia, ao viver humano, sem formas dogmáticas, sujeita à liberdade não tinha o sabor do abstrato, mas do zarcão social só podem ser transitórias, porque tudo é mutável, menos a vida, que se transmite de gerações para gerações. Evoluir até alcançar um estágio amplo, dentro da liberdade, da igualdade e do amor fraterno, era a sua obsessão. Para o filósofo, a liberdade não tinha o sabor do abstrato mas do concreto, que permitia o desenvolvimento da capacidade na criatura humana, que fomenta e desperta a grandeza dos sentimentos de solidariedade entre os povos, que modela o caráter e cultiva o amor ao próximo como a si mesmo! Só a liberdade, segundo a sua concepção ideológica, movimenta os homens no sentido de buscar belos e harmoniosos estágios de justiça social, porque liberdade era a alma, era a luz da sua ideia.
– Edgar Rodrigues

A existência precede a essência, e por isso qualquer definição de “natureza humana” é um equívoco!
– EuSouVcEmMimNós

Não sou mestre de ninguém.
Ninguém é discípulo meu.
Sou como a flecha na encruzilhada,
Cuja missão é apontar o caminho certo,
E depois ser abandonada…
Se o viandante não ultrapassar a seta,
Não cumpre o desejo da mesma.
Ai de mim se eu não for abandonado!
Se o viandante parar diante de mim,
Contemplando a minha forma e cores.
Se, em vez de demandar a invisível longinqüidade,
Se enamorar da minha visível propinqüidade,
E não compreender a minha mensagem,
Que aponta para além de mim,
Rumo ao Infinito. .
Ai de mim, se eu for espelho,
Perante o qual os homens parem
Para se contemplarem a si mesmos,
Em mortífero narcisismo!
Feliz de mim, se eu for janela aberta,
Que permita visão de horizontes longínquos,
Passagem franca para o Infinito!
Não sou mestre de ninguém,
Ninguém é discípulo meu!
Indico a todos, o Mestre invisível,
Que habita na alma de cada um,
E para além de todos os mundos.
Sinto-me feliz, quando o viajor,
Orientado pela legenda da minha seta,
Abandona-me e vai em demanda
Da indigitada meta,
Em espontânea liberdade,
Rumo à longínqua felicidade…
– Texto extraído do livro “A Voz do Silêncio” – do genial filósofo brasileiro Huberto Rohden

“O mundo está cheio de reis e rainhas, que cegam os seus olhos e roubam os seus sonhos.”
– Black Sabbath – Heaven and Hell

Honra não é nada mais do que burrice num mundo injusto.
– EuSouVcEmMimNós

“Cedo ou tarde você descobrirá a diferença entre saber o caminho e percorrer o caminho. Eu lhe mostro a porta, mas é você que tem que atravessá-la.”
– Matrix

“O homem isolado não pode ter a consciência de sua liberdade. Ser livre, para o homem, significa ser reconhecido, considerado e tratado como tal por um outro homem, por todos os homens que o circundam. A liberdade não é, pois, um fato de isolamento, mas de reflexão mútua, não de exclusão, mas de ligação. (…) Só posso considerar-me e sentir-me livre na presença e em relação a outros homens.”
– Mikhail Bakunin

“Enforcados em Chicago, decapitados na Alemanha, estrangulados em Xerez, fuzilados em Barcelona, guilhotinados em Montrison e em Paris, nossos mortos são muitos; mas vocês não foram capazes de destruir a Anarquia. (…) Ela está em todos os lugares. Isso é que a faz indomável, e por fim ela irá derrotá-los e assassiná-los.”
– Émile Henry (1893)

Sou anarquista e ser anarquista e ser uma pessoa coerente(paz espiritual,tranquilidade,o campo,trabalho o minimo possível,o suficiente para poder viver,desfrutar a beleza,do sol,desfrutar a vida com letras maiúsculas,quando agora vivemos em minusculas). Ter uma conduta pessoal.levar as ideias à prática ao máximo,sem esperar que haja uma revolução.Isso pode-se fazer agora.É uma concepção filosófica,é um estado de espirito,uma atitude frente a vida.Penso que esta sociedade esta muito mal organizada,tanto socialmente quando politicamente e economicamente.Temos de mudar tudo. O anarquismo invoca uma vida completamente diferente.Trata de viver essa utopia um pouco a cada dia.
– Abel Paz/Almería 1921-Barcelona 2009.

Bakunin, Kropotkin e Malatesta não eram tão ingênuos para acreditar que o anarquismo pudesse ser estabelecido da noite para o dia. Ao atribuir essa opinião a Bakunin, Marx e Engels distorceram propositadamente as visões dos anarquistas russos. Os anarquistas do século passado também não acreditavam que a abolição do Estado envolveria “baixar armas” imediatamente após a revolução, para usar a escolha obscurantista de termos de Marx, repetida continuamente por Lênin em Estado e Revolução. Na verdade, muito do que se passa por “marxismo” em Estado e Revolução é puro anarquismo – por exemplo, a substituição de milícias revolucionárias por grupos armados profissionais e a substituição de órgãos de autogestão por grupos parlamentares. O que é a autenticamente marxista no panfleto de Lênin é a reivindicação de “centralização estrita”, a aceitação de uma “nova burocracia”, e a identificação dos sovietes com um Estado.
– Murray Bookchin em “Escuta, Marxista!”

“Na verdade, o anarquismo é a um só tempo diversificado e inconstante e à perspectiva da história apresenta a aparência, não de um curso d’água cada vez mais forte, correndo em direção ao mar de seu destino (uma imagem que bem poderia ser aplicada ao marxismo), mas sim de um fio de água filtrando-se através do solo poroso – formando aqui uma corrente subterrânea, ali um poço turbulento, escorrendo pelas fendas, desaparecendo de vista para surgir onde as rachaduras da estrutura social possam lhe oferecer uma oportunidade de fluir. Enfim os anarquistas não rejeitam a organização, mas nenhum deles procura dar-lhe uma continuidade artificial. O importante é a sobrevivência da própria atitude libertária.”
– ‘História das ideias e movimentos anarquistas’ de George Woodcock.

“Na prática, o líder partidário ordena e responde aos interesses do grupo dirigente minoritário e não aos da base. Como profissional do partido o líder preocupa-se mais com seu trabalho do que com suas promessas. O fato de ser dirigente leva-o a afastar-se da vida quotidiana da maioria das pessoas, o que o torna “diferente”. Torna-se geralmente conservador, levando uma vida privada e desenvolvendo interesses da minoria dirigente. Esses líderes partidários, isolados nos escritórios, são facilmente corruptíveis pelos interesses das classes dominantes”
– Maurício Tragtenberg

A Associação Irmandade Internacional quer a revolução universal, social, filosófica, econômica e política ao mesmo tempo, para que da ordem atual das coisas, fundada sobre a propriedade, a dominação e o princípio de autoridade quer religiosa, quer metafísica e burguesamente doutrinária, quer até mesmo jacobinamente revolucionária, não sobre em toda Europa num primeiro momento, e depois no resto do mundo, pedra sobre pedra. Ao grito de paz aos trabalhadores, liberdade a todos os oprimidos e morte aos dominadores, exploradores e tutores de qualquer espécie, queremos destruir todos os Estados e todas as igrejas, com todas as suas instituições e suas leis religiosas, políticas, jurídicas, financeira, policiais, universitárias, econômicas e sociais para que todos estes milhões de pobres seres humanos escravizados, atormentados, explorados, libertos de todos os diretores e benfeitores oficiais e oficiosos, associações e indivíduos, respirem enfim em completa liberdade.
– MIKHAIL BAKUNIN

“O retorno a um ‘estado natural’ paradoxalmente parece permitir a prática de todo tipo de ato ‘anti-natural’, ou pelo menos assim pareceria se fossemos acreditar nos puritanos e eugenistas. E já que grande parte das pessoas que vivem em sociedades racistas e moralmente repressoras, secretamente desejam exatamente esses atos licenciosos, elas os projetam sobre os marginalizados e assim convencem a si mesmos de que permanecem civilizados e puros.”
– ‘Zona autônoma temporária’ de Hakim Bey


O voto representa a chave para abrir a porta do Estado e o meio para um partido se tornar o seu legítimo dirigente. O objetivo principal dos integrantes de partidos passa então a ser alcançar o poder do Estado e isso se torna possível através das eleições. Por isso o voto passa a ser desejado por aqueles que integram partidos políticos. Estes estabelecem uma luta cotidiana entre si e criam estratégias para conseguir o maior número de votos possível, cuja maioria dos votos lhe garante a ascensão ao poder do estado. A corrida dos representantes de partidos para conseguir voto se dá de várias formas (compra de votos, ameaças a eleitores etc) mas a principal é através de propagandas políticas que são em sua maioria financiadas e autorizadas pelo Estado, o qual busca criar meios de tornar a sua divulgação ampliada. Para isso criou leis para controlar e possibilitar o uso dos meios de comunicação para a propaganda política. Ocorre que alguns partidos que disputam uma determinada eleição são financeiramente mais poderosos do que outros, o que lhe dá a chance de vencer a eleição já que conseguirá ampliar sua divulgação, além da possibilidade da compra de votos, questão comum que perpassa a corrupção partidária em períodos eleitorais. Os partidos, com poder financeiro menor, criam conchavos com capitalistas que financiam suas eleições. Alguns conseguem ser eleitos e acabam ficando presos aos seus financiadores, os quais passam a interferir, de forma indireta, através do partido eleito, nas decisões do Estado.
– EuSouVcEmMimNós

Sobre a Maçonaria:
[O candidato] à Aliança deve compreender que uma associação com um objetivo revolucionário 
tem de transformar-se necessariamente em sociedade secreta, e qualquer sociedade secreta, no interesse da causa a que serve e da eficácia de sua ação, assim co
mo no da segurança de cada um dos seus membros, tem de ser submetida a uma forte disciplina, que, aliás, não é senão o resumo e o resultado puro do compromisso recíproco de todos os membros uns em relação aos outros.
– Mikhail 
Bakunin. “Organização”. In: Max Nettlau. Op. Cit., p. 213.

“Definir liberdade como direito de fazer tudo o que não atinja a liberdade de alguns, tudo o que não é proibido pela lei; evidentemente, não corresponde ao conceito da palavra liberdade. E não poderia ser de outro modo, porque uma definição semelhante atribui ao conceito de liberdade a qualidade de algo positivo, quando liberdade é uma concepção negativa. Liberdade é ausência de travas. O homem é livre somente quando ninguém lhe proíbe, sob a ameaça da violência, de executar certos atos. Os homens não podem ser livres em uma sociedade onde os direitos das pessoas estão definidos de uma maneira onde se exige ou se proíbe certos atos sob pena de castigo. Os homens podem ser verdadeiramente livres apenas quando todos igualmente estiverem convencidos da inutilidade, da ilegitimidade da violência, e obedeçam as regras estabelecidas, não por medo da violência ou da ameaça, e sim, pela convicção arrazoada.”
– Liev Tolstoi(Cristianismo e anarquismo)

“Nenhum homem recebeu da natureza o direito de mandar nos outros.”
Denis Diderot

“O sentido de liberdade só pode ser compreendido integralmente quando forem aniquilados os grilhões de nosso próprio cárcere psicológico, e isto só é possível na ausência absoluta do “mim mesmo”, sem desejos, sem paixões, sem apetências e temores. Querer melhorar é estúpido, desejar a santidade é inveja, cobiçar virtudes significa robustecer o Eu com o veneno da cobiça. Os termos Bem e Mal servem para justificar e condenar, porem jamais para compreender. A liberdade é algo que há que conseguir dentro de si mesmo. Compreender este eu mesmo, minha pessoa, o que eu sou, é urgente quando se quer muito sinceramente conseguir a liberdade.”
– Samael Aun Weor

“O anarquismo é neutro, e defende a sociedade ideal que tanto sonhamos. Uma vez que você acredita, nada mais é capaz de te desiludir ou decepcionar, pois o anarquismo já fará parte de você, e jamais te trairá como o nosso sistema atual, que é covarde e ganancioso. Se você desistir dessa causa, você terá se traído, não o anarquismo, que prosseguirá com as pessoas conscientes.”
– Errico Malatesta(Manifesto Anarquista–Retirado de ‘A Anarquia’).

“Rebeldia é vida, submissão é morte”. 
 – Ricardo Flores Magon.

ANARQUISMO é uma filosofia de uma nova ordem social baseada na liberdade irrestrita pelas leis artificiais; a teoria de que todas as formas de governo descansam sobre a violência e são, portanto, erradas e prejudiciais, bem como desnecessárias.
– Emma Goldman( died on this date, but she lives as a model for our politics!)

“Cada qual tem de assumir o próprio processo de mudança. Não se pode querer transformar o outro. Isso não é um ato de amor verdadeiro – quando tentamos mudar o próximo, estamos visando nossos próprios interesses e valores. A transformação deve ser feita por cada um de nós e para o nosso próprio bem. Se alguém não merece seu amor, não tente interferir na sua conduta. Afaste-se. Você tem liberdade de escolher com quem quer estar.”
– Humberto Maturana

“Porque não iríamos reconstruir, e ainda em melhores condições, aquilo que foi destruído? As ruinas não nos dão medo. Sabemos que não herdaremos nada mais que ruinas, porque a burguesia tratará de arruinar o mundo na última fase da sua história. Porém, nós não tememos as ruínas, porque levamos um mundo novo em nossos corações. Este mundo esta crescendo neste instante.”
– Durruti

Para fazer um revolução radical é preciso, pois, atacar as posições e as coisas, destruir a propriedade e o Estado, assim não se terá a necessidade de destruir os homens, e de condenar-se à reação infalível e inevitável que o massacre dos homens nunca deixou e não deixará nunca de produzir em cada sociedade. Programa e Objetivo da Organização Secreta Revolucionária Irmandade Internacional
– MIKHAIL BAKUNIN

“O que é um rebelde?Um homem que sabe dizer não.”
– Albert Camus em “O Homem Revoltado”

Todo o indivíduo humano é o produto involuntário de um meio natural e social no seio do qual nasceu, desenvolveu-se e do qual continua a sofrer influência. As três causas de toda a imoralidade humana são: a desigualdade tanto política quanto econômica e social; a ignorância que é seu resultado natural e sua conseqüência necessária: a escravidão.
MIKHAIL BAKUNIN

“Entre a monarquia e a república mais democrática, só há uma diferença notável: sob a primeira, o pessoal burocrático oprime e explora o povo, em nome do rei, para o maior proveito das classes proprietárias e privilegiadas, assim como em seu próprio interesse; sob a república, ele oprime e explora o povo da mesma maneira, para os mesmos bolsos e as mesmas classes, mas ao contrário, em nome da vontade do povo. Sob a república, a pseudonação, o país legal, por assim dizer, representado pelo Estado, sufoca e continuará a sufocar o povo vivo e real. O povo, contudo, não terá a vida mais fácil quando o porrete que o espancar se chamar popular. “
– Mikhail Bakunin

No Estado popular do Sr. Marx, dizem, não haverá classe privilegiada. Todos serão iguais, não só do ponto de vista jurídico e político como também do ponto de vista econômico. Pelo menos assim no-lo prometem, embora eu duvide muito de que, da maneira como é encarado e pela via que se quer seguir, se possa manter a promessa. Então, já não haverá nenhuma classe, mas um governo e, reparem bem, um governo excessivamente complicado, que não se contentará em governar e administrar as massas politicamente, como o fazem hoje todos os governos, mas também as administrará economicamente, concentrando em suas mãos a produção e a justa repartição das riquezas, a cultura da terra, o estabelecimento e o desenvolvimento das fábricas, a organização e a direção do comercio, enfim, a aplicação do capital na produção pelo único banqueiro, o estado. Tudo isto exigirá uma imensa ciência e muitas cabeças transbordantes de cérebro neste governo. Será o reino da inteligência cientifica, o mais aristocrático, o mais despótico, o mais arrogante e o mais desprezível de todos os regimes. Haverá uma nova classe, uma nova hierarquia de savants reais e fictícios, e o mundo se dividirá em uma minoria dominante em nome da ciência, e uma imensa maioria ignorante. E então, cuidado com a massa dos ignorantes!
Tal regime não deixará de provocar seríssimos descontentamentos nessa massa, e, para conte-la, o governo iluminador e emancipador do Sr. Marx necessitará de uma força armada não menos séria.
– Mikhail Bakunin(“Lettre aux compagnons du jura” in arquives Bakunine Leiden, 1965, T. III P.204.)

Os homens são animais muito estranhos: uma mistura do nervosismo de um cavalo, da teimosia de uma mula e da malícia de um camelo.
– Aldous Huxley

“Em contraste, a ‘anarquia’ é uma experiência sem forma, fluída e orgânica que abraça visões multifacetadas de libertação tanto pessoal quanto coletiva e sempre aberta. Como anarquistas nós não nos interessamos em formar uma nova estrutura ou conjunto de regras para viver e seguir, por mais “ética” ou “discreta” que pareça ser. Os anarquistas não podem oferecer um outro mundo para as pessoas, mas nós podemos levantar questões e idéias, tentar destruir toda dominação que impede nossas vidas e nossos sonhos e vivermos diretamente conectados com nossos desejos.”
– EuSouVcEmMimNós

“A força moral de um único homem que insiste em ser livre é ainda maior do que a de que uma multidão de escravos silenciosos.”
George Woodcock

“O ideal da condição de não violência será uma anarquia ordenada. O estado que melhor governa é o que menos governa.”
— Mohandas Karamchand Gandhi, O Baú de Sabedoria de Gandhi (1942)

“Privatizam sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar…”
– Bertold Brecht

A gratidão é magnética à abundância e sincronicidade!
– EUSouVcEmMimNós

[…] A burguesia não se transformou, nem melhorou, nem arrependeu. Tanto hoje como ontem, e até mais do que ontem, traída pela luz denunciada que os eventos jogam sobre os homens, assim como sobre as coisas, ela se mostra dura, egoísta, cúpida, estreita, burra, ao mesmo tempo brutal e servil, feroz quando ela acha que pode sê-lo sem muito perigo, como nos nefastos dias de junho, sempre prosternada frente à autoridade e à força pública, de quem ela espera sua salvaão, e inimiga do povo sempre e incondicionalmente. A burguesia odeia o povo justamente por causa de todo esse mal que ela lhe faz; ela o odeia porque vê na miséria, na ignorância e na escravidão desse povo sua própria condenação[…] e porque se sente ameaçada em toda sua existência por esse ódio que, dia a dia, se torna mais intenso e mais irritado. Ela odeia o povo porque ele lhe dá medo.”
– Mikail Bakunin em “O império knuto-germânico e a revolução social”(1871)

O Anarquismo não é outro regime de governo, mas sim um modo de organização social livre e cooperativo. O Anarquismo, acaba com a organização social onde um, quer sempre mandar no outro. Nele, ninguém é obrigado a fazer nada que não tenha vontade, nem muito menos a aceitar pontos de vista divergentes aos seus. Nos regimes de governo, o indivíduo é quem tem que abandonar sua natureza e adaptar-se aos padrões impostos pelos aparelhos de poder, já no Anarquismo não é o indivíduo que tem que se adaptar a sociedade, mas sim a sociedade que tem que se adaptar ao indivíduo. O Anarquismo permite que as próprias pessoas decidam os rumos de suas vidas e construam a organização de sua vida social. Só quem sabe o que é melhor para uma pessoa é a própria pessoa. Nele, as pessoas se reúnem em grupos (se quiserem) e decidem entre si o que é melhor para todas. Essa forma de organização Anarquista chama-se AUTOGESTÃO. Autogestão, significa AUTONOMIA, ou seja, governo das pessoas por elas mesmas, sem ninguém para liderá-las ou dize-las o que podem ou não fazer. Essa forma de organização faz com que as riquezas produzidas pela sociedade fiquem diretamente nas mãos de quem pertencem, ou seja, seus produtores.
– Desconhecido

