AnarcoSindicalismo ou Sindicalismo Revolucionário – Vertentes do Anarquismo

AnarcoSindicalismo - Vertentes do Anarquismo
AnarcoSindicalismo – Vertentes do Anarquismo

Anarco-sindicalismo é também conhecido como Sindicalismo Revolucionário,  é a forma anarquista do sindicalismo, também conhecido como sindicalismo revolucionário, por ambos compartilharem vários pontos em comum. Anarco-sindicalistas acreditam que os sindicatos podem ser utilizados como instrumentos para mudar a sociedade, substituindo o capitalismo e o Estado por uma nova sociedade democraticamente autogerida pelos trabalhadores. As organizações sindicais fariam o suporte econômico para o processo revolucionário para uma sociedade comunista libertária.

Seus princípios básicos são:

– Solidariedade operária
Ação direta
Autogestão

História

A união da corrente ideológica anarquista com o sindicalismo não se deu desde o princípio e nem de forma harmoniosa e regular. O primeiro contato foi feito com a entrada de Bakunin e seus adeptos na AIT. Tal inserção foi contestada por alguns anarquistas, como Errico Malatesta, que acreditavam que os sindicatos não eram locais propícios para a prática revolucionária uma vez que serviam a interesses meramente econômicos e, portanto, até mesmo retrógrados em relação a uma possível revolução que deveria estar focada na abolição do Estado e de toda exploração dos homens uns sobre os outros, assim com a autogestão da produção.
No entanto, a difusão do pensamento anarquista nas organizações sindicais ganhou significativa força em países como França, Itália e Espanha.
No Brasil do início do século XX, com chegada dos imigrantes europeus, o desenvolvimento de sindicatos de base anarquista foi predominante.O anarco-sindicalismo foi a principal base de reinvindicações trabalhistas e de grandes greves como foi a Greve Geral de 1917. Neste período a COB e suas seções estaduais como a FOSP, a FORJ, a FORGS desenvolveram grandes atividades, mesmo com a perseguição do Estado e dos patrões. No período denominado com República Velha, as oligarquias cafeeiras controlaram a vida política e econômica do país e combateram com leis contra greves e contra os estrangeiros, deportando diversos. No ápice, foram criados campos de concentração, como da Clevelândia, no meio da floresta amazônica.

Atualidade

Diversas organizações em todo o mundo, como a CNTE-AIT espanhola, CNTF-AIT francesa, a USI italiana, a ASI servia, KRAS russa, COB-AIT, SP-AIT, a FAU-IAA, a FORA argentina desenvolvem atividades e ações tendo o anarcossindicalismo como base e organizam os trabalhadores(as), estudantes, desempregados(as) para o processo revolucionário e na construção do comunismo libertário através de práticas anarquistas.