As primeiras leituras da Revolução de Outubro feitas pelo movimento anarquista Uruguaio

Na trajetória do movimento operário-social internacional, a Revolução Russa de 1917 é um dos momentos de maior relevância, sendo frequentemente apontada como um divisor de águas para as esquerdas em todo o mundo – incluindo aqui não apenas o socialismo e o comunismo, mas também o anarquismo. Apesar de muito distante geograficamente, os ecos da Revolução Russa se fizeram sentir também na América Latina, região que também passava por um período conturbado. Em muitos países latino-americanos, como o Uruguai, um ainda incipiente movimento operário-social questionava a ordem que havia sido imposta pelas elites desde o fim do período colonial. A tendência majoritária no movimento operário-social uruguaio era a anarquista e, ainda que a Revolução tenha provocado comoção e otimismo, não deixou também de suscitar inúmeras questões de ordem ideológica e conceitual entre os libertários. O objetivo deste trabalho é apresentar as primeiras leituras que o movimento anarquista uruguaio, no calor do momento, fez imediatamente após a Revolução de Outubro na Rússia. Para tanto, utilizaremos textos que foram veiculados entre os meses de novembro e dezembro de 1917 por dois periódicos anarquistas de expressão – La Batalla e El Hombre – que circulavam em Montevidéu no começo do século XX.

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