“Só quando transgrido alguma ordem o futuro se torna respirável”
– Mário Benedetti

“A burguesia recorre a solução fascista para se proteger menos contra as perturbações de rua do que contra as perturbações de seu próprio sistema econômico”
Daniel Guérin (Fascisme et grand capital. Galiimard, 1936) 

A esquerda e direita para o anarquismo são apenas as faces da mesma moeda politica institucional e hierarquizada que visa tão somente a tomada do poder e reforma do capital, disseminam mentiras mas sabemos que a troca de poderes entre essas figurinhas em nada favorecem a emancipação dos oprimidos e explorados.
– Xavier

“É preciso conservar os princípios trabalhando com os outros, no meio dos outros.”
– Piotr Kropotkin

Não admitimos, nem mesmo como transição revolucionária, nem as Convenções nacionais, nem as Assembleias constituintes, nem os governos provisórios, nem as ditaduras supostamente revolucionárias, porque estamos convencidos de que a revolução só é sincera, honesta e real dentro das massas e que, quando se concentra nas mãos de alguns governantes, transforma-se inevitável e
imediatamente em reação.
– Mikhail Bakunin

“Quanto mais perfeita a civilização, menos necessidade terá de um governo, porque mais capacidade terá para resolver seus próprios problemas e autogovernar-se”.
– Thomas Paine

“Tenho sido um anarquista por toda minha vida. Espero permanecer assim. (…) Acredito, como sempre acreditei na liberdade. Liberdade que jaz no senso de responsabilidade. Considero a disciplina indispensável, mas precisa ser a disciplina interior, motivada por um propósito comum e um forte sentimento de camaradagem.”
Buenaventura Durruti
 
 
“Só quando transgrido alguma ordem o futuro se torna respirável”
– Mário Benedetti
 
“As revoluções não são um jogo de crianças, nem um debate acadêmico em que as vaidades se matam umas às outras, nem um torneio literário onde só se derrama tinta. A revolução é guerra, e quem diz guerra diz destruição dos homens e das coisas. Sem dúvida que é uma pena que a humanidade ainda não tenha inventado um meio mais pacífico de progresso, mas até hoje qualquer passo novo na história só foi realizado na realidade depois de ter recebido o batismo de sangue.”
– Mikhail Bakunin
 
 
“O universo quer brincar. Aqueles que por ganância espiritual se recusam a jogar e escolhem a pura contemplação negligenciam sua humanidade – aqueles que evitam a brincadeira por causa de uma angústia tola, aqueles que hesitam, desperdiçam sua oportunidade de divindade – aqueles que fabricam para si máscaras cegas de idéias e vagam por aí à procura de uma prova para sua própria solidez acabam vendo o mundo através dos olhos de um morto.”
Hakim Bey (Caos, terrorismo poético e outros crimes exemplares)
 
 
Reprimir a desobediência civil é tentar encarcerar a consciência.
– MAHATMA GANDHI
 
 
‘Perguntaram ao Osho’: Parece estranho quando em todo o mundo o establishment, que está sempre ocupado com todos os seus esforços e meios para se certificar de todas as formas possíveis que o homem não pode permanecer homem, pede-nos para celebrar o “Dia dos Direitos Humanos.” Meu Deus, o que é tudo isso que está acontecendo? Osho, você poderia me explicar?
‘Osho, respondeu’: Uma das coisas mais fundamentais para ser sempre lembrada é que estamos vivendo numa sociedade hipócrita. Uma vez foi perguntado a um grande filósofo: “O que você acha da civilização?” O filósofo respondeu: “É uma boa ideia, mas alguém precisa transformar a ideia em realidade.” A civilização ainda não aconteceu. É um sonho futuro. Mas as pessoas que estão no poder – político, religioso, social – estão no poder porque a civilização ainda não aconteceu. Um mundo civilizado, um homem amadurecido não necessita de nenhuma nação. Todas essas fronteiras são falsas. Não necessita de nenhuma religião, pois todas essas teologias são simples ficções. As pessoas que estão por milhares de anos no poder – os sacerdotes, os políticos, os bilionários – possuem todos os poderes para impedir a evolução. Mas a melhor maneira de fazer isso é convencer o homem de que ele já é civilizado. Convencer o homem que ele já é um ser humano, que você não necessita passar por nenhuma transformação, que isso é desnecessário. E a fraqueza do homem é: sabendo bem que não existe tal coisa como civilização, que não existe tal coisa como sensibilidade humana, ainda assim ele começa a acreditar em todas as mentiras que os políticos têm falado, que os padres têm pregado, que os educadores têm ensinado, porque parece mais simples apenas acreditar, pois você não tem que fazer coisa alguma. Reconhecer o fato que você ainda não é um homem cria medo. O próprio chão sob seus pés desaparece. A verdade deixa o homem completamente despido, despido de todas as mentiras, despido de toda a hipocrisia. É por isso que ninguém quer a verdade. Todos acreditam que já a possuem. Você vê a estratégia psicológica? Se você não quer dar algo a alguém, convença-o, hipnotize-o, repita uma e outra vez: “Você tem isso.” E quando milhares de pessoas em torno de você – seus pais, seus professores, seus sacerdotes, seus líderes – estão todos acreditando, parece quase impossível para os recém-chegados no mundo, crianças pequenas, não serem convencidos dessa ideia de milhares de anos de idade. Milhões de pessoas já viveram e morreram acreditando que a civilização aconteceu. Assim, a primeira coisa que eu quero que vocês compreendam é que ainda somos bárbaros. Apenas bárbaros podem fazer as coisas que estivemos fazendo por milhares de anos, não os seres humanos. Em três mil anos, cinco mil guerras… e você chama o homem de civilizado?
– Osho, em “Sermons in Stones”.
 

O nosso objetivo é criar uma coletividade revolucionária forte,mas sempre invisível,uma coletividade que deve preparar a revolução e dirigi-la,deixando ao movimento revolucionário de massas o seu desenvolvimento total e a sua organização social a mais completa liberdade,mas vigiando sempre para que este movimento e esta organização nunca possam reconstituir autoridades,governos,estado,e combatendo todas as ambições, tanto coletivas(no gênero das de Marx) como individuais,por influência natural,nunca oficial,de todos os membros de nossa Aliança,disseminados em todos os países,e cuja força vem unicamente de sua ação solidária da unidade de programa e de objetivos que deve existir sempre entre eles.
– Mikhail Bakunin. (Carta a Pablo na Espanha-1872)

 
 
“Policiais não são trabalhadores, Opressão não é emprego!”
– EuSouVcEmMimNós
 
Tudo que emancipa os homens, tudo que, ao fazê-los voltar a si mesmos, suscita neles o princípio da sua vida própria, da sua atividade original e realmente independente, tudo o que lhes dá força para serem eles mesmos, é verdade; tudo o resto é falso, liberticida, absurdo. Emancipar o homem, esta é a única influência legítima e bem-feitora.Abaixo todos os dogmas religiosos e filosóficos – que não são mais que mentiras; a verdade não é uma teoria, mas sim um facto; a vida é a comunidade de homens livres e independentes, é a santa unidade do amor que brota das profundidades misteriosas e infinitas da liberdade individual.
– Mikhail Alexandrovich Bakunin
 
Anarquia é a extinção da opressão do Estado e da exploração pelo trabalho. Na anarquia o trabalho serve para atender as carências e não para gerar lucro.
– Desconhecido
 
Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo.
— Liev Tolstoi
 
“O Brasil é o único país onde o mesmo órgão que fiscaliza as eleições, também controla, cria e julga as próprias leis.”
– EuSouVcEmMimNós
 
O estado político de cada país (…) é sempre o produto e a expressão fiel de sua situação econômica; para mudar o primeiro basta transformar esta última. Todo o segredo das evoluções históricas, segundo o sr. Marx, está aí. Ele não leva absolutamente em consideração os outros elementos da história tais como a reação, contudo evidente, das instituições políticas, jurídicas e religiosas, sobre a situação econômica. Ele diz: “a miséria produz a escravidão política, o Estado”; mas ele não permite inverter esta frase e dizer: “a escravidão política, o Estado, por sua vez, reproduz e mantém a miséria, como uma condição de sua existência; de sorte que, para destruir a miséria, é preciso destruir o Estado”.
– Mikhail Bakunin
 
“Se todos fossem para a guerra por suas próprias convicções, não haveria guerra.”
– Leon Tolstoi
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“Não há revolução sem destruição profunda e apaixonada, destruição salvadora e fecunda, justo porque dela, é só por ela, criam-se e nascem os novos mundos.” – Mikhail Bakunin, em “Estatismo e Anarquia”
 
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“Anarquismo significa que você deveria ser livre; que ninguém deveria te escravizar, te chefiar, te roubar, ou se impor sobre você. Significa que você deveria ser livre para fazer as coisas que deseja fazer; e que não deveria ser forçado a fazer o que não deseja. (…) Assim, não mais haveria guerra, nem violência empregada por alguns homens contra outros, não haveria monopólio nem pobreza, não haveria opressão e ninguém tentaria tirar vantagem de seus semelhantes. Para resumir, Anarquismo significa uma condição ou sociedade onde todos os homens e mulheres são livres, e onde todos aproveitam igualmente os benefícios de uma vida sensível e ordenada.”
Alexander Berkman, “A anarquia é possível?”, em ABC do Anarquismo (1927)

“Um ato vale mais que 1000 panfletos.”
– Kropotkin

“A anarquia é a mais alta expressão da ordem.
– Elisée Reclus

A organização sem lideres é como os cardumes, simplesmente o ser humano se desenvolve de forma de atuar em “REDE” todos numa mente coletiva.
– Desconhecido

“Seria preciso ser um cego para negar a diferença do abismo que separa as classes políticas, compostas por todos os privilegiados, tanto da terra quanto do capital, ou mesmo somente da educação burguesa, e as classes operárias deserdadas tanto do capital quanto da terra, e privadas de qualquer educação e de qualquer instrução. Como no mundo antigo, nossa civilização moderna, compreendendo uma minoria comparativamente muito restrita de cidadãos privilegiados, tem por base o trabalho forçado (pela fome) da imensa maioria das populações, condenadas fatalmente à ignorância e à brutalidade.”
Bakunin

Gosto de imaginar uma sociedade anarquista, ou seja, desprovida de qualquer forma de governo compulsório, e, consequentemente, alheia a qualquer forma de coerção social, cuja ordem se manteria a partir do desenvolvimento da educação, que seria o alicerce da coexistência harmoniosa, onde questões e divergências individuais e coletivas se resolveriam com base no diálogo pacífico e racional.
– Saulo R. Lemos

“Um povo ignorante é um instrumento cego da sua própria destruição.”
– Simón Bolívar

Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade.
– George Orwell

“A revolta é um instinto da vida; até mesmo o verme se revolta contra o pé que o esmaga, e pode-se dizer que, em geral, a energia vital e a dignidade comparativa de todo animal se compara à intensidade do instinto de revolta que ele traz em si. No mundo selvagem, bem como no mundo humano, não há faculdade ou hábito mais degradante, mais estúpido e mais covarde do que obedecer e resignar-se.”
– Mikhail Bakunin

Em pleno funeral , bandeiras negras anarquistas diziam;
“Os anarquistas exigem a liberação das prisões do socialismo.” 
“Por que então golpear a revolução empurrando-a para um caminho que a levará a sua destruição, sobretudo por falhas que não são inerentes ao socialismo ou ao comunismo, será que isso não representa a sobrevivência da velha ordem e dos efeitos destrutivos da onívora autoridade ilimitada?”
—P. Kropotkin

“O pseudo-Estado popular nada mais será do que o governo despótico das massas proletárias por uma nova e muito restrita aristocracia de verdadeiros ou pretensos doutos. Não tendo o povo a ciência, ele será de todo libertado das preocupações governamentais e integrado por inteiro no rebanho dos governados. Bela libertação!
Os marxistas dão-se conta desta contradição e, ainda que admitindo que a direção governamental dos doutos, a mais pesada, a mais vexatória e a mais desprezível que possa existir, será, quaisquer que possam ser as formas democráticas, uma verdadeira ditadura, consolam-se com a idéia de que esta ditadura será temporária e de curta duração. Eles sustentam que sua única preocupação e seu único objetivo será dar instrução ao povo, elevá-lo, tanto econômica quanto politicamente, a um tal nível que todo governo não tardará a se tornar inútil; e o Estado, após ter perdido seu caráter político, isto é, autoritário, transformar-se-á por si mesmo em organização de todo livre dos interesses econômicos e das comunas.
Eis aí uma flagrante contradição. Se seu Estado é de fato um Estado popular, por que motivos dever-se-ia suprimi-lo? E se, por outro lado, sua supressão é necessária para a emancipação real do povo, como se poderia qualificá-lo de Estado popular? Ao polemizar com eles, nós os levamos a reconhecer que a liberdade, ou a anarquia, isto é, a livre organização das massas operárias, de baixo para cima, é o último objetivo da evolução social, e que todo Estado, inclusive seu Estado popular, é um jugo, o que significa que, por um lado, engendra o despotismo e, por outro, a escravidão.
Segundo eles, este jugo estatista, esta ditadura é uma fase de transição necessária para chegar à emancipação total do povo: sendo a anarquia ou a liberdade, o objetivo, e o meio, O Estado ou a ditadura. Assim, portanto, para libertar as massas populares, dever-se-ia começar por subjugá-las.
No momento, nossa polêmica parou nesta contradição. Os marxistas sustentam que só a ditadura, evidentemente a deles, pode criar a liberdade do povo; a isso respondemos que nenhuma ditadura pode ter outro objetivo senão o de durar o máximo de tempo possível e que ela é capaz apenas de engendrar a escravidão no povo que a sofre e educar este último nesta escravidão; a liberdade só pode ser criada pela liberdade, isto é, pela insurreição de todo o povo e pela livre organização das massas trabalhadoras de baixo para cima. “
– Bakunin(Estatismo e Anarquia)

“Não se trata de substituir um partido por um outro a fim de que ele controle o governo, nem de camuflar um regime autocrático sob slogans proletários, nem mascarar a ditadura de uma nova classe sobre uma classe mais antiga, nem se entregar a manobras quaisquer nos bastidores do teatro político.Trata-se sim, de suprimir completamente todos os princípios autoritários para servir a revolução.”
-Emma Goldman

“O urbanismo é a tomada do meio ambiente natural e humano pelo capitalismo que, ao desenvolver-se em sua lógica de dominação absoluta, refaz a totalidade do espaço como seu próprio cenário.”
– Guy Debord, A sociedade do espetáculo

“Os anarquistas o repetiram milhares de vezes, e toda a História o confirma: a propriedade individual e o poder político são dois elos de uma mesma corrente que esmaga a humanidade; são como dois fios da lâmina do punhal de um assassino. É impossível libertar-se de um se não se liberta também do outro. Se abolirem a propriedade individual sem abolir o Estado, ao que ela se reconstituirá graças aos governos. Se abolirem o governo sem abolir a propriedade individual, os proprietários reconstituirão o governo.”
– Errico Malatesta

A anarquia, é um estado revolucionário permanente que prima na sua essência pelo respeito não coercivo da liberdade do outro. O Anarquismo é um Apocalipse Constante!
– EuSouVcEmMimNós

“A anarquia é a mãe da ordem”
– Kropótkin

Revolução e Rebelião não devem ser consideradas sinônimos. A primeira consiste na subversão das condições vigentes, da situação ou do status estabelecido, do Estado ou da sociedade, sendo portanto um ato político ou social. A segunda tem, certamente, como conseqüência inevitável, uma transformação nas circunstâncias, porém não tem origem nelas e sim na insatisfação dos homens consigo mesmos; não é uma revolta armada, mas uma revolta de indivíduos, um levante que não leva em conta as conseqüências que poderá trazer. A revolução pretende chegar a novos arranjos; a rebelião nos leva a não permitir que sejamos arranjados por outros, mas a que nós mesmos nos arranjemos, sem depositar nenhuma esperança nas instituições. Não é uma luta contra o já estabelecido, já que, caso for bem-sucedida, o estabelecido cairá por si mesmo. Porém, como o meu objetivo não é derrubar a ordem estabelecida, mas elevar-me acima dela, meus propósitos e meus atos não são nem políticos nem sociais, mas egocêntricos. A revolução ordena que façamos arranjos, a rebelião ordena que nos elevemos e exaltemos!
– Max Stirner

“Se eu mereci a condenação à morte? De acordo com as leis, pelo que eu pude compreender da explicação dsinônimose meu advogado, sim. Segundo a minha consciência, não. As leis estão raramente de acordo com a história e permanecem quase sempre atrás dela. Eis porque há agitações sobre a terra e sempre haverá. Eu agi segundo minha melhor convicção e nada busquei para mim mesmo. Fracassei como tantos outros, e alguns melhores, antes de mim, mas o que quis não pode perecer, não porque eu o quis, mas porque aquilo que eu quis é necessário, inevitável. Cedo ou tarde, com maior ou menor sacrifício, isso virá, no sentido de seu direito, de sua realização. Este é o meu consolo, minha força e minha fé.”
– Mikhail Bakunin

O ser humano vivência a si mesmo, seus pensamentos como algo separado do resto do universo – numa espécie de ilusão de ótica de sua consciência. E essa ilusão é uma espécie de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais, conceitos e ao afeto por pessoas mais próximas. Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos dessa prisão, ampliando o nosso círculo de compaixão, para que ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza. Ninguém conseguirá alcançar completamente esse objetivo, mas lutar pela sua realização já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa segurança interior.
– Albert Einstein

Liberalismo é a ‘Liberdade’ do rico explorar o pobre, que é pobre porque é explorado.
– Xavier

Protesto é quando eu digo que algo me incomoda. Resistência é quando eu me asseguro que aquilo que me incomoda nunca mais acontecerá.
~Ulrike Meinhof

“Nós deveríamos ir além de Bakunin e dizer que não existe criação sem destruição. A noção de trazer alguma beleza nova para a existência implica em descartar ou explodir toda a velha fealdade. A beleza define-se em parte pela destruição da fealdade a qual não é ela mesma. Em nossa versão do mito soreliano da violência social, nós sugerimos que nenhum ato ‘imediatista’ é completamente autêntico e efetivo sem a criação e a destruição: toda a dialética imediatista está implicada em qualquer ‘ação direta’ imediatista, tanto na criação-na-destruição, como na destruição-na-criação. Daí o ‘terrorismo poético’, por exemplo.” (Ataque oculto às instituições)
– Hakim Bey)

“O que é bom para a classe dominante deve ser bom para a sociedade, com a qual a classe dominante se identifica. Quanto mais progride a civilização, mais se vê obrigada a encobrir os males que traz necessariamente consigo, ocultando-os com o manto da caridade, enfeitando-os ou simplesmente negando-os. Em uma palavra: elabora-se uma hipocrisia convencional, desconhecida pelas primitivas formas de sociedade e pelos primeiros estágios da civilização, que culmina com a declaração de que a classe opressora explora a classe oprimida exclusiva e unicamente para o próprio benefício desta. E, se a classe oprimida não o reconhece, e até se rebela, isso, além do mais, revela sua mais negra ingratidão para com seus benfeitores, os exploradores.”
– Engels

“Alguma vez o meu nome estará unido a algo gigantesco – de uma crise como jamais houve na Terra, a mais profunda colisão de consciência, de uma decisão tomada, mediante um conjuro, contra tudo o que até este momento se acreditou, se exigiu, se santificou. Eu não sou um homem, eu sou dinamite. Sim! Eu sei muito bem de onde venho! Insaciável como a chama no lenho
Eu me inflamo e me consumo. Tudo que eu toco vira luz,
Tudo que eu deixo, carvão e fumo. Chama eu sou, sem dúvida.”
– Friedrich Nietzsche

A compreensão leva o pêndulo ao centro, transformando o homem em um ser justo, respeitoso, que aceita a perfeição de qualquer situação mesmo as mais difíceis e dolorosas pois produzem compreensão em quem as vive. O mau se converte em bom, o bom em justo e por último o Justo em Sábio, neste momento chega a iluminação representada pela LUZ que vem do alto, quando renasce a partir do espírito, terminando a onda de reencarnações desta escala do universo para continuar o caminho do aperfeiçoamento numa hierarquia mais elevada. O homem que nasce na carne renasce no espirito, assim termina sua transformação da animalidade original a espiritualidade eterna, da consciência temporária a consciência permanente, da mortalidade a imortalidade. O amor permanece em pensamento, palavra e obra, fruto destes entendimentos faz com que o EGO desapareça para sempre e com ele o ciclo de reencarnações…
– Textos Egípcios

Gratidão é uma carta de Amor ao Universo e dá pra escrever uma por dia. Hoje a minha carta é para a beleza que existe nas pequenas coisas e nas pessoas anônimas, que se transformam em canais do Universo, canais de Deus, e que fazem a nossa jornada nesse plano ter sentido pleno. Um irmão me disse certa vez: ” a Liberdade, o Amor, a Felicidade, não são valores alcançáveis mas sim praticáveis e só cabe à você abrir os olhos cada manhã e decidir praticá-los, como brinca a criança sem saber que brinca e como canta o pássaro sem saber que canta, de forma natural.” Me sinto grato pelo Universo ter me sorteado e me colocado onde eu devo estar, a cada dia combatendo o falso eu interior e sorrindo pra vida e pra todos, porque quando sorrimos estamos unidos acima de qualquer igreja, de qualquer partido, de qualquer raça, de qualquer patamar econômico, sorrindo com verdade somos fiéis de uma mesma religião: o AMOR que trouxemos das estrelas para esse plano físico!
– Devaneios dum Viajante Solitário.

