Sociedade da Guilhotina
A Sociedade da Guilhotina (em japonês ギロチン社. Girochin Sha) foi um coletivo anarquista ilegalista de ação direta fundado no Japão em 1922 pelos ativistas Tetsu Nakahama, Daijiro Furuta, Genjirô Muraki, entre outros.
História
Em Outubro de 1923, membros da Sociedade da Guilhotina, entre eles, Daijiro Furuta, assaltam um banco com a intenção de conseguir fundos para outras ações diretas. Durante o assalto um bancário é morto, Furuta consegue fugir, mas oito de seus cúmplices são presos.
Em 1924, Tetsu Nakahama e outros tentam assassinar o presidente da empresa Kanebo Co. A tentativa, no entanto, é malograda e o grupo é preso. Em Setembro daquele mesmo ano a Sociedade da Guilhotina executa dois atentados contra a vida do general Masatarô Fukuda como vingança pelo assassinato do anarquista Ōsugi Sakae. Agindo sob ordens secretas emitidas pelo príncipe Hirohito, Fukuda havia comandado pessoalmente as tropas que haviam assassinado não só Ôsugi, mas sua companheira a anarca-feminista Ito Noe, e seu sobrinho de apenas seis anos. Após o assassinato seus corpos foram lançados em um poço.
Na primeira tentativa, um dos antigos amigos de Ôsugi, Kyûtarô Wada, atirou em Fukuda deixando-o apenas ferido. Na segunda tentativa, a casa de Fukuda sofreu um atentado a bomba por Genjirô Muraki e Furuta, mas o general não estava em casa na ocasião.
O ataque foi seguido por uma explosão a uma delegacia, outra a uma linha ferroviária e a entrega de uma carta-bomba na casa de Fukuda. Os membros da Sociedade foram eventualmente presos (a polícia continuamente torturou um dos primeiros suspeitos em sua custódia até obter toda a informação que precisava para localizar os outros). Tanto Wada como Furuta acabaram sendo presos.
Um ano depois, em 10 de Setembro de 1925, Furuta é julgado e condenado a morte por conspiração contra o estado e pelo assassinato do bancário em 1923, sendo enforcado no dia 15 de Outubro de 1926. Também em 1926, Tetsu Nakahama (conhecido como Temioka Makoto) é capturado e executado por crimes contra o governo, pelo assassinato do bancário e por conspiração contra o príncipe Hirohito.
Em 1928, Wada comete suicídio na prisão. Ele havia sido julgado e sentenciado a prisão perpétua.