Vulva in Fúria

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Célere e macio
Arrastam se os dedos
Em longa vereda
Nas madrugadas vazias
De ares cortantes
Penetram o recôndito
Da inflamada fenda
Envolvendo se em néctar denso e flamejante
Explodem na escuridão
Oásis orgásmicos, absortos
Aquarelada íris pulsante
A sorver deleite
Explodindo anseios enfurecidos
Úmidos, cintilante
Do grelo entumecido,
Em angústia lustrosa
Incessante
Absorve frenéticos os dedos
Tragando os faminta a vulva irada
Em erupções lascivas causticante
Fragmenta se etérea repousando imersa em oceanos lúdicos
Furiosa em outrora, a vulva deflorada.

Poetisa