“Sou um poeta. Um anarquista espiritual. Não sou um patriota. Sou amoral, sou artista.”
– Charles Chaplin

A Guerra Civil Espanhola talvez seja o caso mais importante, ainda que devamos lembrar que a revolução anarquista que conquistou boa parte da Espanha em 1936, preparada através de muitas décadas de educação, organização, esforço, derrota e algumas vezes vitórias. Isso foi muito significante. O suficiente para despertar a ira de todos os maiores sistemas de poder: stalinismo, fascismo, liberalismo ocidental, a maioria das correntes intelectuais e suas instituições doutrinárias – todos combinados para condenar e destruir a revolução anarquista, assim como fizeram; um sinal de sua importância, na minha opinião.
– Noam Chomsky

Anarquia não é um governo sem ordem. É ordem sem governo.
– EuSouVcEmMimNós

“A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa”
― George Orwell

“Roubo existe apenas pela exploração do homem pelo homem… quando a sociedade te recusa o direito a existir, tens de o tirar… o policial deteve-me em nome da lei, eu abati-o em nome da liberdade!”.
― Clément Duval

Derrube os poucos, eleve as massas!
Enquanto não houver igualdade, não haverá paz.
Boicote o Consumismo
 

Um homem que abomina a violência pode tomar parte no governo de um país?
KRISHNAMURTI: Ora, que é governo? Afinal de contas, um governo é, um governo representa o que nós somos. Na chamada democracia, seja qual for a sua significação, nós elegemos, para nos representar, aqueles que são iguais a nós, aqueles de quem gostamos, que têm a voz mais forte, a mente mais inteligente, ou o que quer que seja. Assim, evidentemente, o governo é o que nós somos, não achais? E que somos nós? Somos uma massa de reações condicionadas — violência, avidez, aquisicionismo, inveja, volúpia de poder, etc. Naturalmente o governo é o que nós somos, isto é, a violência sob diferentes formas; e como pode um homem em cujo ser realmente não existe a violência, pertencer, quer em nome, quer de fato, a uma estrutura que é violenta? Pode a realidade coexistir com a violência, que é o que chamamos governo? Pode um homem que busca ou que experimenta a realidade ter qualquer coisa em comum com os governos soberanos, com o nacionalismo, com uma ideologia, com a política de partidos, com um sistema de poder? O homem pacífico pensa que, aderindo a um governo, estará habilitado a prestar algum serviço útil. Que acontece, quando ingressa no governo? A estrutura é tão poderosa que o absorve, e ele muito pouco pode fazer. Senhor, isso é um fato, a que assistimos hoje no mundo. Quando uma pessoa ingressa num partido, ou se candidata a uma eleição para o parlamento, ou que quer que seja, tem de aceitar o programa do partido. Por conseguinte, deixa de pensar. E como pode um homem que se entregou a um outro — a um partido, a um governo, ou a um guru — achar a realidade? E como pode aquele que busca a verdade ter qualquer relação com a política das potências?
– Krishnamurti

“Sabemos que o essencial, o útil, indiscutivelmente, não é matar a pessoa de um rei, mas matar a todos os reis – os dos tribunais, dos parlamentos e das fábricas – no coração e na mentes das pessoas, isto é, desraizar a fé no princípio de autoridade ao qual presta culto uma grande parte do povo (…) Um outro fato sangrento veio consternar as almas sensíveis… e lembrar aos poderosos que se colocar acima do povo e pisotear o grande preconceito da igualdade e da solidariedade humanas não esta livre do perigo. Antes de tudo, tragamos os fatos a suas justas proporções. Um rei foi morto; e como um rei não deixa de ser um homem, o fato é lamentável. Uma rainha ficou viúva; e visto que uma rainha é uma mulher, compreendemos sua dor. Mas por tanto barulho pela morte de um homem e pelas lagrimas de uma mulher, quando se aceita algo natural o fato de que a cada dia inúmeros homens são mortos, e incontáveis mulheres choram, por causa de guerras, acidentes de trabalho, revoltas reprimidas por fuzilamentos, e de mil crimes devidos a misérias, ao espirito de vingança, ao fanatismo e ao alcoolismo? Por que exibir tanto sentimentalismo em relação as desgraça particular, quanto milhares de seres humanos morrem de fome e de malária, em meio à indiferença daqueles que teriam os meios para remediar a situação? Talvez porque desta vez as vítimas não são trabalhadores comuns, um honesto homem e uma honesta mulher quaisquer, mais um rei e uma rainha… Realmente, achamos o caso mais importante e nossa dor é mais sentida, mais viva, mais verdadeira, quando se trata de um mineiro esmagado por um desmoronamento durante o seu trabalho, e de uma viúva que passará fome com seus filhos! Todavia, esses dos monarcas também são sentimentos humanos a deplorar. Mas o queixume permanece estéril se não busca suas causas, a fim de eliminá-las.”
– Errico Malatesta

“Se depois da revolução as massas só puderem contar com frases, se elas não reconhecerem, através de fatos concretos que a situação mudou em seu benefício, se a derrubada do governo tiver resultado apenas numa mudança de pessoas e de fórmulas, nada terá sido feito… Para que a revolução seja algo mais do que uma simples palavra, para que a reação não nos leve amanhã à mesma situação de ontem, é preciso que a conquista de hoje seja algo que mereça ser defendido; os pobres de ontem não devem ser os pobres de hoje.”
– Kropotkin, O espírito da revolta

– Em outras palavras, é preciso que a revolução seja capaz de assegurar imediatamente pelo menos duas coisas: a primeira, a frustração de qualquer tentativa de que seja criada aquela anomalia que se chama “governo revolucionário”; a segunda, que haja um avanço substancial em direção à igualdade social. O gradualismo é fatal, pois todos os aspectos da vida econômica e social estão de tal forma interligados, que nada menos do que uma completa e imediata transformação da sociedade poderá proporcionar a garantia efetiva contra os vários tipos de retrocesso que sempre acompanharam as revoluções do passado.
– George Woodcock, História das ideias e movimentos anarquistas

“O que chamamos atualmente de educação não é educação. Os professores os preparam para serem aprovados nos exames, mas não falam sobre como viver.”
– Jiddu Krishnamurti

Anarquia no sistema é o oposto de anarquia no anarquismo!
– Henrique Xavier

“As letras e a ciência só tomarão o seu verdadeiro lugar na obra do desenvolvimento humano no dia em que, livres de toda a servidão mercenária, forem exclusivamente cultivadas pelos que as amam e para os que as amam”.
– Piotr Kropotkin – A Conquista do Pão

“Confiemos no eterno espírito que destrói e aniquila apenas porque é a inexplorada e eternamente criativa origem de toda a vida. A ânsia de destruir é também uma ânsia criativa.”
– Mikhail Bakunin

“Porque o Estado quer ser a todo custo o animal mais importante da terra. E consegue fazer o povo acreditar que o seja.”
– Nietzsche

Sem FAMÍLIA, sem fronteiras, e sem religião. As religiões dos mercadores dos templos encerram os homens e as mulheres numa corrente de dogmas estéreis, amarram a sua razão., sufocam os seus corações no limite odioso do fanatismo, da ignorância e da mentira.
– Jesus, o maior de todos os anarquistas

“A revolução fechou-se, mas a possibilidade do levante está aberta. Por ora, concentramos nossas forças em irrupções temporárias evitando enredamentos com soluções permanentes…”
– Hakim Bey

A anarquia só terá força se o povo for anarquista, pois não se força anarquia. Não pode forçar um povo a ser livre, isso é um paradoxo. Por isso eu falei em conscientização como início, batalha como meio e liberdade como fim.
– EuSouVcEmMimNós

A anarquia natural da vida só é percebida quando o homem consciente do momento abdica de arranjos artificiais. Nem reis, muito menos representantes. A liberdade é uma benção.
– AA

O sistema capitalista/consumista transforma seres humanos em praga devoradora, bactérias destrutivas que vivem pra comer, consumir, destruir!!!
Boicote o Consumismo

“Educação é uma ação compulsória e forçada de uma pessoa sobre a outra… Cultura é a relação livre entre pessoas. A diferença entre educação e cultura está apenas na coerção, a qual a educação se julga no direito de exercer. Educação é cultura sob limitação. Cultura é livre.”
– Leon Tostói

Vejo o Socialismo como um estágio “educativo”, há uma conciliação de valores. Desafiador viver com liberdades individuais sem ferir valores coletivos.
– Desconhecido

A primeira fase da dominação da economia sobre a vida social levou, na definição de toda a realização humana, a uma evidente degradação do ser em ter. A fase presente da ocupação total da vida social em busca da acumulação de resultados económicos conduz a uma busca generalizada do ter e do parecer, de forma que todo o «ter» efectivo perde o seu prestígio imediato e a sua função última. Assim, toda a realidade individual tornou-se social e diretamente dependente do poderio social obtido.
(…) O espectáculo é o herdeiro de toda a fraqueza do projecto filosófico ocidental, que foi uma compreensão da actividade dominada pelas categorias do ver; assim como se baseia no incessante alargamento da racionalidade técnica precisa, proveniente deste pensamento. Ele não realiza a filosofia, ele filosofa a realidade. É a vida concreta de todos que se degradou em universo especulativo.
A filosofia, enquanto poder do pensamento separado, e pensamento do poder separado, nunca pode por si própria superar a teologia. O espectáculo é a reconstrução material da ilusão religiosa. A técnica espectacular não dissipou as nuvens religiosas onde os homens tinham colocado os seus próprios poderes desligados de si: ela ligou-os somente a uma base terrestre. Assim, é a mais terrestre das vidas que se torna opaca e irrespirável. Ela já não reenvia para o céu, mas alberga em si a sua recusa absoluta, o seu falaccioso paraíso. O espectáculo é a realização técnica do exílio dos poderes humanos num além; a cisão acabada no interior do homem.
– Guy Debord, in ‘A Sociedade do Espectáculo’

“Não existe o outro, tudo é você. Então, colocar-se no lugar do “outro” gera consequências muito elegantes, necessárias e incrivelmente revolucionárias. Lao Tzu, que tinha umas ideias bem rocambólicas, praticamente inaceitáveis para o padrão mental da época e atual – por mais sofisticado que você pense que seja o padrão mental ocidental contemporâneo –, disse algo que considero uma pérola: ‘Onde há justiça não há compaixão’. Contemple.
Justiça é quando você julga o outro. Compaixão é quando você não julga o outro. Quando você julga o outro cria um karma, existe uma lei de ação e reação: quando julga o outro você será julgado. Quando se compadece, colocando-se no lugar do outro, você resolve internamente. O problema está em pensarmo-nos separados uns dos outros. Nos vemos separados, nos sentimos separados, e é difícil convencer o nosso sistema neurológico do contrário. Aliás, ver a não-separação não é uma questão de convencimento, é a suprema compreensão, é um dar-se conta, absoluto. De repente, é vista a ilusão da separação, colocam-se os pingos nos ‘is’ e o outro deixa de existir. Você deixa de existir como imagem.
O que corrompe as relações humanas é a mente, e a mente é plena inconsciência. Na medida em que começa a ver como ela se move, você se antecipa. Você aparece e ela não mais está, assim como a luz diante da escuridão. Consciência está presente.”
– Satyaprem

“Mas nós sempre vivemos em cortiços e buracos nas paredes. Saberemos como arranjar-nos durante algum tempo. Pois não devem esquecer que também sabemos construir. Fomos nós que construímos os palácios e as cidades na Espanha, na América e em toda a parte. Nós, os operários, saberemos construir outros para tomar o lugar dos que forem destruídos. E ainda melhores. Não temos medo de ruínas. Nós herdaremos a terra. Quanto a isso não há a menor dúvida. Os burgueses podem fazer explodir e destruir o seu mundo antes de abandonarem o palco da história. Nós trazemos um novo mundo em nossos corações. E esse mundo está crescendo a cada minuto que passa.”
– Buenaventura Durruti

“A maior parte da ordem que reina entre a humanidade não é obra do governo. Ela tem origem nos princípios que regem a sociedade e na própria constituição natural dos homens. Ela já existia antes do governo e existiria mesmo que essa formalidade fosse extinta. A dependência mútua e o interesse recíproco que existe entre os homens, e entre todas as partes que compõem uma comunidade civilizada, cria a grande corrente que os mantêm unidos. O proprietário rural, o fazendeiro, o industrial, o comerciante e todas as outras profissões prosperam graças ao auxílio que uns recebem dos outros e da sociedade como um todo. São os interesses comuns que regem suas preocupações e fazem suas leis; e as leis criadas pelo interesse comum são muito mais importantes do que aquelas criadas pelo governo.”
– Piotr Kropotkin

“O ‘Anarquismo’ como se encontra hoje, é uma ideologia muito esquerdista, a qual nós devemos ir além. Em contraste, a “anarquia” é uma experiência sem forma, fluída e orgânica que abraça visões multifacetadas de libertação tanto pessoal quanto coletiva e sempre aberta. Como anarquistas nós não nos interessamos em formar uma nova estrutura ou conjunto de regras para viver e seguir, por mais “ética” ou “discreta” que pareça ser. Os anarquistas não podem oferecer um outro mundo para as pessoas, mas nós podemos levantar questões e ideias, tentar destruir toda dominação que impede nossas vidas e nossos sonhos e vivermos diretamente conectados com nossos desejos.”
– EuSouVcEmMimNós

Guy Fawkes NÃO ERA UM ANARQUISTA. Ele era um católico que queria matar o rei da Inglaterra por insatisfação com o protestantismo.
– Auto desconhecido

“Mas não basta desejar uma coisa: se se quer obtê-la, é preciso, sem dúvida, empregar os meios adaptativos à sua realização. E esses meios não são arbitrários: derivam necessariamente dos fins a que nos propomos e das circunstâncias nas quais lutamos. Enganando-nos na escolha dos meios, não alcançamos o objetivo contemplado, mas, ao contrário, afastamo-nos dele rumo a realidades frequentes opostas, e que são a consequência natural e necessária aos métodos que empregamos. Quem se opõe a caminho e se engana de estrada, não vai aonde quer, mas aonde o conduz o caminho tomado. É preciso dizer, portanto, quais são os meios que, segundo nossa opinião, conduzem ao nosso ideal, e que intencionamos empregar. Nosso ideal não é daqueles cuja plena realização depende do indivíduo considerado de modo isolado. Trata-se de mudar o modo de viver em sociedade: estabelecer entre os homens relações de amor e solidariedade, realizar a plenitude do desenvolvimento material, moral e intelectual, não para o indivíduo isolado, não para os membros de certa classe ou de certo partido, mas para todos os seres humanos. Esta transformação não é medida que se possa impor pela força; deve surgir da consciência esclarecida de cada um, para se manifestar, de fato, pelo livre consentimento de todos. É necessário atrair a atenção dos homens para os males que sofrem, e para a possibilidade de destruí-los. É preciso que suscitemos em cada um a simpatia pelos sofrimentos alheios, e o vivo desejo pelo bem de todos. A quem tem fome e frio, mostraremos que seria possível e fácil assegurar a todos a satisfação das necessidades materiais. A quem é oprimido e desprezado, diremos como se pode viver de modo feliz em uma sociedade de livres e iguais. A quem é atormentado pelo ódio e pelo rancor, indicaremos o caminho para encontrar o amor por seus semelhantes, a paz e a alegria do coração. E quando tivermos obtido êxito em disseminar na alma dos homens o sentimento da revolta contra os males injustos e inevitáveis, dos quais se sofre na sociedade atual, e em fazer compreender quais são suas causas e como depende da vontade humana eliminá-las; quando tivermos inspirado o desejo vivo e ardente de transformar a sociedade para o bem de todos, então os convictos, por impulso próprio e pela persuasão daqueles que os precederam na convicção, se unirão, desejarão e poderão por em prática o ideal comum. Seria – já o dissemos – absurdo e em contradição com nosso objetivo querer impor a liberdade, o amor entre os homens, o desenvolvimento integral de todas as faculdades humanas pela força. É preciso contar com a livre vontade dos outros, e a única coisa que podemos fazer é provocar a formação e a manifestação desta vontade. Mas seria da mesma forma absurdo e em contradição com nosso objetivo admitir que aqueles que não pensam como nós impedem-nos de realizar nossa vontade, visto que não os privamos do direito a uma liberdade igual à nossa. Liberdade, portanto, para todos, de propagar e experimentar suas próprias ideias, sem outros limites senão os que resultam naturalmente da igual liberdade de todos.”
– Errico Malatesta

“Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância.”
– Simone de Beauvoir

“O slogan [Revolução!] transformou-se de sinal de alerta em toxina, uma maligna e pseudo gnóstica armadilha do destino, um pesadelo no qual não importa o quanto lutamos, nunca nos livramos do maligno ciclo infinito que incuba o Estado, um Estado após o outro, cada paraíso governado por outro anjo ainda mais cruel.”
Hakim Bey, TAZ

“Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência.”
– Leon Tolstói

“Não combatemos racismo com racismo. Combatemos racismo com solidariedade. Não combatemos o capitalismo explorador com capitalismo negro. Combatemos o capitalismo com o socialismo básico. E não combatemos o imperialismo com mais imperialismo. Combatemos o imperialismo com o internacionalismo proletário”.
– Bobby Seale

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Amor livre? Como se o amor fosse tudo menos grátis! O homem comprou cérebros, mas todos os milhões do mundo falharam em comprar amor. O homem tem corpos subjugados, mas todo o poder na terra foi incapaz de subjugar o amor. O homem conquistou nações inteiras, mas todos os seus exércitos não puderam conquistar o amor. O homem acorrentou e acorrentou o espírito, mas foi totalmente impotente diante do amor. No alto de um trono, com todo o esplendor e pompa que seu ouro pode comandar, o homem ainda é pobre e desolado, se o amor passa por ele. E se ficar, o casebre mais pobre resplandece de calor, de vida e de cor. Assim, o amor tem o poder mágico de fazer de um mendigo um rei. Sim, o amor é gratuito; não pode habitar em nenhuma outra atmosfera. Em liberdade ela se dá sem reservas, abundantemente, completamente. Todas as leis dos estatutos, todos os tribunais do universo, não podem arrancá-lo do solo, uma vez que o amor se enraizou. Se, no entanto, o solo é estéril, como o casamento pode torná-lo frutífero? É como a última luta desesperada da vida fugaz contra a morte.
– Emma Goldman

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O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio, ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de interessar-se por conhecimentos essenciais, nas áreas da ciência, economia, psicologia, neurobiologia e cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais”
– Noam Chomsky

“Parar de pensar” significa apenas isto: não faça nada. Sente-se. Deixe que os pensamentos se aquietem por si mesmos. Deixe que a mente repouse por conta própria. Apenas sente-se num local silencioso, sem fazer absolutamente nada. Relaxado, tranquilo, sem nenhum esforço; sem ir a lugar algum. É como se você estivesse pegando no sono acordado — embora esteja desperto, todo o seu ser vai relaxando. Você permanece alerta por dentro, mas o seu corpo caminha para um profundo relaxamento.
Os pensamentos se aquietam por si mesmos, você não precisa interferir para tentar silenciá-los.
Portanto, apenas sente-se. Não tente fazer nada. No Japão, este “sentar-se sem fazer nada” é chamado zazen. Apenas sente-se, sem fazer nada; e, um dia, a meditação acontecerá. Não é você que a trará; na realidade, é ela que virá até você. E, quando vier, você irá reconhecê-la imediatamente. O fato é que ela sempre esteve aí, só que você não estava olhando na direção correta. O tesouro sempre esteve com você, mas você estava ocupado com outras coisas: pensamentos, desejos, mil e uma coisas. Você não estava interessado na única coisa que realmente importa: o seu próprio ser.
— Trechos do livro “Vivendo Perigosamente: A aventura de ser quem você é”. Por Osho.

