O Anarquismo sem adjetivos – A trajetória libertária de Angelo Bandoni entre propaganda e educação

Este trabalho trata da reconstrução biográfica do anarquista corso-italiano Angelo Bandoni, que viveu no Brasil no período compreendido entre 1900 e 1947.

Anarquismo sem adjetivos
Anarquismo sem adjetivos

Responsável por editar alguns periódicos que atingiram notoriedade entre o operariado, sobretudo nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, Bandoni também organizou uma das primeiras experiências de escola no país atravessada por concepções libertárias e destinada aos filhos dos trabalhadores.

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Por este feito, passou a ser reconhecido, segundo alguns memorialistas que vivenciaram o seu mesmo espaço social e temporal, como “o professor”. Apesar de sua forte tendência antiorganizacional, busca-se compreender a sua ação enquanto militante para além das vertentes do anarquismo, evitando a sua classificação de maneira rígida e inexorável dentro do movimento libertário. Com base nessa perspectiva, acredita-se que a melhor descrição de Angelo Bandoni seja a de um “anarquista sem adjetivos”, na medida em que ele mesmo não definiu rigidamente a sua posição. O uso da abordagem biográfica (micro-história) permite enxergar o indivíduo como sujeito histórico ao conceder ênfase às ações individuais dentro das estruturas sociais, possibilitando, inclusive, compreender as especificidades do grupo social a qual Angelo Bandoni fez parte.