As Matanças de Anarquistas na Revolução Russa livro de Juan Manuel Ferrario

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Resumo: Uma das causas pelas quais escolhi assumir este tema é porque são questões quase desconhecidas da revolução russa, que foram ocultadas ou rodeadas pelos historiadores de direita e de esquerda. Por isso apenas na bibliografia de historiadores anarquistas pude obter dados e um desenvolvimento importante destas problemáticas, como foi assim possível, também, a leitura de fontes diretas. No caso de historiadores profissionais, como Hewllett Carr, os acontecidos de Kronstadt e o makhnovismo são apenas nomeados superficialmente e não há uma análise destas questões especificamente. Em relação à história marxista e bolchevique, utilizo um impresso de S. Chernomordik, intitulado “Majno y el movimiento majnovista”, que dá a visão bolchevique sobre o ocorrido na Ucrânia.

Cabe destacar que não há muita bibliografia marxista sobre estes temas. Existe um escrito de Leon Trotsky em inglês intitulado “Hue and cry over Kronstadt”, e editado em 1938, que é sua justificação a respeito de Kronstadt, mas não pude utilizá-lo por não existir versão em castelhano do mesmo. Entretanto tomo sua obra “Terrorismo e Comunismo”, onde não se detém no acontecido em Kronstadt, mas pelo menos faz alusão a isso. A opinião de Lênin e Trotsky a respeito pode ser vista também em notas destes aparecidas no diário russo “Pravda”, transcritas por Paul Avrich. Há que se recordar que quando a maioria das obras sobre estas temáticas foram escritas, ainda existia a União Soviética como tal, e os arquivos secretos ainda não haviam sido analisados.

Explicado tudo isto, passo a assinalar que sempre me interessaram as revoluções, mas em todas via uma constante: as revoluções começavam com gestos de um heroísmo e ideais imensos, mas a curto ou longo, toda revolução se degenerava, e com o passar do tempo seus ideais originais se perdiam. Só restava uma paródia da revolução. Isto pode se observar na revolução russa, na cubana, na Nicarágua, na China, ou qualquer outra revolução. Isto dará lugar a nossa hipótese de se Estado e Revolução são compatíveis. Se se pode chegar ao socialismo através do Estado ou se na realidade nos afastamos daquele ao nos aproximarmos deste. Mas isto analisaremos em breve e será desenvolvido e justificado ao longo do texto.

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