“Não existe imparcialidade. Todos são orientados por uma base ideológica. A questão é: sua base ideológica é inclusiva ou excludente?”
– Paulo Freire

Eu sei, você odeia as tempestades; e com razão? Aí está a questão. As tempestades no mundo moral são tão necessárias quanto na natureza: elas purificam, rejuvenescem a atmosfera espiritual, elas desenvolvem as forças sonolentas, elas destroem o destrutível e dão ao eterno vivo um brilho novo, que não se pode apagar. Na tempestade, respira-se mais facilmente; é somente no combate que se aprende o que um homem pode, o que ele deve, e, na verdade, uma tempestade semelhante era uma necessidade do mundo atual, que estava bem perto de sufocar com seu ar empesteado.
– Bakunin (Carta a Mathilde Reichel)

“O estado proíbe ao indivíduo a prática de atos infratores, não porque deseje aboli-los, mas sim porque quer monopolizá-los.”
– Sigmund Freud – Ensaios de Psicanálise

“Através de nossos olhos, o Universo está percebendo a si mesmo.
Através de nossos ouvidos, o Universo está ouvindo suas harmonias.
Nós somos a testemunha através da qual o Universo se torna consciente de sua glória, de sua magnificência.”
– Alan Watts

“Sou “indesejável”, estou com os individualistas livres, os que sonham mais alto, uma sociedade onde haja pão para todas as bocas, onde se aproveitem todas as energias humanas, onde se possa cantar um hino à alegria de viver na expansão de todas as forças interiores, num sentido mais alto – para uma limitação cada vez mais ampla da sociedade sobre o indivíduo.”
– Maria Lacerda de Moura – Anarquista Brasileira

A humanidade evoluiu muito desde a época em que lutava para sobreviver na idade da pedra, até os dias atuais em que a agricultura obtém colheitas prodigiosas e a indústria e a mineração tornaram-se muito produtivas. A humanidade já pode permitir-se uma existência de riqueza e luxo. Mas, apesar disso, como se explica tanta miséria ao nosso redor? Porque tudo o
que é necessário à produção foi usurpado por alguns. Milhões de seres humanos trabalharam para tornar possível esta civilização de que nos orgulhamos; milhões ainda trabalham para mantê-la. Mas, devido à organização elaborada pelas minorias que monopolizam as riquezas, o filho do trabalhador é mais pobre do que um selvagem. Disso resulta que a empresa não se preocupa com as necessidades da sociedade, mas sim em aumentar os benefícios para seu proprietário. A busca por mercados e a competição com outros Estados resultam em guerras que massacram a população. Kropotkin exclama que *tudo é de todos!*, e sendo os meios de produção obra da coletividade humana, a ela devem retornar. Conquanto cada um colabore com sua parcela de trabalho, terá sua parte no bem-estar produzido por todos. Mas, para que o bem-estar seja uma realidade, é preciso que o trabalhador vise a atender às necessidades sociais, e não mais a aumentar o lucro dos patrões. É preciso que o capital deixe de ser considerado propriedade privada; é preciso uma expropriação. Esse problema só poderá ser resolvido pela revolução social. Cada um, seja quem for, possui o direito de viver e de ter parte nos meios de que a sociedade dispõe. Que
tudo seja de todos e que a revolução cuide mais das necessidades do povo do que dos seus deveres. A revolução social é o direito ao bem-estar. Por enquanto, nenhum povo está moralmente preparado para viver a anarquia. As virtudes necessárias devem ser aprendidas pelo ensino e pelo exemplo. A liberdade de um só a restringi-la a liberdade dos outros. A primeira obrigação da revolução será realizar o comunismo anarquista, ou seja, sem governo. O anarquismo, porém, não trará a liberdade do crime, pois o povo se reunirá, julgará os crimes e executará suas sentenças. A expropriação deve recair sobre tudo aquilo que permite apropriar-se do trabalho alheio. Será feito um esforço para que não falte nada a ninguém, e que ninguém seja forçado a vender os braços seus ou os dos seus filhos. É condição da revolução social que os donos das terras sejam expropriados e que as fábricas sejam entregues aos trabalhadores. Mas se deixarem a terra ao senhor, o dinheiro ao banqueiro, e deixarem os intermediários especuladores, a reação virá terrível. É impossível reformar algo sem derrubar o conjunto. A característica predominante do sistema capitalista é o trabalho salariado. O capitalista paga ao trabalhador um valor fixo e embolsa o excedente a pretexto de se indenizar da administração do negócio, dos riscos assumidos ou da flutuação dos preços. A próxima revolução deverá tornar o salariado impossível, situação na qual se imporá o comunismo como negação do salariado. Kropotkin, a seguir, analisa as dificuldades prováveis de uma revolução social. Pondera que a reorganização da indústria não se dará em poucos dias. O povo deverá tomar posse dos celeiros, dos matadouros, dos armazéns, e inventariar todos os gêneros disponíveis. Mas em que bases fazer essa reorganização? Há só um meio: tomar livremente o que se possui em abundância, e racionar aquilo que for escasso. Mas como prover a subsistência de uma cidade em plena revolução social? Se a Europa se lançasse em revolução de uma só vez, isso seria simples. Mas se somente algumas comunas ensaiassem o comunismo, seria mais complicado. Podemos concluir que a revolução será diferente em cada nação, e o nível atingido de socialização não será o mesmo. Na cidade sublevada, onde encontrar os meios necessários de subsistência, se no resto da nação ainda não se  estabeleceu o comunismo? Um governo autoritário não será desejável. É preciso oferecer ao camponês a mercadoria de que ele necessita, a máquina, a roupa, a lâmpada, o petróleo. Que a cidade mande às aldeias amigos e irmãos, oferecendo-lhes produtos manufaturados. Na cidade, grupos de voluntários farão levantamento das habitações vazias ou demasiado espaçosas e das vivendas insalubres e atulhadas de famílias numerosas. A revolução repartirá as moradias. Cada um reclamará segundo a sua necessidade. *Não será isto mais justo do que deixar a mãe e os cinco pequenos jazer no cubículo e o senhor engordar no castelo?* Adiante, os
pedreiros construirão moradias mais arejadas e saudáveis para todos. Mas o homem não vive apenas para comer, beber e procurar abrigo. Satisfeitas suas necessidades básicas, seus desejos por luxo serão mais intensos. Os gostos serão os mais variados. A força da Anarquia compreende todas as faculdades humanas. Concebe-se uma sociedade onde todos sejam produtores e tenham tempo livre para cultivar as ciências e as artes. A literatura, a ciência e as artes devem ser servidas por voluntários, pois somente assim se livrarão do jugo do capital, do Estado e da mediocridade burguesa. Depois de terem se desobrigado com a sociedade, os investigadores irão trabalhar nas oficinas e laboratórios. Após detalhar algumas características da sociedade libertária, Kropotkin considera as possíveis objeções opostas ao comunismo. A ideia de uma sociedade sem Estado atrairá argumentos contrários, pois fomos educados a crer no governo e no Estado-providência. Os livros de ciências sociais retratam o Estado com uma importância tão grande que chegamos a acreditar que não há nada fora dele. Afora o comunismo autoritário, que é afastado, o autor refere-se à sociedade comunista-anarquista. Como primeira objeção, aponta que se a subsistência de todos é garantida e se ninguém se obrigará a trabalhar por um salário, ninguém trabalhará. Ocorre que os escravagistas estadunidenses, antes da abolição, acreditavam que sem chicote os negros não trabalhariam, e os senhores russos também pensavam que os servos, antes da libertação, deixariam os campos incultos caso estivessem livres. Porém, todos passaram a trabalhar mais do que antes. O autor cita vários exemplos de trabalho comunal entre os pioneiros dos EUA, e nas aldeias da Suíça, Alemanha e Rússia. Uma sociedade que visa ao bem-estar de todos e a possibilidade de todos gozarem a vida em todas as suas manifestações, fornecerá um trabalho voluntário muito mais produtivo do que a escravidão e o salariado. A indústria atual é caracterizada por um imenso desperdício de forças humanas. A regra dos trabalhadores salariados é não fazer tudo o de que são capazes. Porque os trabalhadores sabem que, se intensificam o trabalho para atender a uma demanda urgente, logo esse trabalho intenso ser-lhe-á exigido como regra. Com a abolição do salariado, o trabalho já não será visto como uma maldição da sorte, mas sim como o livre exercício de todas as faculdades do homem. Outra objeção apresenta-se contra os possíveis ociosos que não desejarão trabalhar. Não é por causa dos preguiçosos que uma comunidade será dissolvida; o negligente seria orientado a procurar seus camaradas que se acomodem à sua negligência. Uma sociedade comunista, se for suficientemente rica para não recusar o necessário, terá prazer em dá-lo aos preguiçosos. Mas haverá um ressentimento, e o preguiçoso seria orientado a procurar outras condições, ou constituir algum grupo conforme os seus princípios.  A abolição do salariado poria fim à distinção entre o trabalho manual e o intelectual. Tal distinção mantém todas as desigualdades da sociedade atual. Equivale a dividir a sociedade em duas classes: a aristocracia do saber e a plebe que a serve. Uma sociedade anarquista que proclama a igualdade e propõe que todos tenham direito à riqueza social (seja qual for sua contribuição para criá-la) irá abandonar o salariado. Sobre a ideia de se dividir a riqueza segundo o lema *a cada um conforme a sua necessidade*, o autor afirma que é impossível medir o trabalho pelos resultados ou pelas horas trabalhadas. Resta colocar as necessidades acima das obras e reconhecer a todos o direito à vida e ao bem-estar. Mais adiante, critica a divisão do trabalho, dando o exemplo do operário que dedica sua vida a fabricar bicos de alfinetes, e diz que tal situação é nociva à sociedade, e faz com que o homem perca o gosto pelo trabalho. Da mesma forma, a divisão por especialidades econômicas entre as nações. Kropotkin conclui falando sobre o desenvolvimento da indústria e da agricultura na Europa e suas implicações para o consumo, e cita exemplos de que a produção é suficiente para atender às necessidades de todos, mas sem os sacrifícios que o Estado e a burguesia impõem aos trabalhadores. 
Kropotkin – Resenha sobre a “Conquista do Pão”

“Aquelas pessoas que são contra o fascismo sem serem contra o capitalismo, que lamentam a barbárie que vem desse barbarismo, são como pessoas que querem comer sua carne de vitela sem matar o bezerro. Elas estão preparadas para comer a vitela, mas não gostam de ver o sangue. Elas facilmente se satisfazem se quem matou o bezerro lava suas mãos antes de pesar a carne. Elas não são contra as relações de propriedade que produzem a barbárie; elas somente são contra a barbárie em si. Elas levantam suas vozes contra a barbárie, e o fazem em países onde exatamente as mesmas relações de propriedade prevalecem, mas onde quem matou os bezerros novamente lava suas mãos antes de pesar a carne.”
– Bertolt Brecht

A desobediência é uma virtude necessária à CRIATIVIDADE.
– Raul Seixas

“O estado representa a violência de forma concentrada e organizada. O indivíduo tem uma alma, mas, o estado, sendo uma maquina sem alma, não poderá jamais renunciar a violência a qual se deve a sua existência”.
– Mahatma Gandhi

“Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão.”
— Eça de Queirós

Não tome lados, somos todos UM. Não permita que suas opiniões e percepções da realidade te afastem da família humana.
– Liberte-se do Sistema

“Se não há justiça para o povo, que não haja paz para os governos”.
– Errico Malatesta

Sobre o Estado:
O Estado morre no momento em que as classes sociais morrem. No instante em que o poder político perde seu conteúdo de classe, então ele deixa de existir enquanto tal. Consequentemente o Estado deixa de existir enquanto tal, enquanto organismo de conciliação das classes (por coerção jurídica ou repressão policial) em favor de uma classe dominante. A regulação da produção perde seu caráter político em favor de seu caráter social: ao invés de servir a interesses partidários de classes particulares, serve às necessidades da comunidade democraticamente estabelecida. São os produtores associados entre si em cooperativas de produção que controlam o que é produzido, segundo um plano previamente estabelecido de acordo com suas necessidades e as necessidades dos outros produtores organizados com quem trocam. O plano econômico é a expressão final de uma democracia evoluída, de propriedade coletiva, baseada na livre-associação e não na servidão compulsória ao capital. Por isso a missão da ditadura do proletariado é aniquilar todas as condições sociais que dão ensejo à hegemonia de classe, cristalizadas na propriedade privada. O Estado proletário deve ser a última forma que o Estado assume antes de desaparecer. O fim do Estado não dá margem para o retorno ao liberalismo. Ao contrário, é sua manutenção que inicia a marcha para o liberalismo! E o primeiro sintoma de decadência da ditadura do proletariado é seu retrocesso ao capitalismo de Estado (como na China atual). No momento em que a ditadura do proletariado decai em capitalismo de Estado então ela já perdeu seu caráter socialista e o retorno ao liberalismo é questão de tempo, pois as relações capitalistas de produção, chamadas capital, abrem caminho ao seu pleno desenvolvimento, passando por cima de qualquer força política. O Estado proletário, que visa à planificação econômica e bem-estar do trabalhador, é incompatível com as relações sociais do capital. Estas só podem se expandir e atingir seu pleno desenvolvimento sob o liberalismo, caso contrário freiam o desenvolvimento das forças produtivas. As empresas se tornam pouco produtivas, pouco competitivas no mercado e tendem para a estagnação. Neste caso ou o Estado proletário aniquila as relações sociais do capital ou o capital aniquiliará o Estado. Não existe meio termo. Foi o que aconteceu nos regimes do socialismo real. Ao custo das desigualdades e da exploração vil o capital busca qualquer brecha para se desenvolver.
– Autor desconhecido

Não se tem uma revolução quando se ama o inimigo; não se tem uma revolução quando se está implorando ao sistema de exploração para que ele te integre. Revoluções derrubam sistemas, revoluções destroem sistemas.
– Malcolm X

A diferença clave entre comunismo e anarquismo é que o primeiro passa por uma ditadura do proletário e o segundo não. Marx falava que depois do socialismo chegaria o comunismo, e este se daria sem estado.
– Desconhecido

“Se devo morrer por aquela fé, por aquele nobre e sublime ideal de justiça, fraternidade e liberdade social que abracei espontaneamente, que defendi e propaguei sempre por todas as partes, educando-me e instruindo-me, posso gritar bem alto que morro altivo e orgulhoso.”
– Nicolas Sacco

“Sabedoria é saber que eu não sou nada.
Amor é saber que eu sou tudo.
E entre esses dois a minha vida se movimenta.”
_____ EuSouVcEmMimNós

“Defendei o que vos resta e conquistai o que perdeste. Caso contrário, vosso destino futuro será horrível, pois estamos numa época de ciência e método e nossos governantes, servidos pelos exércitos dos químicos e dos professores preparam-vos uma organização social na qual tudo será regulado como numa fábrica, onde a máquina dirigirá tudo, inclusive os homens, onde estes serão simples engrenagens que serão substituídos como ferro-velho quando se puserem a raciocinar e querer.”
– Élisée Reclus – Anarquia pela Educação

“A Ditadura perfeita terá aparências de democracia… uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga. Um sistema de escravidão onde, graças ao consumo e divertimento os escravos terão amor à escravidão do trabalho”
Aldous Huxley

“Que bosta, uma geração inteira enchendo tanques de gasolina, servindo mesas, ou escravos dos colarinhos brancos. Os anúncios nos fazem comprar carros e roupas, trabalhar em empregos que odiamos para comprar as porcarias que não precisamos. Somos uma geração sem peso na história, cara. Sem propósito ou lugar. Nós não temos uma Grande Guerra. Nem uma Grande Depressão.
Nossa Grande Guerra é a guerra espiritual… Nossa Grande Depressão é nossas vidas.  Todos nós fomos criados vendo televisão para acreditar que um dia seríamos milionários, deuses do cinema, estrelas do rock… Mas nós não somos. Aos poucos vamos tomando consciência disso. E estamos ficando revoltados…”
– Tyler Durden

“A única igreja que ilumina é a que queima.”
Priotr Kropotkin

“Eu me utilizo de todos os meios da Sociedade de consumo, penetro no Sistema, mas como um veneno.”
– Raul Seixas

“Não nasci para ser forçado a nada. Respirarei a meu próprio modo.”O Anarquismo, apesar de suas muitas variantes nada mais é do que um sistema de filosofia social, que sugere mudanças básicas na estrutura da sociedade e, principalmente – pois esse é o elemento comum a todas as formas de anarquismo – , a substituição do estado autoritário por alguma forma de cooperação
não-governamental entre indivíduos livres.
Henry Thoreau

“Os seres humanos devem reunir-se não para impor, mas para questionar. A verdade dispensa o auxílio de multidões comandadas.
William Godwin

“Se esperança houvesse, devia estar nos proles, porque só neles, naquela massa desdenhada, formigante, 85% da população da Oceania, podia se gerar força suficiente para destruir o Partido. O Partido não poderia ser derrubado de dentro. Seus inimigos, se é que tinha inimigos, não tinham modo de se reunir, nem mesmo de se identificar. Mesmo que existisse a legendária Fraternidade, como era possível que existisse, era inconcebível que os seus membros pudessem jamais se reunir em grupos maiores que dois ou três. A rebelião revelava-se num olhar, numa inflexão da voz; no máximo, num cochicho ocasional. Mas os proles, se de algum modo adquirissem consciência do seu poderio, não precisariam conspirar. Bastava-lhes levantarem-se e sacudir-se, como um cavalo sacode as moscas. Se o quisessem, poderiam demolir o Partido no dia seguinte.”
– George Orwell

Elogio da Dialética
“A injustiça passeia pelas ruas com passos seguros.
Os dominadores se estabelecem por dez mil anos.
Só a força os garante.
Tudo ficará como está.
Nenhuma voz se levanta além da voz dos dominadores.
No mercado da exploração se diz em voz alta:
Agora acaba de começar:
E entre os oprimidos muitos dizem:
Não se realizará jamais o que queremos!
O que ainda vive não diga: jamais!
O seguro não é seguro. Como está não ficará.
Quando os dominadores falarem
falarão também os dominados.
Quem se atreve a dizer: jamais?
De quem depende a continuação desse domínio?
De quem depende a sua destruição?
Igualmente de nós.
Os caídos que se levantem!
Os que estão perdidos que lutem!
Quem reconhece a situação como pode calar-se?
Os vencidos de agora serão os vencedores de amanhã.
E o “hoje” nascerá do “jamais”.”
– Bertolt Brecht

