Serão os telhados de vidro?

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Por vezes, em fim de tarde.
A quietude do meu descontentamento, dá por mim a tirar ilações sobre e justiça, a razão, a honra ou a falta dela, exibida por certos elementos da política e não só, num orgástico fulgor maquiavélico mesclado de inocência.
Provavelmente o problema será meu por falta de informação técnica! Teimo em tentar entender, à sombra da razão brotada do empírico, os desfechos dos julgamentos, a manipulação da imprensa sobre a opinião pública e a vista grossa com que os políticos se observam na omissão continua e descarada dos deslizes recíprocos.
Serão os telhados de vidro?
Quedo-me incrédulo perante uma justiça, que dá a entender que a solução dos processos judiciais, é protela-los à exaustão.
Incomoda-me a quietude exangue deste corredor da morte, onde todos acatamos ordeiros, sem gesto nem grito, quedos no diálogo monocórdico de desfecho vocal sonolento.
A política tornou-se utópica, báquica, breu de espírito e bloqueio perene de vitalidade.
Já nem sei porquê, move-me ainda o impulso patético e persistente de acreditar na elevação do homem.
Quebrem-se correntes e amarras, ousemos desafiar o desafio.
A política tem de nascer na rua, com pessoas e problemas reais, fora dos antros apalhaçados onde se desconhece a fome, a carência e a incerteza do fim do mês. A vida é excelsa e breve, vamos bebê-la com paixão e vesti-la de objetivos reais. Todos nós merecemos isso!
Por: Vitor Souza