As mulheres no movimento anarquista em Porto Alegre na Primeira República (1889-1930

Com o fim da escravidão e com a política da nova república de em branqueamento, foi incentivadas ondas migratórias vindas da Europa no final do século XIX para início do século XX. Estamão-de-obra nova, chegou nos navios e uma parcela foi direto para as linhas de montagem nas fábricas das cidades efervescentes brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Nesta mão-de-obra anarquista, além dos homens, as mulheres das classes baixas também encararam o trabalho fora de casa a fim de contribuírem para a renda familiar. Como não havia onde ou com quem deixar seus filhos, ou até por necessidade de contribuir financeiramente, as crianças iam juntas e trabalhavam como aprendizes ou recebendo pequenas remunerações. A mulher branca então se vê em uma múltiplas jornadas, cuidando de seus filhos e da casa, sendo explorada pelos maridos dentro de suas residências e nas fábricas, pelos patrões (SAFFIOTI, 1969). Junto com a força de trabalho, atravessou o Atlântico novas ideias, que já estavam perdendo forças no território europeu. Muitos intelectuais e profissionais saíram da Europa em exíliocontra governos autoritárias.

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