“Acreditamos que todas as religiões passadas e presentes foram tanto revelações progressivas e historicamente necessárias não da Divindade, mas da própria Humanidade, das próprias consciência e inteligência humanas. Nestes tempos remotos onde a inteligência ainda pouco desenvolvida do homem agia muito mais como imaginação que como razão, ele não atingia a compreensão sucessiva da terra e de si próprio a não ser por uma teologia fictícia. Cada povo e cada época criaram um Deus à sua imagem. Tal Deus, e tal tempo, e tal povo. Deus era e ainda é o homem refletindo-se na sua mais pura essência, no seu ideal: é a reverberação da humanidade num céu imaginário. Cada nova religião foi, assim, ao mesmo tempo um ato de força e de fraqueza, um progresso e uma estagnação. Alargando o seu ideal, sua representação de si própria através e sob a forma de uma nova religião, aperfeiçoando seu Deus, a humanidade fazia prova de potência. Mas ela revelava ao mesmo tempo sua fraqueza, transportando para fora de si, para as regiões celestes, este Deus, sua própria criação. Ela não ousava ainda reconhecer-se e apropriar-se de seu próprio bem e de sua obra. Ela divinizava sua própria natureza, sua própria essência e, prosternando-se frente a si própria no céu, desprezava-se sobre a terra. Suas próprias virtudes, suas próprias claridades e potência, ela as dava ao seu Deus, reservando para si somente a impotência, a ignorância e a miséria: incapaz de conduzir-se por si próprio, carente da tutela divina e condenado, por conseguinte, a uma infância e a uma dependência eternas nesta terra.”
-M. Bakunin

“Se você sempre poem limites em tudo que faz, físicos ou de qualquer tipo, essas limitações irão se espalhar pelo seu trabalho e pela sua vida. Não existem limites. Existem apenas platôs, e você não deve permanecer lá, você deve ir além deles.”
– Bruce Lee

“Todos podem desfrutar de uma vida de luxo e lazer se a riqueza produzida pelas máquinas for compartilhada, ou a maioria das pessoas pode acabar miseravelmente pobre se os proprietários das máquinas conseguirem fazer lobby contra a distribuição da riqueza. Até agora, a tendência parece acompanhar a segunda opção, com a tecnologia aumentando cada vez mais a desigualdade”.
– Hawking

“Quem, portanto, não ama a solidão, também não ama a liberdade: apenas quando se está só é que se está livre (…) Cada um fugirá, suportará ou amará a solidão na proporção exata do valor da sua personalidade. Pois, na solidão, o indivíduo mesquinho sente toda a sua mesquinhez, o grande espírito, toda a sua grandeza; numa palavra: cada um sente o que é.
– Arthur Schopenhauer

“Quem é – o autor de toda essa interminável procissão de torturas que tem sido a história da raça humana – quem é responsável por estes banhos de sangue, sempre com a mesma crueldade, sem descanso nem misericórdia? Governos, religiões, indústrias, campos de trabalho forçado, todos eles estão encharcados de sangue.”
– Octave Mirbeau

” O votante é um homem que vem, o dia que se obriga e não o outro dia, quando a autoridade o manda e diz: Chegou o momento de sancionar uma vez mais um sistema estabelecido por outros e para outros que não são vocês; de escolher os que formarão parte deste sistema com ou sem a intenção de modificá-lo; de eleger os que, para contribuir ao funcionamento da máquina hostil serão pagos em dinheiro, em influência, em privilégios e em honras; de rechaçar de novo a ideia de rebeldia contra a organização capitalista e de submeter-se uma vez mais à obediência à autoridade. Chegou, pois, o momento de VOTAR; é dizer, de fazer um ato cujo significado é: EU RECONHEÇO AS LEIS.”
– Editorial da Protesta Humana, 3/3/1902. Jornal anarquista argentino.

No reino da fábula, todos os jardins maravilhosos, todos os palácios encantados, são guardados por dragões ferozes. O dragão que está à porta do palácio da anarquia nada tem de terrível: é apenas uma palavra.
Elisée Reclus

QUEM FOI CHE???
Com bases cientificas históricas. 
Bom creio ser errado pensar num aspecto MANIQUEISTA sobre a figura de Che. Ele – como todo mundo – apresenta dois lados(ou mais lados): 
– IDEALISTA: nesse aspecto podemos perceber que ele larga sua vida de classe media alta na Argentina para lutar em prol de uma causa: acabar com a miséria na América Latina. Essa miséria era atribuída por Che ao IMPERIALISMO NORTE AMERICANO, então ele lutou contra isso e por uma CAUSA EM QUE ACREDITAVA. É de se louvar alguém que sai da poltrona confortável de sua casa e vai em luta de um ideal. 
– ASSASSINO A SANGUE FRIO: pois bem, como todo ser humano, Che deixou-se levar pela empolgação e acabou por SE TRANSFORMAR NO QUE MAIS ODIAVA. Ele sempre foi contra figuras opressoras e lutava a favor da liberdade, porém ele acabou -em nome da revolução- tornando-se um ditador. Sempre que desconfiava de alguém, MATAVA, SENDO ELE O ADVOGADO, JUIZ E EXECUTOR da pena. Nisso ele matou mais de 200 pessoas nos primeiros meses pós revolução cubana. Acostumou-se e perdeu seu rumo…Como ADMINISTRADOR FOI UM FRACASSO TOTAL, ele recebeu de Fidel a incumbência de cuidar das finanças de Cuba e arrebentou-a devido a maus planejamentos e cuba ficou dependente da mesada da URSS até a década de 90. Ainda por cima tem o fator de que ele acabou se enfiando em tudo que é revolução, e todas demais foram fracassadas, inclusive, em sua ultima na Bolívia ELE FOI ENTREGUE PELOS PRÓPRIOS COMPANHEIROS, visto que eles não gostavam do jeito autoritário de Che, assim o entregaram ao exercito inimigo, pelos qual foi morto. Ele se perdeu no sentido de “o que é uma revolução.”
-HOJE: bom, hoje ele deve estar se retorcendo no túmulo, afinal se tornou um ÍCONE POP, para jovens que buscam uma ideologia, não a tem, não sabem bem o que querem da vida, mas se dizem rebeldes (sem causa, mas rebeldes rsrsr) e ai vem o pior…CONTRIBUEM PARA O CAPITALISMO AS CUSTAS DA IMAGEM DE GUEVARA COMPRANDO AS CLÁSSICAS CAMISAS COM SEU ROSTO…rsrsrsrs, como a História é interessante, curiosa e por muitas vezes engraçada. Ainda por cima, esses jovenzinhos que se dizem “fãs dele'” sequer estudam para saber o minimo da vida e da historia do Guevara. 
Eu, particularmente, o admiro por sua perspicácia, idealismo, revolucionário e libertário que foi! Poucos tiveram sua coragem!
– EuSouVcEmMimNós

“Eu sou uma anarquista.
Suponho que vocês tenham vindo aqui, a maioria de vocês, para ver como é uma anarquista de verdade ao vivo. Suponho que alguns de vocês esperavam me ver com uma bomba em uma das mãos e uma tocha em chamas na outra, mas estão desapontados por não ver nem uma coisa nem outra. Se tais têm sido suas idéias sobre anarquistas, vocês mereceram estar desapontados.
O que anarquistas querem dizer quando falam em anarquia? Noah Webster dá ao termo duas definições: caos e o estado de existir sem norma política. Nós nos atemos à última definição. Nossos inimigos sustentam que acreditamos apenas na primeira.”
– Lucy Parsons, discurso de 1886.

O Anarquismo, apesar de suas muitas variantes nada mais é do que um sistema de filosofia social, que sugere mudanças básicas na estrutura da sociedade e, principalmente – pois esse é o elemento comum a todas as formas de anarquismo, a substituição do estado autoritário por alguma forma de cooperação não-governamental entre indivíduos livres.
– EuSouVcEmMimNós

“Acreditamos que a maioria dos males que afligem os homens decorre da má organização social; e que os homens, por sua vontade e seu saber, podem fazê-los desaparecer.
A sociedade atual é o resultado das lutas seculares que os homens empreenderam entre si. Desconheceram as vantagens que podiam resultar para todos da cooperação e da solidariedade. Viram em cada um de seus semelhantes (exceto, no máximo, os membros de sua família) um concorrente e um inimigo. E procuraram açambarcar, cada um por si, a maior quantidade de prazeres possível, sem se preocuparem com os interesses alheios.
Nesta luta, é óbvio, os mais fortes e os mais afortunados deviam vencer, e, de diferentes maneiras, explorar e oprimir os vencidos.
Enquanto o homem não foi capaz de produzir mais do que o estritamente necessário para sua sobrevivência, os vencedores só podiam afugentar e massacrar os vencidos, e se apoderar dos alimentos colhidos.
Em seguida – quando, com a descoberta da pecuária e da agricultura, o homem soube produzir mais do que precisava para viver – os vencedores acharam mais cômodo reduzir os vencidos à servidão e fazê-los trabalhar para eles.
Mais tarde, os vencedores acharam mais vantajoso, mais eficaz e mais seguro explorar o trabalho alheio por outro sistema: conservar para si a propriedade exclusiva da terra e de todos os instrumentos de trabalho, e conceder uma liberdade aparente aos deserdados. Estes, não tendo os meios para viver, eram obrigados a recorrer aos proprietários e a trabalhar para eles, sob as condições que eles lhes fixavam.
Deste modo, pouco a pouco, através de uma rede complicada de lutas de todos os tipos, invasões, guerras, rebeliões, repressões, concessões feitas e retomadas, associação dos vencidos, unidos para se defenderem, e dos vencedores, para atacarem, chegou-se ao estado atual da sociedade, em que alguns homens detêm hereditariamente a terra e todas as riquezas sociais, enquanto a grande massa, privada de tudo, é frustrada e oprimida por um punhado de proprietários.
Disto depende o estado de miséria em que se encontram geralmente os trabalhadores, e todos os males decorrentes: ignorância, crime, prostituição, definhamento físico, abjeção moral, morte prematura. Daí a constituição de uma classe especial (o governo) que, provida dos meios materiais de repressão, tem por missão legalizar e defender os proprietários contra as reivindicações do proletariado. Ele se serve, em seguida, da força que possui para arrogar-se privilégios e submeter, se ela pode fazê-lo, à sua própria supremacia, a classe dos proprietários. Disso decorre a formação de outra classe especial (o clero), que por uma série de fábulas relativas à vontade de Deus, à vida futura, etc, procura conduzir os oprimidos a suportarem docilmente o opressor, o governo, os interesses dos proprietários e os seus próprios. Daí decorre a formação de uma ciência oficial que é, em tudo o que pode servir os interesses dos dominadores, a negação da verdadeira ciência. Daí o espírito patriótico, os ódios raciais, as guerras e as pazes armadas, mais desastrosas do que as próprias guerras. O amor transformado em negócio ignóbil. O ódio mais ou menos latente, a rivalidade, a desconfiança, a incerteza e o medo entre os seres humanos.
Queremos mudar radicalmente tal estado de coisas. E visto que todos estes males derivam da busca do bem-estar perseguido por cada um por si e contra todos, queremos dar-lhe uma solução, substituindo o ódio pelo amor, a concorrência pela solidariedade, a busca exclusiva do bem-estar pela cooperação, a opressão pela liberdade, a mentira religiosa e pseudocientífica pela verdade.
Em conseqüência:
1) Abolição da propriedade privada da terra, das matérias-primas e dos instrumentos de trabalho – para que ninguém disponha de meio de viver pela exploração do trabalho alheio –, e que todos, assegurados dos meios de produzir e de viver, sejam de fato independentes e possam associar-se livremente, uns aos outros, no interesse comum e conforme as simpatias pessoais.
2) Abolição do governo e de todo poder que faça a lei para impô-la aos outros: portanto, abolição das monarquias, repúblicas, parlamentos, exércitos, polícias, magistraturas e toda instituição que possua meios coercitivos.
3) Organização da vida social por meio das associações livres e das federações de produtores e consumidores, criadas e modificadas segundo a vontade dos membros, guiadas pela ciência e pela experiência, liberta de toda obrigação que não derive das necessidades naturais, às quais todos se submetem de bom grado quando reconhecem seu caráter inelutável.
4) Garantia dos meios de vida, de desenvolvimento, de bem-estar às crianças e a todos aqueles que são incapazes de prover sua existência.
5) Guerra às religiões e todas as mentiras, mesmo que elas se ocultem, sob o manto da ciência. Instrução científica para todos, até os graus mais elevados.
6) Guerra ao patriotismo. Abolição das fronteiras, fraternidade entre todos os povos.
7) Reconstrução da família, de tal forma que ela resulte da prática do amor, liberto de todo laço legal, de toda opressão econômica ou física, de todo preconceito religioso.
Tal é o nosso ideal.”
– Errico Malatesta

“Que ingenuidade pedir para quem tem poder mudar o poder.”
– Giordano Bruno

“Não, não temos receio em dizer, queremos fazer homens tendo na independência intelectual sua força suprema, e que jamais se submeterão seja lá ao que for. Capazes de discernir o que é bom, aspirando viver mil vidas em uma só. A sociedade teme tais homens e não se deve esperar dela que um dia apoie uma educação capaz de produzi-los.”

– Francisco Ferrer 

“O poder é maldito. Isto é para ser dito, por isso sou anarquista.”
– Louise Michel

“Esta é só a terra do Faça-como-Queira. Anarquia significa “sem líderes”, não “sem ordem”. Com a anarquia vem uma idade de Ordung, de verdadeira ordem, ou seja, ordem voluntária. Esta idade de Ordung começará quando o louco e incoertente ciclo de Verwirrung que estes boletins revelam tenha terminado seu curso. Isso é caos.”
— Alan Moore, V de Vingança (1983)

O que diferencia a tática do quebra-quebra do vandalismo é o seu alvo: o vandalismo tem como alvo pessoas inocentes. O quebra-quebra que responda à violência policial deve ser aquele que somente ataca os símbolos burgueses e latifundiários.  Saudações! Desenvolver o protesto popular! Contra o Estado Burguês, rebelar-se é justo!
– Xavier

É muito estranha esta nossa adoração dos exemplos, modelos, dos ídolos. Não queremos o que é puro, verdadeiro em si mesmo; queremos intérpretes, exemplos, mestres, gurus, para, por seu intermédio, alcançarmos alguma coisa – e tudo isso é puro absurdo, um meio de explorar a outros. Se cada um de nós fosse capaz de pensar claramente desde o começo, ou de reeducar-se para pensar claramente, todos esses exemplos, mestres, gurus, sistemas, se tornariam completamente desnecessários, como realmente são.
– J.Krishnamurti

Quem detém o poder abusa dele; eis por que é preciso impedir toda tomada do poder, seja por um partido, seja por indivíduos, pois ela sempre conduz a uma nova escravidão para o povo. Que isso se passe sob o signo do cetro, ou da foice e do martelo (…) não há, no fundo, grande diferença. Uma verdadeira libertação só é possível quando o aparelho do poder desaparece, pois o monopólio do poder não é menos perigoso do que aquele da propriedade.
– Rudolf Rocker, Trecho do livro “Os Sovietes traídos pelos Bolcheviques”

 

 
 
Reconhecimento ou mérito(meritocracia)

Não há declaração mais errônea do que “Esta ideia é minha.” Tais noções são subprodutos de uma cultura materialista, reforçada pela busca de recompensas(geralmente financeiras), em troca da ilusão da “posse de criações. Há, constantemente, o reforço do “ego” e de vaidades, em frequentes reivindicações

O começo da liberdade é a percepção de que você não é “o pensador”. O momento em que você começa a observar o pensador, um nível mais elevado de consciência se torna ativo. Você então começa a perceber que existe um vasto campo de inteligência além do pensamento, que o pensamento é apenas um pequeno aspecto da sua inteligência.
Você também começa a perceber que todas as coisas que realmente importam — beleza, amor, fertilidade, contentamento, paz interior — aparecem além da mente.
Você começa a acordar.
– Eckhart Tolle

O que significa “ser governado”?
 
Ser governado significa ser observado, inspecionado, espionado, dirigido, legislado, regulamentado, cercado, doutrinado, admoestado, controlado, avaliado, censurado, comandado; e por criaturas que para isso não tem o direito, nem a sabedoria, nem a virtude… Ser governado significa que todo movimento, operação ou transação que realizamos é anotada, registrada, catalogado em censos, taxada, selada, avaliada monetariamente, patenteada, licenciada, autorizada, recomendada ou desaconselhada, frustrada, reformada, endireitada, corrigida. Submeter-se ao governo significa consentir em ser tributado, treinado, redimido, explorado, monopolizado, extorquido, pressionado, mistificado, roubado; tudo isso em nome da utilidade pública e do bem comum. Então, ao primeiro sinal de resistência, à primeira palavra de protesto, somos reprimidos, multados, desprezados, humilhados, perseguidos, empurrados, espancados, garroteados, aprisionados, fuzilados, metralhados, julgados, sentenciados, deportados, sacrificados, vendidos, traídos e, para completar, ridicularizados, escarnecidos, ultrajados e desonrados. Isso é o governo, essa é a sua justiça e sua moralidade! … Oh personalidade humana! Como pudeste te curvar à tamanha sujeição durante sessenta séculos?
Aquele que botar as mão sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo.
-Pierre Proudhon, primeiro teórico a se declarar anarquista de forma clara e explicita

por “prestígio” e “crédito”.

