Esquerda e Direita para o anarquismo são apenas as faces da mesma moeda politica institucional e hierarquizada
O anarquismo nesse aspecto, eram considerados os baderneiros e contrário a instauração da república na mesma proporção que continuavam a insurgir contra o “ancient regime”.
O anarquismo foi de fato o antagonismo dos dois polos.
– Jacobinos-assentavam-se à esquerda do parlamento (liberais, burgueses e pequenos comerciantes, comunistas e anarquistas)
– Girondinos-assentavam-se à direita do parlamento (Clero, Nobreza e Feudais).
Em 1830, o socialismo jacobino tentou criar uma revolução, que separou de vez, os socialistas, anarquistas e comunistas dos liberais, burgueses e capitalistas.
A esquerda e direita para o anarquismo são apenas as faces da mesma moeda politica institucional e hierarquizada que visa tão somente a tomada do poder e reforma do capital, disseminam mentiras mas sabemos que a troca de poderes entre essas figurinhas em nada favorecem a emancipação dos oprimidos e explorados.
– Xavier
O modelo tradicional político criou duas esferas que se enfrentam continuamente: a direita e a esquerda. Para quem não sabe, essa denominação veio do tempo da Revolução Francesa, quando os mais radicais se sentavam as esquerda nas tribunas, com o tempo isso se tornou uma definição usada em todo o mundo para identificar as polaridades politicas em luta. Mas essa definição é bem superficial e não abrange a proposta anarquista, que ficaria indefinida nesse espectro.
Simples de entender porque o anarquismo não tem lado: é contra o modelo politico institucional; contra a luta parlamentar e a estrutura partidária; não é liberal e não tem nada com o capitalismo, além de querer destruí-lo; o mesmo em relação ao marxismo, que nunca será libertário, por mais que alguns desses marxistóides se esforçam em deformar o totalitarismo marxista e seu capitalismo de Estado e partido único como um socialismo “libertarizante”, um “comunismo real”, que sabemos não ser.
A prática anarquista em muitas vezes leva a estar nos movimentos sociais, oprimidos e explorados, E por essa participação já tendem a adjetivar como “esquerda”, mas não. Nos movimentos sociais, a maior preocupação anarquista é justamente romper com o modelo vanguardista, de lideranças, centralizadores e verticalizados, muito comum tanto para direita como para esquerda e se repararmo bem, vemos que essas definições não mais correspondem as práticas de ambos os grupos, principalmente porque uma parcela da esquerda no país está no poder e favorece acima de tudo, os mesmos clientes que a direita sustenta; há grupos de empresários que brigam entre si, mas isso já deixou de ser uma disputa ideológica, e sim uma disputa de influência; nessa situação dizer esquerda ou direita, é apenas um joguinho de aparências.
A clareza da proposta anarquista assusta ambos os lados: abolição da propriedade, abolição dos partidos, abolição da riqueza, coletivização e administração direta dos meios de produção, a sociedade se organiza sem Estado e sem patrões. Tudo isso é uma nova estrutura que supera e destrói o modelo atual e isso é um perigo que tanto a esquerda como a direita não querem. O modelo atual para eles é muito confortável, conseguem trocar as cadeiras e continuar o jogo de poder, as custas da população, que fica excluída sempre dessa brincadeira. As eleições são uma enganação para legitimar essa estrutura excludente.
Os anarquistas denunciam isso e são atacados por ambos os lados. Isso mostra que como anarquistas, não devemos procurar de nenhum desses lados ajuda ou apoio. De ambos os lados, sempre vieram traições que levaram milhões de pessoas para prisões e mortes. No Brasil, o minusculo partido comunista para crescer, foi minando o trabalho do sindicalismo livre; chegaram a estar do lado do governo totalitário de Vargas para fecharem sindicatos livres e depois reabrirem no controle. O mesmo governo de Vargas que cassou e prendeu também esses comunistas, vai entender! Na Espanha de 36, ocorreu algo muito inusitado: os anarquistas eram uma força politica de fato, com mais de milhão de associados nos sindicatos livres, a ponto de poderem ter influência direta no governo representativo da Republica Espanhola, mas de forma coletiva não o fizeram, mantendo uma prática descentralizada de gestão. Na medida que o governo republicano não honrava suas palavras perante os trabalhadores, alguns companheiros anarquistas foram delegados como Ministros na Republica para que o governo cumprisse suas promessas e que logo saem pela pressão dos comunistas espanhóis apoiados pela URSS de Stálin, único fornecedor de armas para a Espanha republicana e por conta disso impunha suas condições e diminuir a revolução libertária foi uma delas.
A esquerda e direita para o anarquismo são apenas as faces da mesma moeda politica institucional e que a troca de poderes entre essas figurinhas em nada favorecem a emancipação dos oprimidos e explorados.
O modelo atual não nos representa e é necessário romper com essa lógica através da administração direta feita por nós e para nós, unidos sempre!
Nossa lógica é outra, da libertação direta, da emancipação de todos
sem intermediários ou governos seja de que lado for.
Construamos o anarquismo através de uma prática livre e direta!
Esquerda e Direita para o anarquismo são apenas as faces da mesma moeda politica institucional e hierarquiz
Muito bom.
Entretanto, considerando que o conhecimento e a conscientização dos povos acerca das instituições de poder e coerção é morosa; considerando que no paradigma da modernização, onde o individualismo se torna fonte de egoismo puro e desenfreado, dando a falsa impressão de independência, o anarquismo é utópico e idealista, o que ao meu ver é um horizonte a ser perseguido, mas não idolatrado como acontece com o liberalismo e o marxismo.
É uma visão pura do anarquismo que eu considero-o um ponto fora da curva política, justamente por ser utópico e idealista e por romper com as instituições de poder e coerção, mas o problema brota na formação humana (educação), somos compelidos por força dessas instituições, acreditar que a liberdade é independência de cooperatividade mútua entre os seres, criando a percepção de que um individualismo egoísta é a liberdade e a independência…
Eu diria que a hierarquização tradicionalmente é direita, desde a formação dos clãs tribais, até a formação das monarquias, repúblicas, impérios, então esquerda, legitimamente, é anarquia, é a-hierarquia, é anti-hierarquização, e o marxismo que é uma quimera, uma pseudo esquerda que não quis romper com a hierarquia, quis organizar uma hierarquia política estatal burocrática, como se isso lá fosse interesse da esquerda, agora como se não bastasse, aparece outra quimera, o anarcocapitalismo, oras, como pode ser anarquista e pretender manter a hierarquia plutocrática econômica de mercado? anarquistas já tiveram que lutar contra monarquias absolutistas, contra ditaduras nazistas, fascistas, e contra ditaduras marxistas, agora ainda aparecem, pseudo anarquistas capitalistas…
A Esquerda não é um espectro político definido por uma teoria, talvez possa ser definido historicamente c base em realizações concretas, mas de fato é uma categoria relacional. Só tem sentido pensar que existe esquerda se se pensa que existe direita tbem.