Quem foi Maurício Tragtenberg?

Filho de uma família judaica e camponesa, seus avós emigraram para o Brasil e instalaram-se no interior do Rio Grande do Sul através de um projeto de colonização que tinha o financiamento da Companhia Judaica de Colonização. Cultivavam uma agricultura de subsistência e vendiam o excedente para o mercado. Maurício começou a “ler, escrever e contar” em uma escola pública de Erebango (depois Erechim), que funcionava em um galpão. Sua família muda-se para Porto Alegre – capital do estado do Rio Grande do Sul – e ele passa a frequentar o Grupo Escolar Luciana de Abreu (em plena época do Estado Novo), mas logo a família transfere-se para São Paulo, instalando-se no bairro do Bom Retiro. Maurício passa a frequentar uma escola ortodoxa judaica e além das matérias comuns do primário, estudava o hebraico e o iídiche (“que é uma mistura de várias línguas, incluindo o hebraico, mas surgiu do alemão medieval como forma de comunicação entre os judeus que não pudessem ser compreendidos pelos cristãos”). (via wikipeda)

Maurício Tragtenberg (1929-1998) nos legou uma vasta obra que trata de temas históricos, sociológicos, políticos, educacionais, etc. São livros e artigos publicados em jornais de circulação nacional e revistas especializadas. É uma obra que expressa um compromisso militante e uma perspectiva política crítica à sociedade capitalista e às concepções autoritárias sobre o socialismo. Escritos em linguagem simples, são textos de denúncia que estabelecem o diálogo com os operários e os excluídos do sistema de ensino formal, em especial a universidade. Representam uma contribuição importante à crítica da pedagogia burocrática e à afirmação de uma alternativa pedagógica inspirada em pensadores libertários.