“E dizer que há entre nós democratas que pretendem que o governo prevaleça; socialistas que sustentam esta ignomínia em nome da liberdade, da igualdade e da fraternidade; proletários que admitem sua candidatura à presidência! Hipocrisia!…”
– Pierre Joseph Proudhon

Osho, quando eu fumo maconha, eu sei quem eu sou. Eu sinto Deus dentro de mim. Eu o vejo em todo mundo. Eu converso com a grama, eu converso com as flores, e elas me respondem. Eu me sinto feliz, completamente contente. Mas eu descobri que quando fumo eu sinto uma pressão em minha cabeça, que me preocupa. Eu não sei se eu devo fumar ou não, mas isto me dá uma grande esperança quanto ao futuro. Ao fumar maconha, eu tenho visões de onde eu gostaria de estar.”
OSHO: (Silêncio…) Isto é apenas ilusório e não uma verdadeira esperança. A coisa toda é uma ilusão química e a mudança química pode estar lhe dando a pressão na cabeça, porque toda essa coisa acontece no seu sistema nervoso. Isso pode lhe dar uma pressão, que é uma simples indicação para parar com isto. Isto pode ser perigoso mais tarde: pode destruir alguns nervos essenciais do cérebro. Isto é destrutivo, é um sonho de custo elevado. Ele é bonito, mas mesmo que um sonho seja bonito, ele é um sonho, e pela manhã você estará de volta à realidade. E seu custo é muito alto. Se você usar por muito tempo, isto fará a sua inteligência deteriorar. As pessoas que usam maconha ou coisas semelhantes por longo tempo tornam-se idiotas. A inteligência delas perde a argúcia, porque é danoso ter a pressão química nos nervos todos os dias. E você não está alcançando nada! Eu não estou preocupado com o custo. Se algo verdadeiro estivesse sendo alcançado, então qualquer que fosse o custo valeria a pena. Mas você não está ganhando coisa alguma em troca – apenas uma ilusão. Se quando usa maconha, você sabe quem você é, isto não tem qualquer importância. Você tem que saber quem você é quando está alerta, consciente, completamente natural, sem pressão alguma criando coisas em você. É aí que você tem que saber o que você é. Para tornar-se iluminado é preciso que seja de uma maneira muito comum, só então a iluminação é verdadeira. Pode-se encontrar atalhos, mas todos os atalhos são falsos. Não existem atalhos para a realização. Atalhos apenas criam pequenos circuitos dentro de você e libera sonhos e imaginação. Isto não é bom para você, nem para ninguém. E esta pressão está indicando que isto está indo profundamente nas suas células cerebrais. É melhor parar o mais rápido possível. Criar uma experiência que não é seu estado natural, não tem qualquer utilidade. Ela não lhe dá esperança. Ela simplesmente destrói sua vida e suas oportunidades de se tornar alerta e consciente da realidade como ela é. Não há qualquer necessidade de buscar Deus nas árvores. Se você puder ver as árvores como elas são, já terá percebido tudo. Por que impor Deus? Você não precisa ver Deus em quem quer que seja. Se você puder ver a pessoa real, ali de pé, isto é o suficiente. Deus simplesmente significa realidade, a realidade comum que circunda você. Veja a verdade da árvore. Este é o Deus da árvore, a sua cor verde, a sua flor, a sua alegria, o seu enraizamento, a sua força e fragilidade. Veja a verdade dela sem trazer qualquer noção de sua cabeça. Qualquer ideia que algo sugerir vai começar a funcionar e você começará a projetar. Assim, aconteceu de pessoas que eram contra as drogas, fazerem uso delas e só conhecerem o inferno e pessoas que eram a favor delas, usarem as mesmas drogas e conhecerem o céu. Depende de você. A droga não lhe dá coisa alguma. Ela simplesmente faz de você um tolo. Você entra num certo tipo de infantilidade, numa imaginação, na sua faculdade de sonhar. É isto o que a droga faz. Agora fica por sua conta liberar o sonho. Você consegue liberar qualquer sonho que queira. Se você quiser ver monstros, dragões e demônios, todos pulando sobre você e tentando matá-lo, você pode ter isto. A escolha é sua. Ou você pode ver Deus e anjos dançando e cantando, e Jesus com seus apóstolos sentados ao lado. Isto fica por sua conta, é o seu sonho. As drogas podem apenas ajudar a sua faculdade de sonhar para que ela funcione totalmente. É como se você manuseasse um projetor. O filme tem que ser fornecido por você. A eletricidade no projetor não consegue criar o filme. A eletricidade no projetor só consegue fazer com que ele projete o filme que você forneceu. O filme tem que ser fornecido por você e o projetor estar ali. Daí, ele começa a projetar. Se você quiser ver o inferno, você terá que ter um filme de inferno. Se você quiser um filme do céu, ele aparecerá na tela. Isto é exatamente o que a droga faz. Ela simplesmente libera a sua capacidade de sonhar. O sonho começa a funcionar. Mas isto é apenas desperdício de tempo… E a um custo muito grande. (…) Para ver a realidade, a pessoa tem que estar completamente normal, sem usar coisa alguma, nenhuma vontade, nenhuma postura. Ela tem que estar como ela é. Levará um longo tempo para ver a verdade da árvore, mas esse tempo não é um desperdício. Assim, não fique apressado, não queira rapidez. Sim, as drogas dão rapidez, mas não seja rápido, não seja apressado. Seja paciente e permita que as coisas cresçam devagar. Todas as coisas verdadeiras crescem vagarosamente: elas têm o seu próprio tempo. Algo tem que amadurecer em você. E esteja satisfeito e contente com o que estiver disponível neste momento. Não peça por mais. Eu sei que se você já fez uso de drogas, isto se torna muito difícil porque a droga o atrai. Sem qualquer esforço de sua parte, alguma coisa começa a acontecer. Assim, por que se preocupar com algo mais? Por que meditar e por que estar consciente, se a droga pode desencadear o processo imediatamente? A droga tem sido usada ao longo do tempo. Ela não é algo novo. No ocidente ela é algo novo, mas no oriente ela tem sido uma das práticas mais antigas. Mas as pessoas que tomaram drogas por séculos não chegaram a lugar algum. Se você quer realmente ver o que existe, você terá que parar com todo tipo de projeção. Isso será enfadonho no começo, não será tão encantador, não terá aquela sedução, aquele fascínio. Mas não há necessidade de fascínio, de sedução. A pessoa deve satisfazer-se com a realidade comum. O que há de errado com as árvores serem como árvores, e os homens como homens e as mulheres como mulheres? Se você puder fazer isto por seis meses, sem as drogas, simplesmente vivendo com o comum, sem qualquer desejo pelo extraordinário, mais cedo ou mais tarde você começará a ver a verdade das coisas comuns. E no muito comum, o extraordinário está escondido. Mas você tem que chegar até ele através do comum. O comum é a porta para o extraordinário. A minha sugestão é que você pare com a droga. Pare completamente com ela.
– OSHO – The Open Secret

 

“Vocês podem ter enforcado em Chicago, decapitado na Alemanha, garroteado em Jerez, fuzilado em Barcelona, guilhotinado em Montbrison e Paris, mas nunca conseguirão acabar com o anarquismo. Suas raízes são demasiadamente profundas, ele nasceu no coração de uma sociedade que está apodrecendo e se desintegrando. Representa todas as aspirações libertárias e igualitárias que se levantam contra a autoridade. Está em toda parte, o que faz que seja impossível controlá-lo. Acabará por matá-los a todos!”
Emile Henry, in A Gazeta dos Tribunais, 27-28 de Abril de 1894.

“A anarquia é a abolição do roubo e da opressão do homem pelo homem, quer dizer, a abolição da propriedade individual e do governo; a anarquia é a destruição da miséria, da superstição e do ódio. Portanto, cada golpe desferido nas instituições da propriedade individual e do governo, é um passo rumo à anarquia, assim como cada mentira desvelada, cada parcela de atividade humana subtraída ao controle da autoridade, cada esforço tendendo a elevar a consciência popular e a aumentar o espírito de solidariedade e de iniciativa, assim como a igualar as condições.”
– Errico Malatesta

“À minha volta, reprovava-se a mentira, mas fugia-se cuidadosamente da verdade.”
– Simone de Beauvoir

A desobediência civil é um direito intrínseco do cidadão. Não ouse renunciar,se não quer deixar de ser homem. A desobediência civil nunca é seguida pela anarquia. Só a desobediência criminal com a força. Reprimir a desobediência civil é tentar encarcerar a consciência. (Satyagraha – Protesto não violento de luta Anti-Imperialista de Mahatma Gandhi)
– MAHATMA GANDHI

A guerra não é uma aventura. A Guerra é uma doença.
– Antoine de Saint-Exupery

“Fracassei em tudo o que tentei na vida.
Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. 
Tentei salvar os índios, não consegui. 
Tentei fazer uma universidade séria e fracassei. 
Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei. 
Mas os fracassos são minhas vitórias. 
Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu”
-Darcy Ribeiro

“O AnarcoCapitalismo está para o Anarquismo assim como Emo está para Punk.”
– Erick Tosgimestri

A Vida pode ser, de fato, escuridão se não houver vontade, mas a vontade é cega se não houver sabedoria, a sabedoria é vã se não houver trabalho e o trabalho é vazio se não houver amor.
— Khalil Gibran

“Crescer pelo gosto de crescer é a ideologia da célula cancerígena.”
– Edward Abbey

“Nenhum Estado e nenhuma república, por mais vermelha que seja pintada, poderá dar ao povo o que ele mais precisa: a liberdade. Todos os Estados, inclusive o Estado socialista que tu falas, são baseados, todos eles, na força.”
Mikhail Bakunin (para Karl Marx, em diálogo imaginário)

Nenhum governo do mundo combate o fascismo até suprimir-lo. Quando a burguesia
vê que o poder lhe escapa das mãos recorre ao fascismo para manter o poder de seus
privilégios, e isso é o que ocorre na Espanha. Se o governo republicano tivesse desejado eliminar os elementos fascistas, podia tê-lo feito a muito tempo. Ao invés disso, contemporizou, transigiu e gastou seu tempo buscando compromissos e acordos com eles. Mesmo no atual momento existem membros do governo que desejam tomar medidas “muito moderadas” contra os fascistas. É, quem sabe se o governo ainda não espera utilizar as forças rebeldes para esmagar o movimento revolucionário desencadeado pelos trabalhadores.
– Buenaventura Durruti

Não somos anarquistas, nem comunistas. Não somos ateus, nem cristãos, espiritas e etc. Não somos brasileiros, gaúchos, cariocas, ou paulistas, mineiros… Nós simplesmente somos, e nada mais. Rotular é limitar o que simplesmente É. Simplesmente seja, não se aprisione em conceitos e rótulos pré estipulados. As palavras servem apenas para o bem da expressão de um significado. O que quero destacar é que não é a palavra que importa, mas o significado. Nós somos o que somos. Somos vários e somos diferentes, mas também somos UM e somos iguais.
Tudo depende de por onde você está olhando. Por esse motivo, busque o significado, e não o rótulo.
– Liberte-se do Sistema

A anarquia surge dentro do não-cotidiano. Fora das rédeas da identificação nominal ou até mesmo subjetiva (meu nome; alternativo; revolução). Ela já é real, dentro e fora de cada organismo vivo, presente em todo o cosmos. Para percebe-la, mesmo que por um instante, você terá que ser capaz de não ser você. Tornando-se testemunha da silenciosa não-forma anarquista presente na vida. Estrelas, gravidade, substancias químicas regidas por uma energia cósmica consciente? Isto é além de divino, harmonioso. E tudo o que “É”, por si só, é além da doutrina, do subjetivo, da expectativa. Todas as coisas que formam este presente, são de certa forma anti-autoritárias. Em suma, a nossa presença como “indivíduos” nos torna autoritários. Aprendemos desde o nosso nascimento, neste planeta, coisas que precisamos por um instante, deixar de lado, principalmente o nome, escolhas, passado, e tudo o que está presente como “identificação”. É neste instante que a anarquia, para além da palavra, é percebida.
– EuSouVcEmMimNós

“Dinheiro, dinheiro, sempre dinheiro, eis o nervo da democracia bem como da guerra. Dai à democracia muito dinheiro e ela fará tudo o que quiserdes. Dinheiro para os deputados, dinheiro para os enfermos, dinheiro para os mendigos, dinheiro para os intelectuais, para os artistas, para os literatos; para todos aqueles que forem amigos do governo; dinheiro para todo mundo, como bombons em um batismo.”
– Pierre-Joseph Proudhon

O rebanho desorientado representa um problema. Temos de impedir que saia por aí urrando e pisoteando tudo. Temos de distraí-lo. Ele deve assistir aos jogos de futebol, ás séries cômicas ou aos filmes violentos. De vez em quando o convoca a entoar slogans sem sentido como “Apoiem nossas tropas.” Você tem de mante-lo bem assustado e amedrontado com todo tipo de demônio interno, externo ou sabe-se lá de onde que virá destruí-lo, ele pode começar a pensar, oque é muito perigoso, porque ele não é preparado para pensar. Portanto, é importante distraí-lo e marginalizá-lo.
-Noam Chomsky

“Há indivíduos fortes, inteligentes, apaixonados, […] que, encontrando-se por acaso entre os oprimidos, querem, a qualquer custo, emancipar-se e não se ofendem em transformar-se em opressores: indivíduos que, sentido-se prisioneiros na sociedade atual, chegam a desprezar e a odiar toda a sociedade, e ao sentir que seria absurdo querer viver fora da coletividade humana, buscam submeter todos os homens e toda a sociedade à sua vontade e à satisfação de seus desejos. Às vezes, quando são pessoas instruídas, consideram-se super-homens. Não se sentem impedidos por escrúpulos, querem “viver suas vidas”. Ridicularizam a revolução e toda aspiração futura, desejam gozar o dia de hoje a qualquer preço, e à custa de quem quer que seja; sacrificariam toda a humanidade por uma hora de “vida intensa” (conforme seus próprios termos).
Estes são rebeldes, mas não anarquistas.
[…]
Pode ocorrer algumas vezes que, nas circunstâncias dinâmicas da luta, os encontremos ao nosso lado, mas não podemos, não devemos e nem desejamos ser confundidos com eles. E eles sabem muito bem disso. Contudo, muitos deles gostam de chamar-se anarquistas. É certo – e também deplorável.”
– Errico Malatesta(Anarquismo e Anarquia.)

“Votar significa abrir mão do próprio poder.
Eleger um senhor, ou muitos senhores, seja por longo ou curto prazo, significa entregar a outra pessoa a própria liberdade. Chamado monarca absoluto, rei constitucional ou simplesmente primeiro ministro, o candidato que levamos ao trono, ao gabinete ou ao parlamento sempre será o nosso senhor. São pessoas que colocamos “acima” de todas as leis, já que são elas que as fazem, cabendo-lhes, nesta condição, a tarefa de verificar se estão sendo obedecidas. Votar é tão tolo quanto acreditar que os homens comuns como nós, sejam capazes, de uma hora para outra, num piscar de olhos, de adquirir todo o conhecimento e a compreensão a respeito de tudo. E é exatamente isso que acontece. As pessoas que elegemos são obrigadas a legislar a respeito de tudo o que se passa na face da terra: como uma caixa de fósforos deve ou não ser feita, ou mesmo se o país deve ou não guerrear; como melhorar a agricultura, ou qual deve ser a melhor maneira para exterminar um povoamento de indígenas ou de negros. É muito provável que se acredite que a inteligência destas pessoas cresça na mesma proporção em que aumenta a variedade dos assuntos com os quais elas são obrigadas a tratar. Porém, a história e a experiência mostram-nos o contrário. O poder exerce uma influência enlouquecedora sobre quem o detém e os parlamentos só disseminam a infelicidade. Nas assembleias acaba sempre prevalecendo fatalmente a mediocridade. Votar significa formar traidores, fomentar o pior tipo de deslealdade. Certamente os eleitores acreditam na honestidade dos candidatos e isto perdura enquanto durar o fervor e a paixão pela disputa. Todo dia tem seu amanhã. Da mesma forma que as condições se modificam, o homem também se modifica. Hoje seu candidato se curva à sua presença; amanhã ele o esnoba. Aquele que vivia pedindo votos transforma-se em seu senhor. Como pode um trabalhador, que você colocou na classe dirigente, ser o mesmo que era antes já que agora ele fala de igual para igual com os opressores? Repare na subserviência tão evidente em cada um deles depois que visitam um importante industrial, ou mesmo o Rei em sua ante-sala na corte! A atmosfera do governo não é de harmonia, mas de corrupção. Se um de nós for enviado para um lugar tão sujo, não será surpreendente regressarmos em condições deploráveis. Por isso, não abandone sua liberdade. Em vez de incumbir os outros pela defesa de seus próprios interesses, decida-se: Não vote, aja! Em vez de tentar escolher mentores que guiem suas ações futuras, seja seu próprio condutor. E faça isso agora! Homens convictos não esperam muito por uma oportunidade. Colocar nos ombros dos outros a responsabilidade pelas suas ações é covardia.”
– Élisée Reclus

A liberdade é uma abstração!
Diga-me qual é a sua tribo e eu direi qual é a sua clausura!
Só há liberdade se sua vida for produzida por você mesmo.
O máximo de liberdade que o ser humano pode aspirar é escolher a prisão no qual quer viver!
– Baruch Spinoza

“A ideia central do anarquismo é a eliminação da violência da vida social,é a organização das relações sociais fundamentada na liberdade do indivíduo,sem intervenções autoritárias.
Por isso somos inimigos do estado,que é a organização coercitiva e violenta da sociedade.
_____ Malatesta

O que torna os movimentos verdadeiramente populares tão fortes é que, produtos de uma grande paixão unânime, seduzem toda a gente, tanto os fracos como os fortes, as mulheres, as crianças, os velhos, assim como os jovens e os homens maduros, pois a própria ausência de qualquer ordem formal e de qualquer regra artificial, imposta por uma autoridade superior, torna possível esta participação ao movimento geral, de todas as idades e de todos os sexos; enquanto que a repressão definitiva das forças populares, constantemente a desaparecer e a renascer, torna-se por isso mesmo
quase impossível.
– MIKHAIL BAKUNIN

capacidade de lembrar-se e raciocinar corretamente não sofre redução perceptível; (2) as percepções visuais tornam-se grandemente intensificadas, deslingando-se o percebido (senso) descrição conceptual automática, reduzindo-se também o interesse por exploração do espaço; (3) reduz-se a inquietação e a atividade motora voluntária; (4) Ocorrem percepções sucessivas e simultâneas do exterior / interior insenta de angústias.
– Aldous Huxley sobre a Mescalina(alucinógeno natural extraível do cacto peiote)

“O único tirano que aceito neste mundo é a voz interior, suave e serena. “
– Mahatma Gandhi

“A única igreja que ilumina é a que queima.”
— Priotr Kropotkin

“A politica não me interessa
O voto? – Nem secreto, nem masculino, nem feminino.
O voto secreto? – A confissão publica da covardia, a confissão publica da incapacidade de ostentar a espinha dorsal em linha reta, a confissão publica do servilismo e da fidelidade aviltante de uns, do dominismo das mediocracias legalmente organizados.
Democracia? – Ferrero a definiu: “este animal cujo ventre é imenso e a cabeça insignificante”…
O voto não é a necessidade natural da espécie humana: é uma das armas do vampirismo social. Se tivéssemos os olhos abertos, chegaríamos a compreender que o rebanho humano vive a balar a sua inconsciência, aplaudindo á minoria parasitaria que inventou a e representa a “tournée” da teatralidade dos governos, da política, da força armada, da burocracia de afiliados – para complicar a vida cegando aos incautos, afim de explorar a todo o gênero humano em proveito de interesses mascarados nos ídolos do patriotismo, das bandeiras, da defesa sagrada dos nacionalismo e das fronteiras, da honra e da dignidade dos povos…”
_____ Maria Lacerda de Moura

Você não é seus pensamentos. Você é aquele que decide o que fazer com o que surge na sua mente!
– EuSouVcEmMimNós

“Marx assinalou que, entre o domínio do capitalismo e a organização final de uma humanidade livre, haveria um período de transição no qual o proletariado seria dono da sociedade, mas a burguesia ainda não teria desaparecido. Ele denominava esse período ditadura do proletariado. Na sua época esta palavra ainda não tinha a repercussão sinistra que lhe deram os modernos sistemas de despotismo, e não podia ser utilizada equivocadamente para designar a ditadura de um partido no poder, como ocorreu na Rússia. Significava apenas que o poder dominante sobre a
sociedade passava da classe capitalista à proletária. Posteriormente, pessoas imbuídas da concepção do parlamentarismo tentaram materializar esta ideia suprimindo o direito das classes possuidoras de formar grupos políticos. É evidente que esta violação do sentimento instintivo da igualdade de direitos entrava em contradição com a democracia. Vemos hoje que a organização dos conselhos põe em prática o que Marx antecipou em teoria e que, naquela época, ainda não podia ser concebida na prática. Quando os próprios produtores organizam a produção, a antiga classe exploradora fica automaticamente excluída da participação nas decisões, sem necessidade de processo nem julgamento. A concepção marxiana da ditadura do proletariado se mostra idêntica a democracia proletária da organização dos conselhos.”
– Anton Pannekoek (Conselhos Operários, 1934)

“Religião é um insulto à dignidade humana. Com ou sem ela teríamos pessoas boas fazendo o bem e pessoas más fazendo o mal. Mas para pessoas boas fazerem coisas más é necessária a religião.”

