Lula: Da farsa operária ao símbolo final da elite que ele jurou combater

Luiz Inácio Lula da Silva emergiu como uma miragem para o povo: o operário de macacão azul que prometia desmantelar o #sistema, desafiar os engravatados e devolver o poder às mãos calejadas da classe trabalhadora. Foi vendido como o antissistema, a encarnação da luta de classes, mas o que a história revela é algo bem mais perverso: #Lula não combateu o sistema, ele o assimilou. Ele não destruiu a máquina, ele se tornou uma de suas engrenagens mais eficientes.

Nos anos 1970, no calor das greves do ABC paulista, Lula canalizou a fúria legítima do operariado brasileiro contra os donos do capital. Mas bastou que a porta do Palácio do Planalto se abrisse para ele se converter de líder popular em gerente da ordem estabelecida. O Partido dos Trabalhadores – PT, outrora símbolo de combate à #injustiçasocial, virou escada para o topo da pirâmide. E no topo, ele se serviu da mesma prataria suja que prometia derreter.

#Mensalão: A Traição Escancarada – O escândalo do Mensalão, em 2005, foi o divisor de águas. O #PT, que se dizia limpo, ético e diferente, instituiu um dos mais descarados esquemas de compra de votos do #CongressoNacional#JoséDirceu#DelúbioSoares e outros peões do projeto lulista caíram, revelando que a tal “nova política” não passava de mais do mesmo, só que pintada de vermelho.

Lula, como sempre, saiu pela tangente com o famoso “não sei de nada, um mantra de quem já entendeu como funciona o jogo e o joga com maestria. Um operário que um dia desafiou os generais agora virava rosto da hipocrisia institucional.

#LavaJato e o Grande Espetáculo da Corrupção – A #OperaçãoLavaJato jogou luz sobre o verdadeiro papel de Lula no tabuleiro: o maestro de uma aliança entre #empreiteiras#partidos fisiológicos e estatais saqueadas. Através de figuras como #MarceloOdebrecht e #LéoPinheiro, ficou evidente como o #Estado se transformou em balcão de negócios sob a batuta do ex-metalúrgico. Triplex no Guarujá? Reforma milionária no sítio de Atibaia? Doações milionárias ao Instituto Lula? Tudo isso apontava para um líder já completamente convertido em ícone da elite política e econômica, com ou sem condenações judiciais definitivas.

E mesmo após ser condenadp, preso por 580 dias e depois libertado por decisão do #STF, Lula não voltou ao povo. Voltou ao trono. Retomou o poder não para transformá-lo, mas para preservá-lo. A anulação das condenações pelo STF, embora juridicamente válida, não apaga o fato de que seu governo esteve cercado por escândalos, corrupção sistêmica e conchavos políticos.

#INSS e o Custo da Populocracia – Enquanto Lula voltava ao poder, o povo colhia os frutos podres de suas políticas: o rombo no INSS ultrapassava R$ 90 bilhões em 2023. O sistema previdenciário, afundado por má gestão e populismo, penaliza justamente os mais frágeis, os aposentados, os informais, os sem voz. Enquanto isso, Lula posava ao lado de #banqueiros e #empresários, brindando em jantares com a #elite que ele dizia querer derrubar. O homem que surgiu no chão de fábrica agora pisa tapetes persas, blindado por seguranças, cercado por #lobistas e bajulado por quem, no passado, o via como inimigo.

O Amigo do Capital – Executivos da Odebrecht Oil e Gas Perfuração chamavam Lula de “Amigo” nas planilhas de propina. E com razão. Suas alianças com figuras como #Sarney#RenanCalheiros e até Geraldo Alckmin escancaram que o lulismo é apenas uma versão palatável do sistema: uma #esquerda de palanque e uma prática de direita oligárquica. As viagens internacionais para apoiar #ditadores, os financiamentos suspeitos do #BNDES para obras em #Angola e #Cuba, e a proteção aos próprios aliados mostram que o projeto de Lula não é libertador. É integrador: integra a velha esquerda ao coração da máquina que explora.

Nem Lula, Nem Líderes – Lula não é exceção. Ele é a regra. Não há diferença entre um operário no poder e um banqueiro no poder, quando sentam na cadeira, governam para manter a cadeira. A presidência não transforma o sistema: transforma quem ousa se aproximar dele. Lula não traiu seus ideai, ele usou os ideais do povo como escada para se juntar aos que mandam. A prova disso é que, até 2025, embora todas suas condenações tenham sido anuladas e juridicamente ele esteja “limpo”, politicamente está manchado por décadas de conchavos, escândalos e aliança com a elite econômica.

Para nós, anarquistas, isso só confirma o óbvio: não existe #governo popular em um Estado que vive de extrair, controlar e reprimir. O poder corrompe porque o poder existe. E quem promete #justiçasocial pelo #voto está vendendo utopia para lucrar com a miséria. A saída não está na #urna, mas na recusa. Na #açãodireta, na #solidariedade entre iguais, na demolição dos palácios e na construção de #redesautônomas, horizontais e descentralizadas. Enquanto aceitarmos Lula, #Bolsonaro, ou qualquer outro salvador da pátria, seremos sempre parte da engrenagem que nos esmaga.

Não precisamos de líderes. Precisamos de liberdade.

E no teatro da política, o operário virou ator,
Trocou o macacão por paletó, o chão de fábrica por camarim,
Prometeu quebrar o trono, mas sentou-se nele enfim.
A peça se repete, o roteiro é antigo:
Reis de esquerda, rainhas de centro, bandidos de terno,
Todos fingem lutar entre si, mas brindam juntos nos palácios do governo.

Enquanto isso, o povo, esse sim real
Sangra em filas de hospital, rala em ônibus lotado,
Sonha com justiça, mas acorda endividado.
A esperança, que era de ferro, hoje é de latão;
O punho cerrado virou aperto de mão.

Mas não, camarada, não chore no canto.
Levante-se! Rasgue os títulos, quebre os selos!
A liberdade não cabe em urna, nem em discurso belo.
Ela nasce quando negamos obedecer,
Quando plantamos hortas no lugar de quartéis,
Quando construímos com afeto, e não com papel.

Não nos salvam salvadores, nos salvamos na ação.
No riso das crianças livres, no amor sem condição.
Na fogueira acesa da comunidade viva,
Onde ninguém manda, onde ninguém proíbe,
Onde o pão é partilhado, e o poder, esquecido.

Porque o mundo novo não se vota. Se vive. Se constrói. E se defende, palavra de fogo que incendeia a ignorância que permeia a sociedade, com ação direta com #poesia, com rebeldia,
Com ternura e com fúria.

“A revolução deve ser feita por todos e para todos, não por uma nova classe dirigente. A liberdade não se conquista com autoridades, mas com a abolição de todas elas.”
– Errico Malatesta

Paz entre nós, guerra aos senhores!