A utopia concreta de Gonçalves Correia: Percurso e contexto de um anarquista alentejano singular

Nas primeiras décadas do século passado, Portugal viveu períodos conturbados com a instauração da República e um proletariado, que apesar de essencialmente rural, descobria caminhos para a organização de classe ao mesmo tempo em que sonhava com uma sociedade mais justa. Anarquistas e sindicalistas, a sua influência perdurou e permite ainda olhar para esses momentos como fundadores de muitas das práticas emancipadoras que sobreviveram ao século XX e sobrevivem ainda. António Gonçalves Correia foi protagonista desse tempo e dessas lutas. A sua vida cruza-se com a história do movimento operário português. Na sua radicalidade libertária tenta uma vida comunitária e a comuna que fundou no Alentejo, teve um papel preponderante na resistência dos trabalhadores rurais durante a greve geral de novembro de 1918. A educação operária, os princípios da solidariedade e da igualdade, a auto-organização dos trabalhadores foram elementos fundamentais do seu pensamento e percurso. Palavras-chave: Portugal. Primeira República. Anarco-sindicalismo. Comunitarismo. Utopia.

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