– Steven Weinberg (físico ganhador do Prêmio Nobel)

“Para o Estado, é indispensável que ninguém tenha uma vontade própria. Se alguns a possuíssem, seria preciso excluí-los, prendê-los ou bani-los. Se todos a possuíssem, o Estado acabaria.”
Max Stirner – O ego e o que a ele pertence

“De todas as teorias, a Anarquia é a única a proclamar que a sociedade deve estar ao serviço do homem e não o homem ao serviço da sociedade. O único fim legítimo da sociedade é o de acudir ás necessidades do indivíduo e de o ajudar a realizar os seus projetos. Só então ela se justifica e participa no progresso da civilização e da cultura. Eu sei que os representantes dos partidos políticos e os homens que lutam selvaticamente pelo poder me classificarão de anacronismo incorrigível. Pois bem, eu aceito alegremente esta acusação. É para mim um conforto saber que a sua histeria é falha de paciência e que os seus elogios são sempre temporários. O homem deseja libertar-se de todas as formas de autoridade e de poder e não serão os discursos fragorosos que o impedirão de quebrar sempre as suas grilhetas. Os esforços do homem devem prosseguir e prosseguir-se-ão.”
Emma Goldman

“As pessoas se intoxicam com o trabalho, então não percebem como realmente são.”
– Aldous Huxley

”Exceto o louco, todo homem é capaz de razão e de vontade. Mas muitos não escutam mais que suas paixões e não têm mais que caprichos. Entre eles se encontram os que têm a pretensão de mandar.”
— Han Ryner

“Os anarquistas […] sempre acreditaram que o controle sobre a própria vida produtiva é a condição sine qua non de toda libertação humana verdadeira, de fato de toda prática democrática significativa. Portanto, enquanto houverem cidadãos estando obrigados a alugarem a si próprios no mercado de mão de obra para quem interesse empregá-los em seus negócios, enquanto a função do produtor estiver limitada a ser utensílio subordinado, existirão elementos coercitivos e de opressão francamente escandalosos, condições tais que não permitem nem sequer falar em democracia, se é que há sentido em fazê-lo todavia.”
Noam Chomsky

“Fascismo deveria ser chamado corporatismo, porque é a fusão entre o estado e o poder corporativo.”
– Benito Mussolini

“os anarquistas almejam a abolição de todos os monopólios econômicos, e a propriedade coletiva da terra e de todos os meios de produção, para que estejam a disposição de todos sem distinção; a liberdade pessoal e social é concebível apenas em uma base de igualdade econômica para todos.

Dentro do movimento socialista os anarquistas adotam o ponto de vista de que a guerra contra o capitalismo precisa ser ao mesmo tempo uma guerra contra todas as instituições que representam alguma forma de poder político, pois a história da exploração econômica sempre andou lado a lado com a opressão política e social. A exploração do homem pelo homem e a dominação do homem sobre o homem são inseparáveis, uma não existe sem a outra.”
– RUDOLF ROCKER

“Mais crimes são cometidos em nome da obediência do que da desobediência. O perigo real são as pessoas que obedecem cegamente qualquer autoridade”
– Banksy

Nós fomos “programados” biologicamente, fisicamente, e, também, “programados” mentalmente, intelectualmente. Devemos estar cientes de que fomos programados como um computador. Os computadores são programados por especialistas para produzirem os resultados que eles desejam. O homem foi programado para ser católico, protestante, para ser italiano ou inglês, e assim por diante. Durante séculos ele foi programado – para acreditar para ter fé, para seguir certos rituais, certos dogmas; programado para ser nacionalista e ir à guerra. Desse modo, o seu cérebro tornou-se tal como um computador, embora não tão capaz, porque o seu pensamento é limitado. Perceba o que isso significa: isso significa que você não é mais um indivíduo. Isso é muito duro de aceitar, porque nós fomos programados religiosamente para pensar que temos almas separadas de todos os demais. Sendo programado, o nosso cérebro trabalha do mesmo modo há muitos séculos. Temos que aprender a ver as coisas como elas são na realidade – não como fomos programados para olhar!!!
– Krishnamurti ****Desprograme-se****

A Utopia Anarquista
“Os Utopianos praticam um sistema tendencialmente igualitário de repartição dos bens sociais”. Essa afirmativa introdutória retrata uma sociedade em que o bem social é o principal objetivo do suposto “sistema” em questão. Criando um paralelismo, o Anarquismo surge subjetivamente acoplado na essência da obra, visto que tal movimento visa primordialmente a cooperação mútua e abolição das hierarquias do poder. O Anarquismo visa o fim daquele mesmo homem satirizado por Nietzsche em sua obra “Significado de bem e mal”. Uma utopia que tem como base o aniquilamento de uma escala hierárquica e de uma profunda diferenciação de valor de homem a homem.
Tal organização social emerge em meio a uma sociedade à beira do total colapso, que subverteu seus valores e transgrediu sua essência, pois na atual conjuntura o próprio indivíduo deve se adaptar a sociedade em que vive, e não o contrário como se prevê. Busca-se uma sociedade exemplar, que parte do presente em busca de um futuro universalmente cômodo, aprazível a todos e humanístico- no sentido real da palavra. A autogestão é um dos principais temas elencados por More, e que condiz substancialmente com a ideologia do Anarquismo. A autogestão é caracterizada pela autonomia e distribuição de tarefas de modo que inexista o ócio e que todos obtenham o necessário para o prazer espiritual e corpóreo. Essa doutrina surgiu na metade do século XIX, um dos seus principais precursores foi teórico Pierre-Joseph Proudhon, sua afirmação mais conhecida é que a propriedade é roubo, exposta em sua principal obra “O que é Propriedade?”. More acredita que não pode haver a felicidade mútua e uma distribuição justa das riquezas, a menos que inexista a propriedade, que todos tenham apenas o necessário para viver dignamente e igualitariamente. A utopia deixa de ser uma idealização para se tornar realidade quando acreditamos na capacidade de transformação do homem, quando aceitamos essa metamorfose intrínseca e a partir daí constatamos o resultado externamente. É como uma criança que está se adaptando com outras, ela percebe a ação de outrem e vai se adequando, assim ocorre quando mudamos, é uma evolução gradativa, porém gratificante.
– EuSouVcEmMimNós

“A minha pátria é o mundo, e a minha religião a prática do bem”
– Thomas Paine

“”A única alternativa é a utopia ou o caos. (…) os sintomas do desmonte da civilização podem ser vistos por todas as partes e são bem mais agudos que os que se perceberam nos últimos anos do império romano. Por outro lado, nem todos estes sintomas são necessariamente patológicos. O mundo contemporâneo se vê afetado por duas tendências opostas: uma que tende a sua destruição social, outra que anuncia o nascimento de uma nova sociedade”
— Kenneth Rexroth

“Detesto o comunismo porque trata-se da negação da liberdade e eu não posso conceber nada humano sem a liberdade. Não sou comunista ainda porque o comunismo concentra e absorve todas as forças da sociedade nas mãos do Estado, enquanto eu quero a abolição do Estado – a extirpação radical da autoridade e da tutela do Estado, que, sob o pretexto de moralizar e civilizar os homens, até hoje só os aviltou, oprimiu, explorou e depravou. Quero a organização da sociedade e da propriedade coletiva ou social de baixo para cima, pelo caminho da livre associação, e não de cima para baixo, por meio de qualquer autoridade seja ela qual for. É nesse sentido que eu sou coletivista e de nenhuma maneira comunista”.
– Bakunin

Anarquia e ordem, caos e a sociedade atual.
_____ EuSouVcEmMimNós

“Um grama de ação vale mais do que uma tonelada de teoria.”
― Friedrich Engels

A autoridade corrompe o líder e o seguidor

A autoconsciência é trabalhosa, e desde que a maioria de nós prefere um modo fácil, ilusório, nós criamos a autoridade que dá forma e padrão à nossa vida. Esta autoridade pode ser o coletivo, o Estado; ou pode ser o pessoal, o Mestre, o salvador, o guru. A autoridade de qualquer espécie é ofuscante, ela traz negligência; e como a maioria de nós considera que ser reflexivo é ter dor, nos entregamos à autoridade. A autoridade engendra poder, e o poder sempre se torna centralizador e, portanto, completamente corruptor; ele corrompe não só o manipulador do poder, mas também aquele que o segue. A autoridade do conhecimento e da experiência é perversora, esteja investida no Mestre, seu representante ou o sacerdote. É sua própria vida, este conflito aparentemente infindável, que é significativa, e não o padrão ou o líder. A autoridade do Mestre e o sacerdote afastam você do ponto central, que é o conflito dentro de você mesmo.
– J. Krishnamurti, The Book of Life

Liberdade é algo físico e abstrato,ao mesmo tempo exterior e interior.Há prisões de concreto e de pensamentos/sentimentos.Os filósofos costumam dizer que ter a mente livre é tomar como duvidoso e mutável tudo o que assim parece ser,e tomar como verdadeiro apenas o que evidentemente não pode ser contestado.E na nossa liberdade física,moldada pelo Estado,há muito o que cobrar e contestar.
– Desconhecido

“Os anarquistas estão certos , na negação da ordem existente,. Erram somente em pensar que a anarquia possa ser instituída por uma revolução. Ela vai ser instituída somente quando houver mais e mais pessoas que não exigem a proteção do poder público . Só poderá haver uma revolução permanente se esta for uma revolução moral: a regeneração do homem interior.”
– Leon Tolstoi

“Como nunca fue genial, no tuvo enemigos”
– Oscar Wilde

“Eu tendo a idéia anarquista (…), que devemos nos unir e pensarmos, como nos preocupar com todos através do trabalho em equipe.”
— Richard Stallman

“Todas as tiranias exercem o controle através da força e da mentira, mas quando a mentira é exposta, eles dependem exclusivamente da força.”
– George Orwell

Todos os partidos são variantes do absolutismo. Não fundaremos mais partidos; o Estado é o seu estado de espírito.
– Raul Seixas

“A única forma de lidar com um mundo que não valoriza sua liberdade, é tornar-se tão absolutamente Livre que o mero fato de você existir já representa um ato de rebelião”.
– Albert Camus

“O melhor governo é o que não governa em absoluto.”
– Henry David Thoreau

“Os grandes só nos parecem grandes porque estamos de joelhos. Levantemo-nos.”
― Pierre-Joseph Proudhon

“Queres fazer impossível que alguém oprima a seu semelhante? Então te assegura que ninguém possua o poder.”
— Gregori Maximoff

“É melhor morrer de pé do que viver de joelhos.”
— Emiliano Zapata

“A virtude pode florescer somente entre os iguais.”
— Mary Wollstonecraft, Reivindicação dos direitos dos homens (1790)

“Nossa Pátria é o mundo inteiro, nossa Lei é a Liberdade.”
Pietro Gori, Canção anarquista de fins do século XIX

“Ao menino de 1918 chamavam anarquista. Porém meu ódio é o melhor de mim. Com ele me salvo e dou a poucos uma esperança mínima.”
— Carlos Drummond de Andrade, A flor e a náusea (1945)

“Não é porque imaginamos os homens melhores do que são, que falamos de comunismo e anarquia. Se existissem anjos entre nós, poderíamos confiar-lhes a tarefa de nor organizar. E ainda assim os chifres cresceriam neles muito rápido! Mas é precisamente porque vemos os homens tais como são, que concluímos: “Não confiai-lhes a responsabilidade de vos governar. Tal ministro abjeto seria, talvez, um excelente homem se não lhe tivessem dado o poder. O único meio de chegar à harmonia dos interesses é a sociedade sem exploradores, sem governantes. Precisamente porque não existem anjos entre os homens, dizemos: fazei de tal modo que cada homem veja seu interesse nos interesses dos outros, então, não tereis mais a temer suas más paixões.”
-Piotr Kropotkin

“Estamos usando nosso cérebro de maneira excessivamente disciplinada, pensando só o que é preciso pensar, o que se nos permite pensar.”
— José Saramago, Palestra “Literatura e poder. Luzes e sombras”, Universidade Carlos III, Madrid, Espanha (2004)

“Me tornei um anarquista apenas recentemente. Não o era até a metade de 1891 quando me lancei no movimento revolucionário. Antes, eu vivi nos meios sociais que estavam permeados com a moralidade vigente. Me acostumei a respeitar e mesmo compartilhar dos princípios de nação, família, autoridade e propriedade. Mas aqueles que estão educando a geração atual, quase todos se esqueceram de uma coisa – que a vida é indiscreta com suas lutas e conflitos, suas injustiças e desigualdades, vejo que é assim que a venda é removida dos olhos do ignorante (…) A mim, me foi dito que essa vida era fácil e amplamente aberta às pessoas inteligentes, e a experiência me mostrou que só os cínicos e os lacaios podem conseguir um bom assento no banquete.”
— Émile Henry, A defesa de um terrorista (1893)

“Somente os anarquistas haverão de saber que somos anarquistas e lhes pediremos que não se chamem assim para que não assustem os imbecis.”
— Ricardo Flores Magón

”A anarquia ostenta duas faces. A de Destruidores e a de Criadores. Os Destruidores derrubam impérios, e com os destroços, os Criadores erguem Mundos Melhores.”“
— Alan Moore, V de Vingança (1983)

“Na casa de um rico não há lugar para se cuspir, a não ser em sua cara.”
— Diógenes de Sínope

“Não devemos perder de vista que a religião era uma das melhores armas nas mãos de nossos tiranos, um de seus dogmas primordiais era: ‘Dai a César o que é de César’. Mas nós derrubamos César do trono e não queremos dar-lhe mais nada.”
— Donatien Alphonse François de Sade

“A única alternativa é a utopia ou o caos. (…) os sintomas do desmoronar da civilização podem ser vistos por todas as partes e são bem mais agudos que aqueles percebidos nos últimos anos do império romano. No entanto, nem todos estes sintomas são necessariamente patológicos. O mundo contemporâneo se vê afetado por duas tendências opostas: uma que tende a sua destrução social, a outra que anuncia o nascimento de uma nova sociedade.”
— Kenneth Rexroth

“Somos anarquistas e defendemos a Anarquia sem adjetivos. Anarquia é um axioma e a questão econômica é algo secundário. Alguns nos dirão que é por causa da questão econômica que a Anarquia é uma verdade; mas acreditamos que ser anarquista significa ser inimigo de toda autoridade e imposição e, por conseqüência, seja qual for o sistema proposto a melhor defesa da anarquia, não desejando impô-la sobre aqueles que não o aceitam.”
— Fernando Tarrida del Mármol, Letter to Le Révolte, 1890.

Socialismo é um termo fundamentado por Orwel e Saint Simon, no qual eles definiram o socialismo como o regime de justiça social sem coerção e com total apreço as valorações individuais e coletivas de um ser. Estes foram chamados de socialistas utópicos Felipe Santana, os anarquismo é um vertente do socialismo que surgiu com Proudhon e Bakunin, Proudhon foi o primeiro a se dizer corajosamente anarquista, onde defendia o mutualismo e o federalismo, que são valorações coletivas e individuais de um ser, que preza o bem social e a justiça social, além de ser aquele que deu forma concreta ao termo “capitalismo” como a exploração da classe trabalhadora. Proudhon é o percursor do pensamento antagônico social do socialismo e capitalismo. Bakunin se baseando nas concepções federalistas de Proudhon foi além e concebeu uma práxis revolucionária anarquista, na qual ele chama de Revolução Social Anarquista ou então Revolução Violenta, donde o mesmo afirma que destruição do Estado servirá para a implantação de um socialismo de liberdade igualdade e justiça. O socialismo no qual vocês estão criticando é aclamado como marxismo-leninismo ou então bolchevismo, que se baseia em uam teoria partidaria revolucionária hierárquica. O que existe é uma hegemonia do termo socialismo para somente essa vertente do pensamento revolucionário social, mas a verdade é que o anarquismo é fundamentado em práticas socialistas, e as práticas socialistas como um todo não são hegemonia leninista. O socialismo não é uma práxis revolucionária, é um pensamento social de “costas largas”, tentei explicar isso fazendo todo um resgate histórico do socialismo e do anarquismo. No entanto se quiserem continuar a estudar lhes recomendo livros do Felipe Correa ou do Wan der Vaart. No socialismo hegemônico, aquele difundido pela mídia como o “único” socialismo tem estado e hierarquia. O anarquismo é um socialismo. Pertencente a corrente socialista libertária.
– Guilherme Wagner

“Liberdade! Salve a Liberdade e a Liberdade salvará tudo mais!”
— Victor Hugo

“Nunca sacrificou o homem voluntariamente sua liberdade em benefício público! A natureza não criou nem servo, nem senhor! Jamais quis dar ou aceitar leis! Com suas mãos trançaria as entranhas de um padre tal qual corda para estrangular reis.”
— Denis Diderot, “Les Éleuthéromanes”, em Poésies Diverses (1875)

“O anarquismo é realmente um sinônimo de socialismo. O anarquista é primeiramente um socialista cujo objetivo é a abolição da exploração do homem pelo homem. Em vez da “planificação central”, os anarquistas advogam pela livre associação e se opõem ao socialismo “de estado” como uma forma de capitalismo “de estado”“
— Daniel Guérin

Os homens dizem amar a liberdade, mas, de posse dela, são tomados por um grande medo e fogem para abrigos seguros. A liberdade dá medo. Os homens são pássaros que amam o vôo, mas têm medo dos abismos. Por isso abandonam o vôo e se trancam em gaiolas.
Somos assim : sonhamos o vôo mas tememos a altura . Para voar é preciso ter coragem para enfrentar o terror do vazio. Porque é só no vazio que o vôo acontece. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Mas é isso o que tememos: o não ter certezas. Por isso trocamos o vôo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram.
É um engano pensar que os homens seriam livres se pudessem, que eles não são livres porque um estranho os engaiolou, que eles voariam se as portas estivessem abertas. A verdade é oposto. Não há carcereiros. Os homens preferem as gaiolas aos vôos. São eles mesmos que constroem as gaiolas em que se aprisionam…”
_____ Fiódor Dostoievsky

“A rebeldia aos olhos de qualquer pessoa que tenha estudado um pouco de História, é a virtude original do ser humano.”
― Oscar Wilde

“Aumentar, crescer, conquistar, a qualquer preço, é uma tendência fatalmente inerente a todo Estado, qualquer que seja sua extensão, sua fraqueza ou sua força, porque é uma necessidade de sua natureza.
O que é o Estado senão a organização da força; mas é da natureza de toda força não pode suportar nenhuma outra, – nem superior, nem igual -, não podendo a força ter outro objetivo senão a dominação, e a dominação só é real quando tudo o que a entrava lhe está subjugado. Uma força só suporta outra quando a isso é obrigada, quer dizer, quando se sente impotente para destruí-la ou derrubá-la. O simples fato de haver uma força igual é a negação de seu princípio e uma ameaça perpétua à sua existência, pois é manifestação e prova de sua impotência. Consequentemente, entre todos os Estados que existem, um ao lado do outro, a guerra é permanente e a paz apenas uma trégua.”
– jMikhail Bakunin

“Sê a mudança que queres ver no mundo”!
– Gandhi

“Anarquismo não é uma fábula romântica mas a realização consciente, baseada em cinco mil anos de experiência, de que não podemos confiar o gerenciamento de nossas vidas à reis, padres, políticos, generais e executivos”
— Edward Abbey, A Voice Crying in the Wilderness (1989)

“É a democracia, tal como a conhecemos, a melhor possibilidade em matéria de governo? Não é possível dar um passo mais em direção ao reconhecimento e a organização dos direitos do homem? Nunca poderá haver um Estado realmente livre e iluminado até que não se reconheça ao indivíduo como poder superior independente de quem deriva e a quem lhe cabe sua própria autoridade, e, em consequência, lhe de o tratamento correspondente.”
— Henry David Thoreau

“As leis e as constituições que pela violência governam aos povos são falsas. Não são filhas do estudo e do comum ascenso dos homens. São filhas de uma minoria bárbara, que se apoderou da força bruta para satisfazer sua ganância e sua crueldade.”
— Rafael Barrett

“Anarquista é, por definição, aquele que não quer ser oprimido, nem deseja ser opressor; é aquele que deseja o máximo bem-estar, a máxima liberdade, o máximo desenvolvimento possível para todos os seres humanos.”
— Errico Malatesta

“O mundo não é. O mundo está sendo. Como subjetividade curiosa, inteligente, interferidora na objetividade com que dialeticamente me relaciono, meu papel no mundo não é só o de quem constata o que ocorre, mas também o de quem intervém como sujeito de ocorrências. Não sou apenas objeto da História, mas seu sujeito igualmente. No mundo da História, da cultura, da política, constato não para me adaptar, mas para mudar”.
– Paulo Freire

“Alguns dizem que o Anarquismo não é socialismo. Isto é um erro. O anarquismo é socialismo voluntário. Existem dois tipos de Socialismo: o arquista e o anarquista, o autoritário e o libertário, o ‘de estado’ e o livre.”
— Joseph Labadie

Nossa meta é chegar a esse estado ideal de perfeição em que as nações não precisam mais estar sob a proteção de um governo ou de outra nação; e a ausência de governo é a anarquia, a mais alta expressão da ordem. Aqueles que pensam que a Terra poderia um dia precisar de autoridade, não acreditem nestes “progressos reais” , estes são reacionário.
– Elisée Reclus

“As revoluções sangrentas são freqüentemente necessárias, graças à estupidez humana, e, no entanto, jamais deixam de ser um erro, um erro monstruoso e um grande desastre, não só para suas vítimas como para a pureza e a perfeição das causas que se propõem defender”.
– Mikhail Bakunin

“Quanto mais o homem se torna consciente, através da reflexão, da sua condição servil, quanto mais ele se indigna com ela, mais o espírito anarquista da liberdade se aviva dentro dele. Esta é uma verdade dentro de cada homem e de cada mulher, mesmo que talvez eles nunca tenham ouvido antes a palavra “anarquismo”.”
— Nestor Makhno, O ABC do Anarquista Revolucionário (1932).

