Mutualismo Anárquico – Teoria econômica e social

Mutualismo Anárquico

O Mutualismo, na política, é uma teoria econômica e social que propõe que “volumes iguais de trabalho devem receber pagamento igual”.

Foi Pierre-Joseph Proudhon quem criou o termo mutualismo para descrever a sua teoria econômica, na qual o valor se baseia no trabalho. O mutualismo pode ser considerado “o primeiro anarquismo”, já que Proudhon foi o primeiro autor a se autointitular anarquista.

Esta teoria de apoio mútuo adotada por seguidores de Proudhon que formavam fileiras na AIT, pregava uma associação de trabalhadores livres de posse de seus próprios recursos para a produção, desta forma, se opondo a tendências coletivistas e/ou comunistas de organização, contra a socialização dos meios de produção ou ainda sua concentração nas mãos de um Estado, ainda que ele fosse igualmente contrário à propriedade da grande burguesia e defendesse que esta instituição humana fosse comparável à escravidão e, portanto, condenável tal qual um crime. Vê na propriedade a origem do governo e das instituições humanas.

Uma organização comunista, por outro lado, imporia, ao ver de Proudhon, restrições ao livre e pleno exercício das faculdades e potencialidades do indivíduo que estaria submetido à vontade da comunidade e, portanto, à sua opressão.

Esta oposição entre propriedade e comunidade, só poderia ser superada encontrando através da análise os elementos de cada um que constituiriam a verdade e a natureza da sociabilidade humana. A simples união destes dois elementos não pode ser senão impositiva ao ver de Proudhon. Tal síntese, segundo pretende o autor, constituir-se-á na liberdade.

A única centralização concebida neste modelo econômico, de livre mercado, seria a concepção de um “Banco do Povo” que seria responsável pela administração da circulação da produção e trocas de valores referentes ao trabalho despendido pela emissão de “cheques-trabalho”.