Anarquia e criptografia: Julian Assange resgata movimento dos anos 80 em seu livro “Cypherpunks” – Livro

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Julian Assange, editor do controverso WikiLeaks, dava um novo passo em sua carreira de ativista: inaugurava um programa de TV chamado The World Tomorrow.

Parecia um movimento ambicioso. Afinal, ele sequer podia deixar a casa na qual está e exilado. E, desde 2010, tinha que lidar com um bloqueio financeiro que dificultava o funcionamento do WikiLeaks. Visto com desconfiança tanto pela mídia quanto por outros ativistas, que chances Assange teria de ser levado a sério ao se unir com uma rede de comunicação russa para produzir um talk show?

Realmente, The World Tomorrow não foi um dos seus projetos mais impactantes. Durou apenas 12 episódios, todos disponíveis no YouTube. Cada um tinha cerca de 30 minutos, nos quais eram entrevistadas figuras como o antropólogo David Graeber (Ocuppy Wall Street), o escritor Noam Chomsky e até o “crítico cultural” pop Slavoj Žižek.

Obviamente, as conversas sempre giravam em torno das complexas conexões entre política, tecnologia e privacidade. Segundo as contas fornecidas pelo YouTube, os vídeos mais assistidos foram vistos cerca de 40 mil vezes. E a repercussão de mídia do programa foi morna. É que Assange deixara de ser novidade: era agora um representante de um nicho, não mais exatamente uma ameaça política.

Cypherpunks é uma conversa aberta e incompleta. Portanto, uma ótima introdução ao complexo problema da comunicação on-line hoje em dia. A maior ferramenta de liberdade criada nos últimos tempos também pode ser a maior ameaça política que já enfrentamos.

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