“Uma ideia nova nunca pode caminhar dentro da lei. Pouco importa se esta idéia diz respeito às mudanças políticas ou sociais, ou a qualquer outro domínio de pensamento e expressão humana – a ciência, literatura, música; na realidade, tudo aquilo que se direciona a liberdade, regozijo e à beleza, tem que se negar a caminhar dentro da lei. Como poderia ser diferente? A lei é estacionária, fixa, mecânica, ‘uma roda de biga’ que esmaga tudo pela frente, sem levar em conta a hora, lugar e condições, sem levar em conta causa e efeito, sem nunca entrar nas minúcias da alma humana.”
— Emma Goldman

“Se as gravadoras não levam meu trabalho para as rádios, se ele não toca em nenhum lugar, para que eu faço música? Não tive e nem vou ter nenhum retorno financeiro com minha obra, mas meu prazer, minha alegria, continua sendo tocar. Por isso, as minhas músicas eu quero mais é que sejam pirateadas. Quero mais é que as pessoas toquem, ouçam, a conheçam. E pra mim, quem reclama da pirataria é quem faz música apenas para vender. Meu valor não são as notas de dinheiro. São as notas musicais”
– Hermeto Pascoal

A consciência é bem mais que um espinho, ela é o punhal na carne.
– Cioran

“Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Esta minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e por-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana.”
— Mikail Bakunin

“As grandes renovações nunca vêm de cima: vêm sempre de baixo. Assim como as árvores não crescem nunca do céu para o chão e sim do chão para o céu, embora as sementes tenham um dia caído de cima.”
— Carl Jung

“As ruínas não nos assustam nenhum pouco. Vamos herdar a terra. Não há menor dúvida quanto a isso. A burguesia pode derrubar e converter em ruínas seu próprio mundo antes que abandone a cena da história. Levamos um mundo novo em nossos corações, um mundo que está crescendo neste instante.”
— Buenaventura Durruti

“A luta deles é para segregar, a nossa luta é para unificar. Nossa luta não é a luta do contrapoder: é a luta do antipoder.”
— John Holloway

“A minha pátria é o mundo, e a minha religião a prática do bem. “
– Thomas Paines

Quem tem Senhor é escravo. O pior tipo de escravidão, que é o mais dissimulado, é a escravidão mental: nela, o escravo, não desconfia que é prisioneiro, pois as correntes são invisíveis. Estes grilhões são os preconceitos e mitos criados em épocas aonde a maior parte das pessoas eram analfabetas e submissas, sem nenhum conhecimento científico nem capacidade de raciocínio autônomo.
– Desconhecido

A propriedade do Estado é a miséria da nação real, do povo; a grandeza e o poderio do Estado resultam da escravidão do povo. O povo é, de resto, o inimigo natural e legítimo do estado; e como ele se submete, o que aliás acontece muitas vezes, às autoridades, todo o poder se lhe torna odioso. O Estado não é Pátria: é a abstração, a ficção metafísica, jurídica, mística e política da Pátria. As massas populares de todos os países amam, profundamente, a sua pátria, mas este amor é natural, real.O patriotismo do povo não é uma idéia mas um fato; o patriotismo político, o amor ao Estado, não é a expressão concreta e adequada deste fato, mas a sua expressão desnaturada por intermédio de uma abstração da qual é de desconfiar e sempre em proveito de uma minoria exploradora. A Pátria, a nacionalidade como individualidade é um fato natural e nacional, fisiológico e histórico simultaneamente e, por isso, não é um princípio abstrato e idealizado; não se pode chamar um princípio humano senão àquilo que é universal e , portanto, comum a todos os homens, mas, neste caso, a nacionalidade separa-os: a pátria não é portanto um princípio. O que é princípio é sim, por outro lado, o respeito que cada um deve ter pelos naturais, reais ou sociais; ora a nacionalidade, é um destes fatos, por ser individualidade e nós devemos respeitá-la.

– Bakunin

“Eh, bem, se os governantes podem usar contra nós rifles, correntes e prisões, nós devemos, nós os anarquistas, para defendermos nossas vidas, devemos nos ater às nossas premissas? Não. Pelo contrário, nossa resposta aos governantes será a dinamite, a bomba, o estilete, o punhal. Em uma palavra, temos que fazer todo o nosso possível para destruir a burguesia e o governo. Vocês que são representantes das companhias burguesas, se vocês querem minha cabeça, venham buscá-la!”
Sante Geronimo Caserio

“A liberdade de eleições permite que você escolha o molho com o qual será devorado.”
— Eduardo Galeano

“Uma vez que se pensava que o governo era necessário e que sem o governo só poderia haver desordem e confusão, é natural e lógico que a anarquia, que significa ausência de governo, deve soar como ausência de ordem”.
– Errico Malatesta

“O primeiro homem que, havendo cercado um pedaço de terra, disse “isso é meu”, e encontrou pessoas tolas o suficiente para acreditarem nas suas palavras, este homem foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras e assassínios, de quantos horrores e misérias não teria poupado ao gênero humano aquele que, arrancando os marcos, ou tapando os buracos, tivesse gritado aos seus semelhantes: Livrem-se de escutar esse impostor; pois estarão perdidos se esquecerem que os frutos são de todos, e a terra de ninguém!”
— Jean Jacques Rousseau, O contrato social (1762)

“Partidos Políticos parecem tanto uns com os outros, que somente lhes pondo cores, podemos reconhecer!”
Rafael Barrett

“A alma feminina jaz adormecida dentro dos trapos, das jóias, do império da moda – a eterna sultana desse harém de civilizados que ainda compram, vendem, exploram, seduzem, abandonam por imprestável a mesma mulher, cuja posse exclusiva consiste a sua preocupação única. É deprimente a situação da mulher neste meio de cafetismo social em que os homens não sabem olhar uma mulher senão desrespeitando-a.”
— Maria Lacerda de Moura, Religião do amor e da beleza (1926)

“Quem semeia miséria, colhe fúria.”
— Anônimo, Pichação nas ruas de Paris (2006)

“A melhor forma de votar é arrancar as pedras da calçada e lançá-las nas cabeças dos políticos”
— Anônimo, Pichação nas ruas de Paris (2006)

“Entre nós, revolucionários, um fenômeno deve realizar-se; nós devemos conseguir compreender com perfeita retidão e sinceridade todas as idéias daqueles que combatemos; devemos fazê-las nossas, mas para dar-lhes seu verdadeiro sentido. Todos os raciocínios de nossos interlocutores, retardados pelas teorias ultrapassadas, classificam-se naturalmente em seu verdadeiro lugar, no passado, não no futuro. Eles pertencem à filosofia da história.”
— Élisée Reclus

“Achamos difícil ficar sozinho sem qualquer actividade. Isso significa que não é fácil tolerar a nossa consciência. Diferentes tipos de entretenimento são criados para nos permitir escapar de nós mesmos. É preciso coragem para permanecer sozinho e se enfrentar.”
— Sri Nisargadatta Maharaj

“Anarquismo, para mim, significa não só a negação da autoridade, nem também uma nova economia, mas uma revisão dos princípios de moralidade. Significa o desenvolvimento da individualidade bem como a asserção da invididualidade. Significa auto-responsabilidade, e a não adoração de líderes.”
— Voltairine de Cleyre, Em defesa de Emma Goldman e o direito de expropriação (1893).

“Livrem-se das velhas categorias do negativo (a lei, o limite, as castrações, a falta, a lacuna) que por tanto tempo o pensamento ocidental considerou sagradas, como forma de poder e modo de acesso à realidade. Prefiram o que é positivo e múltiplo, a diferença à uniformidade, os fluxos às unidades, os agenciamentos móveis aos sistemas.”
— Michel Foucault, Introdução de ‘O Antiédipo’

“Ocorre que não é preciso buscar aquilo que já temos. Assim, se pensamos ter o conhecimento, também pensamos não precisar buscá-lo. Daí porque, se estamos iludidos a esse respeito, essa ilusão é o maior bloqueio para a obtenção do conhecimento. Como já disse alguém, não há melhor prisão do que aquela que não se parece com uma prisão.”
— Júlio César Burdzinski

Nós já o repetimos: sem organização, livre ou imposta, não pode existir sociedade; sem organização consciente e desejada, não pode haver nem liberdade, nem garantia de que os interesses daqueles que vivem em sociedade sejam respeitados. E quem não se organiza, quem não procura a cooperação dos outros e não oferece a sua, em condições de reciprocidade e de solidariedade, põe-se necessariamente em estado de inferioridade e permanece uma engrenagem inconsciente no mecanismo social que outros acionam a seu modo, e em sua vantagem.
– Errico Malatesta, em ” A Organização das Massas Operárias Contra o Governo e os Patrões”, Itália, 1897.

“Um povo acostumado a ser livre é impossível dominar. Ele sempre se lembrará das suas instituições e não aceitará o jugo do príncipe. Neste caso só há uma solução: destruir o Estado para não ser destruído”.
– Nicolau Maquiavel

“Se a educação não for usada para libertar, o sonho do oprimido é ser o opressor.”
– Paulo Freire

O governo não é senão o segurança armado do capital, o policial que se parece sombrias aves de rapina dos cofres bancário, comercial e industrial. Para o capital tem fundamento e respeitos; para o povo tem os Presídios os quartéis e forca.
– Ricardo Flores Magón

“Os escravos do século XXI não precisam ser caçados, transportados e leiloados através de complexas e problemáticas redes comerciais de corpos humanos. Existe um monte deles formando filas e implorando por uma oportunidade de trocar suas vidas por um salário de miséria. O “desenvolvimento” capitalista alcançou um tal nível de sofisticação e crueldade que a maioria das pessoas no mundo tem de competir para serem exploradas, prostituídas ou escravizadas.”
— Luther Blissett

“Me pergunto em que tipo de sociedade vivemos, que democracia é essa que temos onde os corruptos vivem na impunidade, e a fome das pessoas é considerada subversiva.”
— Ernesto Sábato, Antes del fin (1999).

“Só serei verdadeiramente livre quando todos os seres humanos que me cercam, homens e mulheres, forem igualmente livres, de modo que quanto mais numerosos forem os homens livres que me rodeiam e quanto mais profunda e maior for a sua liberdade, tanto mais vasta, mais profunda e maior será a minha liberdade.”
— Mikail Bakunin

“Anarquismo luta pela liberação da mente humana do domínio da religião. Pela liberação do corpo humano do domínio da propriedade. Pela liberação das cadeias e restrições governamentais. O anarquismo luta por uma ordem social baseada na livre associação dos indivíduos”
-Emma Goldman

“Respeito à lei, este é o cimento que mantém a estrutura do Estado. A lei é sagrada e aquele que a desafia é um criminoso”. Sem crime não haveria Estado: o mundo da moral – ou seja, o Estado – está cheio de vagabundos, mentirosos, ladrões (…) O objetivo dos estados é sempre o mesmo: limitar o indivíduo, domesticá-lo, subordiná-lo, subjugá-lo.”
— Max Stirner

Para mim é odioso seguir e também guiar.
Obedecer? Não! E tampouco – governar!
Quem não é terrível para si, a ninguém inspira terror:
E somente quem inspira terror é capaz de comandar.
Para mim já é odioso comandar a mim mesmo!
Gosto, como os animais da floresta e do mar.
De por algum tempo me perder,
De permanecer num amável recanto a cismar,
E enfim me chamar pela distância,
Seduzindo-me para – voltar a mim.
– Nietzsche (A gaia Ciência)

“Os anarquistas sabem que um longo período de educação precisa preceder qualquer grande mudança fundamental na sociedade, uma vez que não acreditam na miséria do voto, nem em campanhas políticas, mas sim no desenvolvimento de indivíduos com pensamento autonomo.”
– Lucy Parsons, Os Princípios do Anarquismo. (1890).

“Será que vivemos nós os proletários, será que vivemos? Será que os fracos remédios que tomamos não seria a doença que nos corrói?”
— Guy Debord(veja tbm A Sociedade do Espetáculo de Guy Debord – Livro)

“O anarquismo é uma teoria política que defende a criação da anarquia, uma sociedade baseada na máxima -sem soberanos-. Para chegar até lá, os anarquistas consideram que a propriedade privada da terra e o capital que hoje estão em alta, estão condenados a desaparecer: e que todos os meios de produção devem se converter em propriedade comum da sociedade, e serão gestionados em conjunto pelos produtores da riqueza. (…) a meta final da sociedade é a redução das funções do governo ao nada – é dizer, uma sociedade sem governo, a anarquia.”
— Rudolf Rocker

“…Anarquia, este sonho de justiça e de amor entre os homens…”
— Errico Malatesta

“Aquele que botar as mão sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo”
— Pierre-Joseph Proudhon

“Amor livre? Como se o amor pudesse ser de outro modo que não livre!”
– Emma Goldman

“Enforcados em Chicago, decapitados na Alemanha, estrangulados em Xerez, fuzilados em Barcelona, guilhotinados em Montbrison e em Paris, nossos mortos são muitos; mas vocês não foram capazes de destruir a Anarquia. (…) Ela está em todos os lugares. Isso é que a faz indomável, e por fim ela irá derrotá-los e assassiná-los.”
— Émile Henry, A defesa de um terrorista (1893)

“Quem quer, não a liberdade, mas o Estado, não deve brincar de Revolução.”
— Mikail Bakunin

“Anarquia não é um fim em si mesmo mas um meio de viver em sociedade.”
– EuSouVcEmMimNós

“As liberdades não se concedem, conquistam-se.”
— Priotr Kropotkin

“Mas eles viveram aquelas vidas extraordinárias que nunca serão vividas de novo. E através de suas vidas, eles me deram uma história que é mais profunda, mais apaixonante, e muito mais útil se comparado a tudo que já li no melhor daqueles malditos livros de história.”
— Utah Phillips, Álbum The Long Memory (1996)

“Trabalhadores do mundo acordem. Quebrem suas correntes, exijam seus direitos. Toda a riqueza que produzem é tomada, por parasitas exploradores. Será que vocês deveriam se ajoelhar em profunda submissão do berço ao cemitério? Será que o peso de suas ambições os limitam a serem bons escravos voluntários?”
— Joe Hill, Música “Workers of the World Awaken”

“O Estado é nocivo e desnecessário! Cabe-nos rejeitar a hierarquia institucionalizada e suas táticas contraditórias! Existe ordem na liberdade! Somos capazes de encontrar nossos próprios caminhos.”
— Nina Delfim

“Não se pode matar a Idéia a tiros de canhão, nem tão pouco acorrentá-la.”
— Louise Michel

“Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:
Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”
Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.
E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “É um louco!” Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.
Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.”
– Khalil Gibran

“Tentar acabar com a corrupção estatal e manter o estado é o mesmo que tentar retirar a toda água de um rio e ainda assim conservá-lo. A acracia se contrapõe ao estado por entendê-lo desde sua origem e por si só onde quer que ele tenha existido, como uma forma de corrupção institucionalizada e naturalizada.”
— Genoino Pravda, Massacre no campo de Golfe (1997)

“Onde quer que um governo assuma para si a tarefa de nos livrar do incômodo de pensarmos por nós mesmos, as únicas conseqüências resultantes são torpor e imbecilidade.”
— William Godwin, An Enquiry Concerning Political Justice (1793)
“Os cordeiros que vão ao matadouro nada dizem e nada esperam. Mas ao menos eles não votam no açougueiro que os matará, e no burguês que os comerá. Mais besta que as bestas, mais ovino que os ovinos, o eleitor elege seu açougueiro e escolhe seu burguês. Revoluções foram feitas pela conquista desse direito.”
Octave Mirbeau, Greve de Eleitores (1888)

A mudança de opiniões em um pensador é o sinal mais evidente de sua vitalidade. Só os imbecis têm opiniões eternamente fixas.
– Sérgio Buarque

 

“Será o Anarquismo possível? O fracasso das tentativas para alcançar a liberdade não significa que a causa está perdida. Os fatos demonstram que a luta pela liberdade é mais forte e evidente do que jamais fora, hoje existem novas e diferentes condições precedentes para que esta meta seja alcançada, o fato de estarmos mais próximos da Anarquia do que esperávamos pode ser provada no desenvolvimento de um desejo de varrer da face da terra tudo que seja autoritário.”
— Johann Most, Anarco-comunismo (1889)

“Quem combate monstruosidades deve cuidar para que não se torne um monstro. E se olhares durante muito tempo para um abismo, o abismo também olha para dentro de você.”
— Friedrich Nietzsche, Além do Bem e do Mal, Prelúdio a uma Filosofia do Futuro (1886)

“Necessária é também uma inclinação para enfrentar questões que hoje ninguém se atreve a elucidar; inclinação para o proibido; predestinação para o labirinto”..”
— Friedrich Nietzsche, O Anticristo, Praga contra o Cristianismo (1888)

“Bastaria as pessoas serem mais sinceras, honestas e humildes, que veríamos comportamentos maravilhosamente diversificados, personalidades espontaneamente interessantes, equívocos rapidamente resolvidos, decisões amplamente mais libertas, preconceitos instantaneamente eliminados e atitudes surpreendentemente menos egoístas.”
– Friedrich Nietzsche

“O invejoso, em vez de sentir prazer com o que possui, sofre com o que os outros têm.”
― Bertrand Russell

“A anarquia é o sistema perfeito, onde se age pelo respeito mútuo e com respeito uns aos outros”

“Só haverá Paz quando não mais existir exército”

“Somente quando a última árvore for derrubada, o último peixe morto e o último rio envenenado, que o homem irá perceber que dinheiro não se come”

“Nem guerra entre povos, nem paz entre classes!”

“Não se pode dizer inferior a algo que nunca foi visto, fazendo isso, você está se rebaixando ao nada”

Uma coisa é ser anarquista no capitalismo, a outra é ser anarquista no anarquismo”

“Todo o homem tem em si um ditador e um anarquista.”
-Paul Valéry

“Quanto mais a sociedade se distanciam da verdade, mais ela odeia aqueles que a revelam.”
― Goerge Orwell

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“As novas gerações, saídas desses antros de desmoralização [escolas], que outra coisa poderiam dar a não ser bons soldados? À força de ouvirem falar de amor à pátria — dos ricos — de ver desfilar regimentos, de assistirem às paradas, de ouvirem e entoarem canções ferozes de chauvinismo e hinos triunfais de guerra, tomaram como fim e missão a atingir serem bons soldados, obedientes à disciplina e à voz de seus chefes, prontos a arremessarem-se contra os trabalhadores em greve ou contra os povos de outros paises, desde que os interesses monetários dos ricos e capitalistas assim o exigissem”.

Adelino de Pinho, A Escola, prelúdio da caserna. Revista A Vida, nº 5, 31/03/1915.

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“A regra da maioria só funciona se você também estiver considerando os direitos individuais. Porque você não pode ter cinco lobos e uma ovelha votando no que comer para o jantar.”
– Larry Flynt

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