Uma pedra no sapato: anarquismo e o sindicalismo revolucionário na década de 1920 no Brasil e as conexões translocais de práticas e ideias além do eixo Rio-São Paulo

É afirmado por parte da historiografia do tema que desde o início da década de 1920, o movimento anarquista teria começado sua decadência.

De fato, concordamos que o anarquismo começa a perder sua base social de maneira irreversível nesse período, mas, neste artigo, afirmamos, concordando com outras pesquisas e também olhando para além do eixo Rio-São Paulo, que o anarquismo e suas estratégias ainda representavam uma opção de luta de boa parte da classe trabalhadora.

A circulação de ideias através de seus grupos móveis e suas ligações em entidades sindicais translocais, a partir da Confederação Operária Brasileira (COB) fizeram o anarquismo, que estava sendo atacado em seus núcleos mais usuais, conserva-se, além de se legitimar em lugares diferentes e longínquos entre si, fato muito importante para a não extinção total do anarquismo, e para a conservação do sindicalismo revolucionário, estratégia não só de anarquistas, mas de muitos trabalhadores.

Via: Academia