Clément Duval

Clement-Duval

Clément Duval (Sarthe, Março de 1850 – Nova York, 29 de Março de 1935) foi um famoso expoente do anarcoilegalismo nascido na França, adepto da Propaganda pelo Ato. Suas reflexões sobre os direitos individuais foram consideravelmente importantes para a conceituação da vertente anarquista da qual fazia parte.

Duval serviu no 5º batalhão de infantaria na guerra Franco-Prussiana, onde foi ferido com um morteiro e contraiu varicela. Como resultado, passou 4 dos seguintes 10 anos no hospital. Impedido de trabalhar, Duval dedica-se ao roubo.

Após passar 1 ano na prisão pelo roubo de 8 francos, Duval junta-se ao grupo anarquista A Pantera de Batinhola (La Panthère des Batignolles).

A 25 de Outubro de 1886, Duval assalta a mansão de uma socialaite parisiense e rouba 15,000 francos antes de acidentalmente incendiar a casa. Foi apanhado 2 semanas após tentando vender os bens roubados na mansão. Seu julgamento atraiu multidões de apoiadores e terminou em caos com Duval arrastado para fora do tribunal gritando “viva a anarquia!”. Foi condenado à morte, mas a sentença foi alterada para trabalhos forçados na famosa Ilha do Diabo, da Guiana Francesa.

No jornal anarquista “Révolte”, Duval declarou a famosa frase: “Roubo existe apenas pela exploração do homem pelo homem… quando a sociedade te recusa o direito a existir, tens de o tirar… o policial deteve-me em nome da lei, eu abati-o em nome da liberdade!”.

Clément-Duval

Duval passa os seguintes 14 anos na prisão, tentando a fuga mais de 20 vezes. Em Abril de 1901, tem sucesso e voa para Nova Iorque, onde vive até aos 85. As suas memórias são publicadas 1929 e reeditadas com a ajuda de Marianne Enckell : “Moi, Clément Duval, bagnard et anarchiste”.