Man Ray

Man Ray, fotografado por Carl van Vechten, em 1934.
Man Ray, fotografado por Carl van Vechten, em 1934.

Man Ray (Emanuel Rudzitsky, Filadélfia, 27 de Agosto de 1890 – Paris, 18 de Novembro de 1976) foi um fotógrafo, pintor e anarquista.

Foi um dos nomes mais importantes do movimento da década de 1920, responsável por inovações artísticas na fotografia. Muda-se na infância para Nova Iorque. Estudante de arquitetura, engenharia e artes plásticas, inicia-se na pintura ainda jovem.

Em 1915 conhece o pintor francês Marcel Duchamp, com quem funda o grupo dadá nova-iorquino. Em 1921 contacta com o movimento surrealista na pintura. Trabalha como fotógrafo para financiar a pintura e, com a nova atividade, desenvolve a sua arte, a raiografia, ou fotograma, criando imagens abstratas (obtidas sem o auxílio da câmara) mas com a exposição à luz de objetos previamente dispersos sobre o papel fotográfico.

Como cineasta, produz filmes surrealistas, como L’Étoile de Mer (1928), com o auxílio de uma técnica chamada solarização, pela qual inverte parcialmente os tons da fotografia. Muda-se para a Califórnia em 1940, para explorar as possibilidades expressivas da fotografia. Aí dá aulas sobre o tema. Seis anos depois, retorna a França. Em 1963 publica a autobiografia Auto-Retrato.

“Em lugar de pintar pessoas, comecei a fotografá-las, e desisti de pintar retratos ou melhor, se pintava um retrato, não me interessava em ficar parecido. Finalmente conclui que não havia comparação entre as duas coisas, fotografia e pintura. Pinto o que não pode ser fotografado, algo surgido da imaginação, ou um sonho, ou um impulso do subconsciente. Fotografo as coisas que não quero pintar, coisas que já existem.”, por Man Ray